Postagens

Mostrando postagens de 2018

(Des)caminhos da geopolítica

Imagem
O tabuleiro mundial representa a soma dos interesses nacionais e entre as nações (internacionais), muitas (ou será, na maioria?) das vezes opostos ou muito pouco alinhados. O caos total não interessa às nações e a seus líderes. Eles administram, criam, incitam ou se envolvem em conflitos. A deflagração de um conflito em larga escala, entretanto, não parece interessar a praticamente ninguém em tempos de democracia (aparente). O espectro da última guerra mundial e do totalitarismo aberto remete-nos à devastação deixada para trás e à constatação de que movimentos totais e radicais não fazem ganhadores. A reunião dos líderes do G20, em Buenos Aires, na Argentina, é uma demonstração de que interesses nacionais falam alto e que estes estão sempre buscando as alianças mais convenientes para perseguirem sua agenda geopolítica. Não esteve presente nenhum ditador sanguinário, publicamente declarado dessa forma, mas isso não é refresco. Entre os presentes, há autocratas assassinos, como o

Direito internacional: praticamente inexistente nos dias atuais

Imagem
Confesso ter ficado chocado quando um chinês foi indicado para presidente da Interpol, a polícia das polícias. Sabe-se que a China não é um primor de transparência, respeito à privacidade ou democracia. Daí o questionamento do interesse nacional por detrás de um cidadão que lideraria uma instituição global de tal envergadura. Estaria Meng Hongwei a serviço apenas de seu país, para furtar informações sensíveis, em benefício exclusivo de sua pátria? As dúvidas foram profusas e difundidas pelas mídias sociais à época da indicação, em 2016. O mundo ficou assustado com a possibilidade de chineses acessarem bases de dados de diversos países, inclusive concorrentes comerciais, financeiros e militares. Seria o caos e o descontrole. Tudo bem que a Interpol apenas executa ordens de polícias locais, não sendo uma polícia global no sentido pleno do termo. Ela facilita a comunicação entre polícias, para que malfeitores não escapem às penas às quais foram condenados. Ela tem um papel essencia

Alívio e mãos à obra, começando pelo Mercosul.

Imagem
Encerrar o ciclo petista é motivo de festejo. Vi o segundo turno da eleição de perto e senti o imenso desejo de mudança . O partido que seduziu o Brasil com um plano inclusivo quando em campanha, mas que o acabou condenando à desunião e à carestia, desemprego e corrupção epidêmica, acabou-se. A maioria dos votos que o candidato petista teve no segundo turno presidencial foram de protesto contra Bolsonaro (que não faz unanimidade e tem enorme desafio para criar credibilidade em torno de si e sua equipe). Pouquíssimos brasileiros ainda acreditam em qualquer manifestação dos membros da quadrilha petista, travestida em partido. Agora, é mãos à obra. É dar um forte voto de confiança no projeto de mudança do país. E o Brasil tem pressa. Muita pressa, pois foram 15 anos de atraso institucional. Há uma agenda imensa, sendo importante iniciar o trabalho vigorosa e certeiramente. Urge implementar ajustes e saneamento no setor público, nos programas educacionais e sociais, sendo det

Três meses para roubar: jabuticaba brasileira

Imagem
Acho muito interessante o que acontece no Brasil no que tange à passação de cargos eletivos e comparo com o Canadá, pois vivo nesses dois mundos diametralmente opostos. No dia 7 de outubro último, alguns governadores foram eleitos. Ou seja, a partir do dia seguinte, os governadores atuais e suas pessoas de confiança, em cargo não concursado, que mandam no respectivo cofre estadual, sabem-se terminais . O que seria normal acontecer, num país comprometido com boa governança e proteção do dinheiro do contribuinte? Imediato bloqueio das despesas discrecionárias , proibição de novas contratações de pessoal ou obras e compras. Só que isso não acontece. Vejamos o exemplo do Canadá, mais especificamente da Província do Québec. No dia 1 de outubro foi eleito o novo primeiro-ministro (François Legault) e menos de 3 semanas depois este assume, juntamente com sua equipe e novos secretários. O perdedor (Philippe Couillard) já saiu de cena, no dia seguinte à derrota não assinava mais

Ruptura institucional: risco zero

Imagem
A reforma do estado pregada pelo candidato Bolsonaro se propõe radical, eliminando privilégios e corrupção , impondo ordem e efetuando um ajuste fundamental nas contas do país. Espero que passe também pela convocação de uma Assembléia Constituinte , para transformar a estrutura do estado em algo a serviço do povo - e não de castas escondidas atrás do que clamam ser cláusulas pétreas e direitos adquiridos, protegidas pela distância que representa Brasília. Os detratores de Bolsonaro estão divulgando um paradigma falso para tentar conquistar votos de indecisos: a eleição de militares significaria um golpe de estado ou o retorno a 1964, quando militares assumiram o comando político na nação que estaria à beira da cubanização. Acho necessário esclarecer, sob meu ponto de vista, como tal narrativa é desprovida de qualquer fundamento racional e prático , situando-se no imaginário de quem está morrendo de medo de prestar contas de seus próprios atos. Tese da ruptura institucional A

Enfim o discurso de ódio mostra a que veio

Imagem
Lula sempre confiou no discurso de ódio para fazer-se relevante. Construiu sua história com gente que glorificou a violência, cometeu atos violentos, foi treinada em estratégias para gerar violência e, mais especificamente, prosperar no caos. Isso durou até os marqueteiros inventarem a tal carta cor de rosa, definitiva para atrair parte da classe média, já avaliada nesse post , que o alçou à Presidência da República. A partir do momento em que se viu eleito, Lula voltou a praticar o que melhor faz: disseminar ódio, divisão e conquistar parcela de apoio que lhe mantém vivo. A ele se juntaram vários outros, inspirados pela sua energia destrutiva, todos de partidos de esquerda (não podem ser chamados de extremistas - que gente preparada insiste em dizer - pois odeiam o centro, o meio-termo, tudo o que representa razoabilidade e harmonia entre seres diferentes, insistindo em aprofundar divisões). O atentado de hoje contra o candidato Bolsonaro , por um ex-filiado ao PSOL (parece que

Influência e rapidez das redes sociais

Imagem
O Fórum Econômico Mundial publicou o gráfico abaixo, demonstrando a força da internet ao analisar o tráfego durante 1 minuto. Isso se aplica a tudo, desde a circulação de informações, quanto ao contato social e disseminação de boatos, mentiras, etc. Essa força tem sido menosprezada por políticos, mas lembremo-nos que constituiu a base para eleições presidenciais nos EUA, tanto de Obama, quanto de Trump. E gerou resultados imprevistos ou improváveis. Vários analistas, menos ligados às mídias tradicionais, têm dito que a influência do eleitor - em via de mão dupla, e não apenas pela absorção do que lhe é bombardeado pelo emitente da informação - pelas redes sociais já suplanta o cansativo e ultrapassado programa de televisão. O fenômeno ocorre tanto para o bem (espalhando dados reais), quanto para o mal (boatos, mentiras e pura fofoca, gerando decisões absolutamente desinformadas). Isso sugere incerteza e o eleitor deve munir-se de suas convições para ir às urnas, pouco dando

Não voto em Amoedo

Imagem
Gosto do discurso do Amoedo. Simpatizo com a proposta genérica do seu partido, de libertar a economia das amarras de um estado pesado, ineficiente, perdulário e corrupto. Admiro a energia, certo desprendimento e engajamento do Amoedo. Só que não me identifico com ele, apesar de compartilharmos idéias. E por quê? Por preconceito . Por observação . Por experiência de vida. Isso tudo junto. Meu preconceito advém do fato que alguém com a fortuna imensa que ele tem não consegue - por mais sincero que seja em suas declarações, aparições públicas, etc. - sentir como um cidadão normal, médio... nem digo do povão (porque não precisamos exagerar). Amoedo é uma personalidade notável, com IMENSO VALOR, mas não tem as antenas de alguém com sensibilidade para problemas da média da população brasileira. Ele simplesmente não tem essa sensibilidade. E, note bem, não é por maldade. É a realidade dele. Ela é diferente demais da minha, da sua. Consigo provar isso? Claro que não. Então

Candidatura de Lula registrada no TSE e o enema

Imagem
Mais uma piada petista, mais cretinice de uma agremiação que não serve nem mais para bloco de carnaval. Esse país precisa, urgentemente, de um enema.

Eliana Calmon expõe as entranhas do Judiciário. É preciso conhecer sua opinião. E a razão do seu MEDO.

Como o Brazil Journal não deixa copiar o texto, você poderá ler a entrevista entrando  nesse site . Curto trecho, sobre posse de Toffoli como Presidente do STF: BJ: A senhora está otimista de que vai haver alguma mudança?  EC: Não. Eu estou extremamente preocupada. E a partir do domingo, eu não estou mais preocupada, e u estou com medo. Eu estou com medo deste País... Fundamental. E apavorante.

Banqueiros-Presidentes?

Imagem
João Amoedo, idealizador, fundador e presidente do NOVO publicou sua declaração de bens para concorrer à Presidência da República, informando possuir um patrimônio de mais de 420 milhões de reais , dos quais metade está investido no mercado financeiro (segundo jornais, renda fixa). Ele foi banqueiro bem sucedido e jogou muito bem as regras do jogo - que ele não fez, diga-se de passagem. Então, não há razão alguma para o fuzuê criado encima do fato de ele ser um sujeito inteligente, esforçado e ter, por mérito próprio, conquistado uma fortuna enorme segundo padrões de qualquer país do mundo. Mas o surpreendente é um cara assim não dar uma banana pro Brasil, converter sua fortuna em moeda forte e ir viver confortavelmente numa vila no norte da Itália, escolhendo entre praia e esqui o ano inteiro... Esse fato basta para me convencer de que ele é um patriota e deseja realmente, genuinamente, contribuir para a política brasileira. É claro que ele também tem sede de poder, senão não teri

Brasil: estado falido e a urgente necessidade da descentralização do poder

Enfim os fatos que cercam a morte da vereadora Marielle vêm à tona: ela foi mandada assassinar por um colega de Câmara de Vereadores, de um partido de aluguel, entrando para a estatística dos crimes políticos motivados pela infiltração de bandidos na política. Ela não foi morta por ser mulher, gay, pró-movimento LGBT, etc. Ela foi morta porque denunciou a infiltração do crime na política, porque desafiou o status quo político e achava que vivia em um país com governo. Há muito o Brasil é gerido por bandidos. A Lava-Jato comprovou isso. A marginalidade virou norma. Sob o manto hipócrita da normalidade aparente, escondem-se esferas ocultas de poder que determinam o futuro de toda uma nação. As milícias apenas prosperam em estados falidos e o Rio de Janeiro, com vários ex-governadores presos por corrupção, é o melhor exemplo do governo por bandidos, seja no Palácio da Guanabara, seja nos morros, nas ruas, no legislativo municipal. A intervenção federal nesse estado é um iníci

Minas: uma luz no fim do túnel?

Imagem
Finalmente, abriu-se o processo de Impeachment de Fernando Pimentel na Assembléia Legislativa de Minas Gerais. Já era tempo. Há 3 anos entrincheirado no Palácio das Mangabeiras, o ex-guerrilheiro, ex-prefeito de BH e ex-ministro lulista do desenvolvimento é investigado por malversação de dinheiro público. Além disso, possui numerosos inquéritos por apropriação indébita, inclusive utilizando sua atual mulher como laranja. A Operação Acrônimo tem fundamentos fáticos, documentais, jurídicos, sugerindo que Pimentel embolsou 15 milhões de reais da Odebrecht ... algo que não seria surpresa diante do que se sabe do universo petista dos anos em que "ocuparam" o governo federal. Virou até série Netflix... Nenhum dos inquéritos foi adiante AINDA, pois o atual ocupante do Palácio da Liberdade conseguiu, por manobras jurídicas e políticas muito hábeis, contornar a justiça. Até quando? FDP, conhecida sigla de seu nome (Fernando Damatta Pimentel), ou Chico (da época do VAR-Palma

Aos socialmente sensíveis

Imagem
David, meu saudoso e amado tio, carinhosamente apelidado de Dodo, escolheu a profissão que tinha direta relação com suas próprias convicções políticas: a oftalmologia. Ele ajudou milhares de pessoas a enxergar. Tinha como missão fazer enxergar , independentemente de credo, cor, filiação política, gênero, etc. A ele bastava isso: ajudar os outros a verem . Detalhe: ele não desejava impingir qualquer convicção ou convencer pessoas à sua volta a verem o mundo como ele mesmo via. Com carinho, apenas convidava a todos com quem convivia, e a quem tratava, a fazerem algo muito simples: " veja, e se puder, veja bem e com amor, com arte" . Dodo nasceu em 1912, portanto antes da Revolução Russa, em uma família classificada como burguesa, à época. Como filho caçula, foi cercado de mimos e tinha confortos materiais que, em meio à população da região em que vivia, na Romênia (ainda integrante do Império Austro-Húngaro), sabia-se privilegiado. Sua (minha) família era dona de um mo

Casuísmo, instituições e Lulismo

Imagem
O Brasil está sempre colocando à prova suas instituições. A oligarquia agrária, substituída pela oligarquia empresarial que lhe sucedeu, constituinte da oligarquia política brasileira, fizeram com que os brasileiros sempre desprezassem suas leis e instituições, posto que representação de meros instrumentos de dominação. Um brasileiro ficou famoso ao traduzir essa realidade para a teoria do direito. Roberto Mangabeira Unger a transpôs - inspirado em Raimundo Faoro e outros - para o mundo jurídico, através de uma teoria que intitulou crítica do direito, juntamente com seu par em Harvard, Duncan Kennedy. A simpatia das esquerdas por suas idéias se justifica pelo seu caráter Marxista, posto que aparentemente revolucionárias, só que apenas denotam o caráter casuísta das instituições e das leis brasileiras. Sua teoria é sacro-santa desde que o poder dominante não seja liderado pelas esquerdas, já que ao assumirem o poder podem bolir com as instituições, alterar-lhes as funções para servi

Brasil em guerra civil - de novo

Imagem
Caro leitor, em 2013 eu havia escrito ESSE POST e acho válido convidar-te a lê-lo novamente. Por favor dá uma olhada lá. Há 5 anos as tragédias já vinham se anunciando... mas até agora a letargia reina. Daí o alerta, meu pedido que você acorde e desperte também seus amigos, vizinhos. Afinal, é ano de eleição ! Não vejo prioridade maior que a segurança e o retorno ao respeito à autoridade constituída, representada por servidores públicos íntegros e bem intencionados, sem resvalar no autoritarismo.

Rio: insensatez

Imagem
A música de mesmo nome, belamente executada pelo baiano João Gilberto, parece cair como luva na situação do Rio de Janeiro atual, pela sua melancolia, pelo ode a algo precioso, que se perdeu. Como quase todo mineiro, adoro o Rio, lá passei boa parte das minhas férias e é onde tenho familiares e amigos muito queridos. O lado bom do Rio é sensacional, a leveza e a simpatia do carioca - quando não acuado pela criminalidade - só se explica pelo vai-e-vém das ondas que beijam as areias das praias outrora harmônicas. A intervenção no estado carioca pode até ser uma jogada política, mas o abandono da segurança pública, em vista da transformação de seus mandatários em bandidos confessos, não deixa outra alternativa que o chamamento de gente de fora para tentar organizar a bagunça e a violência. A guerra da informação ainda prevalece, e mesmo que se noticie que os bandidos fugiram dos morros - para onde terão ido? para Minas Gerais e São Paulo, novamente, como alguns anos atrás? - esp