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Menino travesso pede limites e algumas palmadinhas no bumbum

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Altíssima autoridade brasileira manda parar a contestação nas mídias sociais para proteger o projeto de poder do qual participa. O aplicativo da mídia social Telegram foi obrigado hoje, em uma canetada de um magistrado enfurecido e ensandecido, a inculpar-se e emitir desculpa e retratar-se por emitir opinião para seus usuários apreciarem projeto de lei CRIMINOSO que institui a censura e censores no país onde dizem haver riscos a uma tal democracia (?).  Resta saber se o Telegram cumprirá ordem claramente inconstitucional, abusiva, emitida por um reizinho-sol, um maluco de hospício que passou a incorporar o Rei Luiz XIV (antes da decapitação, claro) ao declarar: " O estado sou EU !" Ora, o desvio de função é algo simples de se constatar, nesse caso. O abuso do poder também é patente. Direito à ampla defesa e ao contraditório fazem parte da tradição jurídica ocidental e não será um juiz autoritário e sua legião de puxa-sacos ou parasitas que revogarão princípios constitucio...

Golpe no Brasil: outro lado da mesma moeda

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Hoje quem manda politicamente no Brasil teve a personalidade forjada em um período de exceção. E não consegue pensar outro país fora do recalque ao qual se prende. CULTURA As atuais (reais) lideranças políticas (e judiciárias) no topo da cadeia alimentar nacional querem fazer crer a alguns incautos que, certo dia, sonharam com um  regime político, econômico e social harmônico se estendendo por todo o hemisfério.  Haveria, reza tal lenda mediatizada, uma ilha de liberdades e inclusão alardeada como possível por utopistas que certamente abraçaram várias idéias de Karl Marx, enquanto negando aceitar o que essas confabulações viriam a significar aos países (e seus povos subjugados por líderes corruptos) que resolveram as colocar em prática. A experiência vivida cria hábitos. Não apenas nossos simpáticos pets, mas também nós, somos seres imitadores . Nosso instinto animal é de sobrevivência , mas nossa prática social é de mera repetição de ações e reações que passamos a entender c...

Fazer música ou comprar tudo empacotado?

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Um diálogo ontem me incitou a escrever esse post sobre os inúmeros meios de se ouvir música e o fim da musicalização nas famílias. Pense bem: 3 gerações atrás não havia aparelhos de som, muito menos AirPods, Spotify e mídias que nos entregam qualquer música instantaneamente. O que as pessoas faziam? MÚSICA! Se apreciavam música, as pessoas tinham que aprender a tocar instrumentos, caso contrário ficariam em silêncio (ok, cantar vale)... É por isso que nas famílias de classe média prá cima sempre tinha um pianozinho na casa, um acordeon ou mesmo uma flauta ou violão. E nas famílias de classe baixa havia cavaquinho, bandolin, pandeiro ou bumbo, para fazer música também. Até caixinha de fósforo (hoje banida?) era uma super percussão para acompanhar voz & violão. E o que significa fazer música ? Significa não comprar empacotado, não se limitar ao que te é oferecido enlatado por mídias por aí. Significa portanto ouvir um tanto de música e barulho e fazer o próprio, elaborado sobre a div...

Criminalizar a oposição: eficaz onde instituições são aparelhadas, não funcionando para a função concebida.

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Uma das marcas da ditadura é o arbítrio . Já a violência dos regimes fortes vem em diversos formatos e expressões.  A violência física, tão denunciada pelas esquerdas quando falam de governos latino-americanos de direita das décadas de 1960 e 1970, é apenas uma das suas formas (ainda assim muito menos letais que Stálin, Mao, Castro e Pol-Pot, para citar apenas alguns ditadores comunistas).  Há a violência psicológica, a ideológica (famoso "cancelamento"), midiática, profissional, há ainda censura...e há a grotesca  punição coletiva , como a pobreza generalizada produzida por seus líderes na Venezuela (cujos cidadãos fogem em milhões para países vizinhos, inclusive o Brasil) e na Argentina . O arbítrio não significa que inexistam sistemas legais.  A Alemanha nazista era legalista , mas nem por isso a arbitrariedade deixava de existir. Pelo contrário! O arbítrio deixa a lei tornar-se cada vez mais rigorosa, pois ela transforma-se em espada longa e difusa: persegue, fe...

De pérolas e de porcos

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Costumo não ser um sujeito religioso, mas é inegável que a cultura ocidental é permeada por valores bíblicos. Eles acabaram por criar sociedades minimamente organizadas, construídas sobre pilares morais em que os costumes são sempre questionados (daí certa evolução social). Desde pequeno ouvia a expressão " não se dá pérolas a porcos " e, ao perguntar, descobri que se tratava de uma passagem bíblica: Mateus 7:6. "Não deem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos; caso contrário, estes as pisarão e, aqueles, voltando-se contra vocês, os despedaçarão. Isso se aplica a muitas coisas e momentos em nossas vidas: - conversar com pessoas doutrinadas, transformadas em dogmáticas, incapazes de realmente ouvirem e entenderem, com honestidade, a pluralidade de opiniões; - elaborar minuciosamente e oferecer aulas a alunos despreparados, incapazes de compreenderem minimamente o que se busca lecionar; - mostrar uma boa obra de arte a insensíveis, incapazes de serem...

Por quê não ao Brasil

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Indagam-me frequentemente a razão de ter saído do Brasil em 2009, ainda que eu seja apaixonado pelo país, saudoso dos amigos, família e conhecidos, além do clima, frutas, culinária e praias... Eu teria várias razões a listar, mas o motivo fulcral é um só apenas. Quando do segundo mandato do ladrão que todos conhecem, eu sentia que ele e seus esquemas e comparsas aprisionariam gradualmente o país. O discurso em marcha era praticamente impossível de ser dissolvido, desmontado, eu sabia e via ser tudo pura mentira. E eu pertencia a um grupo que seria segregado: não-fisiológico, não-tribal, agente do capitalismo responsável, ambicioso pelo país em matéria intelectual e comercial, avesso a ideologias totalitárias e sobretudo à manipulação popular por espertalhões e ignorantes sem limite. Observador atento e perspicaz, sem preconceito para frequentar todo o espectro ideológico político brasileiro buscando conhecer propostas, deparei-me com uma corrupção sistêmica crescente, desonestidade e c...

Estultices petistas

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A liberalidade em falar e propor bobagens não é exclusividade de líderes populistas de esquerda.  Estes, entretanto, flertam sempre com platéias cativas incapazes de contestarem ou indignarem-se com devaneios delirantes e absurdos, a despeito da presença invariável dos inúmeros diplomados, laureados e frequentadores de colóquios acadêmicos globais que dizem ser de alto nível. O fenômeno contagioso não apenas ocorre com o coronavirus: a estultice - ou imbecilidade, estupidez, falta de inteligência e preparo - impregna as mais altas rodas intelectuais e elitistas sobretudo quando tudo se justifica pelo bem coletivo e, mais recentemente, pela suposta luta pela democracia, ainda que signifique a implantação do estado-policial e da censura, inclusive prévia. O Brasil de L(202)3 revive a tragicomédia dos anúncios absurdos midiáticos, como aquele bem recente de que o país estaria negociando com Argentina - um país com várias modalidades de câmbio e uma inflação superior a 100% ao ano - a ...

Momento educativo - crime de heresia

Aos meus leitores, qualquer similaridade poderá ser imputada à mera coincidência entre fatos atuais e do passado. Como quando a história se repete ela tem toda a aparência de uma farsa, já dizia o filósofo, sugiro a leitura desse texto , transcrito abaixo em razão de seu caráter altamente educativo. Desde o estabelecimento do Cristianismo como religião, as  heresias  existem. Durante a Alta Idade Média (séculos V a X), houve inúmeros movimentos heréticos e, a partir da Baixa Idade Média (século XI-XV), eles ganharam força. A palavra heresia tem origem no idioma grego e significa “ escolher ”. Segundo a Igreja Católica, uma heresia é toda doutrina religiosa que  contraria  os princípios da fé estabelecidos pela própria Igreja. O  Manual dos Inquisidores , documento escrito por um teólogo catalão no século XIV, define o conceito de heresia para a Igreja: Herética é toda proposição que se oponha: a) a tudo o que esteja expressamente contido nas Escrituras; b) a tud...

Mau uso de vocábulos

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 É lastimável ver como tem gente que ganha projeção usando e abusando de certos vocábulos. Ataques a prédios públicos ou privados sempre devem ser condenados, obviamente que menos do que a pessoas, já que vidas valem muito mais do que objetos. O que ocorreu há poucos dias em Brasília foi programado e visou beneficiar politicamente todos os campos, sobretudo os radicais, em um país profundamente dividido e insatisfeito com os rumos da política. Ocorre que há dois vocábulos que foram violentados por gente importante demais para eu apenas assistir passivamente. O primeiro vocábulo é " terrorismo " ou " terrorista ".  Até o episódio, quem destruía bens era vândalo. E quem os furtava, ou mesmo roubava (furto com emprego da força), era chamado de assaltante ou ladrão. Vários manifestantes do 8 de janeiro de 2023, em Brasília, adentraram instalações e prédios públicos para manifestar e dentre tantos vandalizaram e furtaram bens alheios. Ao que me consta, terrorista é aquel...

Esperança, de olhos bem abertos

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 Esse post finaliza o ano de 2022. Portas se fecham para que outras sejam abertas , reza o sábio dito popular. A pandemia vai sendo deixada para trás, com autoridades de certos países equiparando o virus de Yuan a outras moléstias comuns, como fez a Dinamarca. O medo, a desconfiança ao próximo, o fechamento de fronteiras e restrições ao turismo vão se reduzindo a livros de história. A humanidade agora convive com os traumas que políticas restritivas causaram, substituídos pelo enorme desafio econômico causado em grande parte pela brutal invasão russa na Ucrânia e a cautela ocidental em evitar um confronto nuclear global. Na política brasileira, o terremoto institucional se reinicia, com cancelamento progressivo do corrupto Congresso Nacional pelos dois outros poderes. O STF assumiu as rédeas políticas e orçamentárias do país, acarpetando o que será uma relação incestuosa com o poder executivo, de 2023 em diante.  Lula será o parceiro ideal dos magistrados que ele mesmo emposso...

Quem apóia a ditadura

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A idéia da ditadura judicial é um assunto antigo, que vem se desenvolvendo sob roupagem moderna. Alertas tem sido feitos há vários anos. Artigo seminal de 1997 deu a grita e você poderá lê-lo clicando aqui . Em vários países, o fim da democracia  perpetrado pelos seus próprios juízes tem sido denunciado, infelizmente caindo majoritariamente em ouvidos surdos: Nessa esteira, reproduzo artigo de um dos poucos jornalistas que ainda permanecem independentes e lúcidos no Patropi. O artigo pode ser lido aqui no original ou como abaixo transcrito. J. R. Guzzo 09/12/2022 - 11:26 QUEM APOIA A DITADURA A realidade é que Alexandre de Moraes e seus colegas não tiveram, em nenhum momento, a menor objeção dos militares para tomar qualquer medida que  tomaram, uma vez que são  impostas a algum país, não costumam ser biodegradáveis, nem passíveis de reciclagem. Não se tornam mais suaves,  racionais ou justas com o passar do tempo, nem se transformam em outro material. Nunca recuam, ...

Camus, artistas e o compromisso com a verdade e a liberdade

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 Essa semana completam-se 65 anos do marcante discurso de Albert Camus em Estocolmo, quando do recebimento do Prêmio Nobel de Literatura de 1957. Camus tinha meros 44 anos à época, pouca idade para tanta envergadura e reconhecimento. Sua maturidade moral e intelectual já era avançada quando do prêmio.  Seu discurso de agradecimento é um estrondo, uma catarse. Os valores expostos por Camus formam um mapa, oferecem bússola sobre como pensar e agir eticamente, merecendo ser lido e relido, sobretudo pelas classes artística e jornalística, que tanto influenciam e podem agregar a uma sociedade. Foram ofícios aos quais Camus dedicou sua curta vida, posto que vitimado em acidente de carro dois anos depois.  Tive o privilégio, ainda em tenra idade, de ler no original (e posteriormente reler, com certa maturidade) seus escritos como O Estrangeiro, A peste,  e O mito de Sísifo . Obras profundas, necessárias. Nos tempos atuais, revisitar, atentar às palavras sensatas de que...

Um país violento, perigoso

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Era inevitável: ou o Brasil combateria o crime, inclusive e em especial aquele organizado, ou sucumbiria. Ao ler " Por quê as nações fracassam ", escrito por D aron Acemoglu and James A. Robinson dez anos atrás, várias estórias ajudaram-me a compreender a dificuldade de países em garantirem o funcionamento saudável de instituições que seriam essenciais para prosperidade e progresso coletivos. Manifestações recentes em altos escalões indicam que a elite brasileira escolheu o caminho mais fácil para si mesma: censura e silenciamento de dissidentes. Questionamentos são proibidos, justificando concentração de importantes poderes nas mãos de poucos magistrados transformados em efetivos administradores do país a despeito de não terem tido nenhum voto para mandarem no destino de um povo.  O autoritarismo é realmente um modelo atraente.  Ele facilita o diálogo entre poderosos, ignora oponentes e leis, cria narrativas que, pelo medo ou compra com recursos públicos de adeptos, dissemin...

Novo pacto federativo: o momento chegou

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A partir do momento em que, no Impeachment de Dilma de 2016, ministros do STF rasgaram a Constituição Federal permitindo àquela inepta que, impedida, concorresse ao Senado por Minas Gerais, ficou demonstrado o ativismo daquela corte em favor do grupelho que nominou a maioria de seus membros. Como se diz na gíria popular: tá tudo dominado . O surpreendente fim da prisão em segunda instância em 2019, seguido da anulação do processo do populista-corrupto-carismático mais famoso do mundo, apenas comprovaram que o crime compensa quando tens amigos nas posições mais importantes da República. Os petistas são jogadores exímios do poder, já que fizeram treinamento nas escolas revolucionárias e desestabilizadoras de elite do mundo visando a sabotagem de democracias .  Tiro-lhes o chapéu: os caras são bons mesmo nisso. Os discursos recentes do vencedor de eleições prá lá de questionáveis (não pelas urnas, mas pelo processo que permitiu ao meliante recorrente estar inscrito na cédula) indicam...