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Mostrando postagens com o rótulo Canadá

Pertencimento e crítica

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Quando Jean-Jacques Rousseau, 250 anos atrás, intelectualmente isolado por suas idéias revolucionárias para a época, concebeu o Contrato Social, ele idealizou o pertencimento de indivíduos a uma coletividade espontaneamente colaborativa, em que certos direitos seriam sacrificados por um bem-maior. O inovador e disruptivo Rousseau visava esvaziar conceitos de legitimidade de reis e clero sobre o povo, que deveria decidir soberanamente o próprio destino. O ideário da transposição do abandono na pobreza ao pertencimento empoderado conquistou a sociedade francesa, fazendo-a revoltar-se violentamente em 1789. Enfim, haveria uma alternativa participativa ao absolutismo e à tirania! O império da lei idealmente livre dos vícios humanos contém elementos divinos de perfeição, mas é atraente por aplicar-se horizontal e igualmente a todos. Nações surgiram em seguida e a idéia do legalismo ganhou força, onde a materialização do sonho perfeito e acabado de um Contrato Social resultante do ordena...

Trump e bazófias dos governantes canadenses

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Há 20 dias, Donald Trump assumiu o poder nos Estados Unidos, ungido pelo voto majoritário e dos colégios eleitorais do seu país para limpar a burocracia, disciplinar o uso do dinheiro público em todas as áreas dentro e fora das fronteiras do país, na defesa dos interesses dos americanos. E ele parece estar seguindo à risca o mandato recebido, segundo a própria mídia tradicional informa. Há anos ele despreza o primeiro-ministro canadense, que manifestou por si e por auxiliares próximos desdém pelo presidente norte-americano, aliás, uma moda nos círculos "progressistas", sobretudo por gente que inveja o sucesso empresarial de Trump e que depende essencialmente de recursos públicos para viver (ou mesmo enriquecer, imagina-se como). O Canadá é um país magnífico, berço de culturas variadas, riquíssimo em território e recursos naturais, onde abundam boas universidades e talentos intelectuais. O Canadá é beneficiado pela vizinhança dos EUA há séculos, já que sua pequena população é ...

Dilema desnecessário: entre apatia e ativismo

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Em uma era em que a lente de aumento parece ser a regra para enxergar e enquadrar todas as relações, resultado da exponencialização da raiva (e em medida muito limitada, do amor) promovida pela hiperconectividade, muitos parecem tentados a assumirem posições radicais: alienarem-se ou virarem ativistas. Lembro-me bem, durante minha campanha política fracassada, que qualquer um que gostasse de cachorros, bicicletas, a natureza ou corridas deveria se auto-denominar ativista para gozar de credibilidade nas convicções que emitia, segundo o folclore. É certo que há valores comuns na sociedade como um todo, garantido manter-se coesa, mas a idéia da defesa "radical" de bandeiras, sejam boas ou más, é ruim e deve ser sempre considerada como marginal. A razão da manutenção necessária do estado de  marginalidade do ativismo advém do fato que sempre a maioria esmagadora das pessoas terá pouco interesse, pouco ou nenhum conhecimento das matérias tão caras aos tais ativistas (ONGs, grupo...

Construindo elites

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Antigo ditado já dizia: " cercar-se de anões não te faz um gigante ". Na sequência desse ditado, diz-se ainda que " somos a média das 5 pessoas com quem mais convivemos " . É muito importante sabermos escolher com quem convivemos, pois ainda há o velho adágio " diga-me com quem andas, e te direi quem és ". O mesmo deve ser  aplicado a gestores, públicos e privados. Se tenho um problema de saúde, buscarei tratar-me com um especialista, médico que tratou diversas pessoas com o mesmo problema. Essa conclusão parece óbvia: busca-se o melhor tratamento por quem conhece a moléstia na prática e certamente a estudou e a estuda, mantendo-se atualizado. Acredito que buscar tratar-se com alguém que apenas estudou um assunto, com altíssimas notas acadêmicas, mas que jamais teve prática, jamais conviveu com pessoas que sofrem da moléstia que precisa ser tratada, não seria a preferência de pessoas razoavelmente conscientes de que mérito suplanta em muito a formação acad...

Fake News

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 A venda da verdade absoluta, anunciar o poder da revelação, de enxergar o que os outros não enxergam e assim tornarem-se relevantes sempre foi uma tentação aos oportunistas e desonestos, bem como aos parasitas de regimes políticos ilegítimos. Ouvi falar em Fake News , pela primeira vez, durante a campanha de Donald J. Trump à Casa Branca em 2016.  Eu já nutria desconfiança em relação às notícias publicadas em jornais, sobretudo porque tive uma passagem de vida perto dos holofotes e de personalidades públicas em minha infância e adolescência. Na minha Belo Horizonte natal, eu sabia que, por detrás das fotos e notícias de jornal, havia realidades muito diferentes, muitas tragédias escondidas sob sorrisos e anúncios falsos. Isso foi transposto à mídia social e o fake , o mentiroso, ainda persiste, projetando miragens distanciadas da realidade, mentiras criadas especialmente para destruírem reputações, prejudicar pessoas, falsear eleições, limitar idéias e, sobretudo, parasitar o...

Felipe Moura Brasil - transcrição de artigo publicado n'O Antagonista

  Os “amigos terroristas” da ONU e os "professores do ódio" em Gaza O massacre de 7 de outubro reacendeu as antigas críticas judaicas à complacência da UNRWA com o Hamas Israel  ironizou na rede social X , antigo Twitter, a Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), após a exclusão da  notícia  de que o Hamas roubou combustível e equipamentos médicos de suas instalações na Cidade de Gaza: “Espere, UNRWA:  o Hamas também invadiu sua conta no Twitter? Ou você está apenas com medo de decepcionar seus amigos terroristas?” As Forças de Defesa de Israel também  publicaram  o  print  original da notícia apagada pela agência e acrescentaram que “a  quantidade de combustível roubado é suficiente para abastecer as instalações de dessalinização de água de Gaza durante seis dias”. “ O Hamas não se preocupa com o povo de Gaza. Isto permanece verdade mesmo que a UNRWA apague os seus tweets” , completaram as FDI. Em 2009, co...

Só confiança constrói sociedades saudáveis

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Você, como eu, também deve ter-se perguntado em algum momento de sua vida: por quê o comunismo dá tanto errado, se o conceito romântico é que todo mundo teria vida digna e tudo seria compartilhado irmanamente, numa harmonia celestial? A teoria econômica tem uma resposta: a falta de confiança. Uma sociedade exige confiança entre seus membros para que ela prospere, vença desafios. Se os integrantes de uma comunidade não confiam em si mesmos, como grupo, como podem enfrentar desafios internos e externos com mínimas chances de êxito e longevidade? Lenin, o grande arquiteto da política comunista genocida, dizia que confiança é bom, mas controle é melhor . Ele preferia ter a informação para controlar as pessoas, sobretudo pelo medo, pelo terror, do que contar com elas pelo puro compartilhamento dos mesmos valores e objetivos de vida. Não à toa ele e sobretudo seu sucessor, Stalin, foram assassinos de ex-aliados, desde a Revolução Russa em 1918 até o fim do regime comunista, que sempre expurg...

O insustentável peso das restrições sanitárias globais.

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 A fadiga pela COVID criou a tempestade perfeita. Há milhões de descontentes com as limitações impostas ao existir, ir & vir. É criança jogando fora tempo precioso fazendo aulas por vídeo ou frequentando escolas de máscara. São idosos privados de um abraço. Ou a solidão do trabalho em casa, dos bares fechados e das restrições de viagem. Diversas medidas sanitárias foram justificadas lá atrás. Só que seguiu-se a vacinação em massa em países ricos e no Brasil, reduzindo enormemente a gravidade da doença.  Dois anos após pânico, improviso governamental e desorientação médica, as medidas restritivas não mais se sustentam e um plano de abordagem como endemia já deveria existir mundo afora. O Canadá, após imposição dos mandatos vacinais aos caminhoneiros no início do ano está assistindo a um momento unificador intenso, representado pela conscientização popular a respeito da insustentabilidade das restrições sanitárias. Vivo no Québec, uma província canadense em que parte razoáve...

Carreata canadense contra medidas restritivas de direitos

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Ele está sendo chamado de comboio ou caravana da liberdade . O movimento foi iniciado a partir de quando o governo atual passou a impôr o passaporte vacinal aos caminhoneiros na fronteira. Note-se que o Canadá já vem sofrendo com algum desabastecimento causado pela ruptura das cadeias logísticas globais, exacerbado pelo encalhamento de um grande navio no Canal de Suez em 2021. O custo do frete multiplicou-se várias vezes, sendo uma das raízes da inflação agora constatada, além de diversas outras razões, como os gastos públicos excepcionais necessários ao combate à pandemia e a brutal redução no volume da atividade econômica. Políticos da situação e as mídias (corrompidas ou de má-fé, em sua grande maioria) dizem que se trata de caminhoneiros anti-vacina, um grupo anarquista, que não representa a população canadense. Esse é um enorme erro, tanto da parte dos políticos da situação, quanto das mídias mainstream.  Essa tática parece comum no mundo atual, onde a unanimidade parece ...