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Mostrando postagens com o rótulo COVID19

Brasil: um país com tempo a perder

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Confesso não estar acompanhando de perto, ou intensamente, a CPI da COVID instalada no Senado Federal do Brasil. O pouco que vi foi suficiente para fazer-me concluir tratar-se de um espetáculo grotesco, uma cópia mal-feita do macarthismo . À frente da iniciativa, eis um senador bem conhecido por suas nada nobres práticas e métodos. Essa ópera-bufa visa desacreditar um governo cuja legitimidade é disputada (a despeito das urnas) antes mesmo da posse, por uma parcela nada democrática da população brasileira, movida pelas aparências e por mitos andradinos . Os tropeços (alguns grandes) e figuras de linguagem do Pres. Bolsonaro certamente pioraram o ataque à pandemia no Brasil. Poder-se-ia tratar de inépcia administrativa, a tradicional incompetência que marca o DNA da governança nacional desde que os portugueses aqui aportaram. Expressões como "genocídio" e outros exageros indicam, entretanto, o quão os promotores da tal CPI apelam à agressividade para receberem e dar-lhe public...

Idosos e jovens: em campos opostos?

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O COVID19 está obrigando o mundo a fazer um teste de humanidade . O vírus é chamado de Boomer Killer  ou Boomer Remover , pois vitima sobretudo quem tem mais de 60 anos (geração conhecida como Baby Boomers ). Há vários e belíssimos exemplos de dedicação ao próximo dados por pessoas generosas, como enfermeiros e médicos aposentados se apresentando para ajudar em centros de saúde e asilos, aliando-se àqueles que não estão dando conta da crise sanitária originária na China. Fazem-no a despeito de se sujeitarem a altas cargas virais nos hospitais, que se sabe constituem fatores críticos de letalidade da doença. Estes possuem consciência de que a vida só tem significado se ajudamos ao próximo, já que é a única forma de também sermos ajudados. Essas pessoas desconhecem o egoísmo quando se trata de uma situação de emergência. Por outro lado, alguns países e líderes têm demonstrado falta de humanidade. Ditaduras e políticos eleitos não se solidarizam com vítimas, sobretudo as vulneráve...

Um vírus sobretudo urbano não admite respostas rurais

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Segundo estudos do IBGE, em início de 2019, cerca de 84% (160.879.708 pessoas) viviam em zonas  urbanas  e aproximadamente 16% (29.852.986 pessoas) em áreas  rurais. O Brasil possui uma das maiores densidades urbanas do planeta, com grande verticalização das cidades, além das favelas condenáveis em todos os aspectos sanitários. Não será surpreendente, portanto, que a rapidez de propagação do virus - e dificuldade em sua contenção - seja diferenciada daquela experimentada em países desenvolvidos. O clima parece influenciar a propagação de qualquer virus, inclusive o COVID19. Ar seco e o frio seriam ruins para a saúde humana, enquanto umidade e calor conteriam a disseminação do coisa-ruim . O drama causado pela pandemia então acomete mais populações urbanas, já que as rurais possuem distanciamento natural. Dentro da população urbana existem áreas e bairros privilegiados, onde casas e apartamentos são espaçosos, permitindo distanciamento. A grande maioria, entretanto...