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Mostrando postagens de dezembro 4, 2022

2022: o ano em que o Brasil foi enterrado

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Desculpe, querida/o leitor/a, mas ao afundar hoje na Copa do Mundo, perdendo para a destemida e determinada Croácia nas quartas de final, fecha-se um ciclo desastroso ao Brasil, que sucumbiu. RIP 1 O primeiro enterro foi ético/político. Procedimentos judiciais viciados se iniciaram ainda em 2018, quando bandidos da Lava-Jato foram beneficiados, sob medida, pela abolição da prisão em segunda instância pelo STF. Políticos e magistrados, unidos, temendo a extensão da Lava-Jato e uma mudança de paradigma ético no país, resolveram enterrá-la e quem enterra a ética, enterra a sociedade como um todo. Em seguida ao primeiro golpe ético, o bandido-mor e chefe da OrCrim (denominação utilizada pelo Ministério Público Federal em audiência pública) viu-se liberado da cadeia por certo militante travestido de ministro supremo que, contrariando séculos de construção doutrinária, jurisprudencial e a lei, anulou processos julgados e conduzidos por mais de dezena de magistrados, em 3 instâncias.  Tais ma

Camus, artistas e o compromisso com a verdade e a liberdade

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 Essa semana completam-se 65 anos do marcante discurso de Albert Camus em Estocolmo, quando do recebimento do Prêmio Nobel de Literatura de 1957. Camus tinha meros 44 anos à época, pouca idade para tanta envergadura e reconhecimento. Sua maturidade moral e intelectual já era avançada quando do prêmio.  Seu discurso de agradecimento é um estrondo, uma catarse. Os valores expostos por Camus formam um mapa, oferecem bússola sobre como pensar e agir eticamente, merecendo ser lido e relido, sobretudo pelas classes artística e jornalística, que tanto influenciam e podem agregar a uma sociedade. Foram ofícios aos quais Camus dedicou sua curta vida, posto que vitimado em acidente de carro dois anos depois.  Tive o privilégio, ainda em tenra idade, de ler no original (e posteriormente reler, com certa maturidade) seus escritos como O Estrangeiro, A peste,  e O mito de Sísifo . Obras profundas, necessárias. Nos tempos atuais, revisitar, atentar às palavras sensatas de quem possuía como únicos co