Postagens

Mostrando postagens de agosto 28, 2022

O Salvador: um imaginário brasileiro, manipulável.

Imagem
Manipular o imaginário brasileiro não é tão complexo como poder-se-ia pensar. Além de sonhar com um Salvador da Pátria, o brasileiro sonha em abolir a corrupção e aquele que prometer tal feito, de forma mais crível, receberá votos. Simples assim. Tendo sempre sido um país profundamente corrupto, a despeito das maravilhosas leis  e discursos que povoam sua história, o Brasil é como aquele time talentoso que jamais ganha um jogo. A frustração dos brasileiros de todos os matizes é constante. Visitemos os mais conhecidos paladinos da moralidade da história recente brasileira. Em 1960, Jânio Quadros exibia sua vassoura que varreria os ladrões da administração pública. Esse formato divertido e acessível convenceu boa parte da população, tendo-o eleito na esperança de salvação do país. Jânio viria a renunciar à Presidência da República em 1961, sete meses após tomar posse. Daí em diante, a irresponsabilidade daquele demagogo iniciou a sequência desastrosa de fatos desagregadores, culminando n

As Novas Guerras Púnicas

Imagem
Plutarco disse em " A vida de Marcus Cato " que Scipio Nasica foi o único líder romano que compreendeu as desvantagens da completa destruição de Cártago pelo poderoso Império Romano .  A crítica de Scipio é descrita por Will Durant em sua obra  Caesar and Christ , Ed. Simon & Schuster, NY, p. 35: " Roma manteve-se grande enquanto seus inimigos lhe forçaram a ter união, visão e heroísmo. Quando ela os superou a todos, floresceu por um período e depois começou a morrer ".  O Império Romano desapareceu na Europa no Século V, e no Oriente no Século XV (com a queda de Constantinopla para os Otomanos), mas sua herança civilizatória, inclusive jurídica, ainda influencia o mundo em que vivemos. Conhecer a história é necessário, pois ela costuma se repetir.  Eliminar totalmente o inimigo causa  soberba ao vitorioso, passo inicial para sua decadência e desaparecimento, por seu próprio convencimento e repetido descuido. O filósofo Francis Fukuyama cedeu à tentação