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As Novas Guerras Púnicas

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Plutarco disse em " A vida de Marcus Cato " que Scipio Nasica foi o único líder romano que compreendeu as desvantagens da completa destruição de Cártago pelo poderoso Império Romano .  A crítica de Scipio é descrita por Will Durant em sua obra  Caesar and Christ , Ed. Simon & Schuster, NY, p. 35: " Roma manteve-se grande enquanto seus inimigos lhe forçaram a ter união, visão e heroísmo. Quando ela os superou a todos, floresceu por um período e depois começou a morrer ".  O Império Romano desapareceu na Europa no Século V, e no Oriente no Século XV (com a queda de Constantinopla para os Otomanos), mas sua herança civilizatória, inclusive jurídica, ainda influencia o mundo em que vivemos. Conhecer a história é necessário, pois ela costuma se repetir.  Eliminar totalmente o inimigo causa  soberba ao vitorioso, passo inicial para sua decadência e desaparecimento, por seu próprio convencimento e repetido descuido. O filósofo Francis Fukuyama cedeu à tenta...

Europa na encruzilhada ética e econômica

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 O projeto institucional europeu surgiu da necessidade de países do continente criarem interdependência visando o diálogo constante e a paz. A Europa de 2022 está sendo confrontada com dilemas éticos e econômicos. O dilema ético advém da crise energética e da invasão bárbara russa sobre a Ucrânia.  Tendo desligado muitas de suas centrais nucleares e outras fontes ditas poluidoras, países (sobretudo Alemanha) cederam decisões estratégicas a partidos políticos e a grupos ambientais extremistas (além de profunda corrupção, como provado pela ligação de ex-chanceler alemão ao genocida russo ). Ao não planejarem responsavelmente a transição energética local e sustentável, a Europa vê-se refém da Rússia, esse país conduzido por um genocida como Putin e sua oligarquia criminosa. Os europeus sabem distinguir entre certo e errado, mas não poderão fazer a coisa certa, nesse caso. É absoluta sua dependência da fonte de energia russa. Não há alternativas viáveis e suficientes . Já se fala...

Soviéticos: 100 anos de fracasso

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Acima: Stálin, Lenin e Kalinin, fundadores (dentre outros) do império soviético. Nos últimos dias, muito se tem falado do que foi e é a Rússia.  O projeto soviético visou impor o Materialismo Dialético a milhões de pessoas. O que efetivamente fez foi criar uma máquina industrial de matança e sofrimento, mais perversa que aquela denunciada por Marx e Engels, bons observadores das agruras da Revolução Industrial. Os anos de 1921 e 1922 marcaram para sempre o fracasso da União Soviética. A poderosa propaganda totalitarista - denunciada por Hannah Arendt e Arthur Koestler - tentou fazer o mundo esquecer que nesse período entre 5 e  10 milhões de ucranianos e soviéticos de outras regiões (os números nunca foram calculados com certeza, seriedade, mas relatos são inúmeros) pereceram de fome. O canibalismo, nessa época, tornou-se praticamente comum naquela terra que passou a ser amaldiçoada desde que a era dos czares acabou, em 1917. Koestler conta muito bem em sua obra ...