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Mostrando postagens com o rótulo populismo

Swing político: o tango libertário

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Hoje é o dia seguinte à vitória de Javier Milei nas urnas da Argentina. O enorme significado disso não pode ser menosprezado, pois reinaugura um capítulo na América Latina, iniciado com a inesperada eleição de Jair Bolsonaro no Brasil, em 2018. Denominações Como o extremismo dos criadores de narrativas da imprensa e da academia continua sendo martelado na cabeça das populações, consegui recensear as seguintes expressões dos auto-denominados sinalizadores de virtude descrevendo o eleito argentino: ultraliberal, ultra-libertário, extrema-direita, ultra-direita , etc.  É triste ver como faltam cérebros e censo de auto-crítica à imprensa que se afunda cada dia mais em suas próprias criações mentirosas, ainda que certos governos, como o atual canadense, passem leis para criar privilégios aos que ainda parasitam a população achando estarem exercendo algo próximo do que seria o jornalismo. Economia O Wall Street Journal de hoje traz gráficos chocantes sobre a economia argentina, destruí...

A democracia distorcida

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Não canso de lembrar a famosa frase de Churchill em que dizia ser a "democracia uma péssima forma de governo, exceto as demais". Quem viveu ou vive em regimes autocráticos, em ditaduras, onde o estado de direito não vale quase nada, sabe disso. Democracias são absolutamente imperfeitas, os estratagemas que os adoradores e aduladores do poder perpetram para conquistá-lo, numa democracia, são sutis e muito piores, acho eu, do que em ditaduras ou golpes de estado, onde ao menos há menos máscaras (a brutalidade lhes prescinde).  Falsos democratas, aqueles que distorcem fatos, criam narrativas em próprio benefício, compram apoio de sindicatos, jornais, grupos de pressão, grupelhos sectários mediante "promessa de paga" com recursos do contribuinte são mais perversos do que ditadores sanguinários, ainda que ambos sejam péssimos, execráveis e desagregadores.  Constata-se que os acordos feitos às escondidas, os conchavos para lesar cidadãos ou inimigos políticos, feitos nas ...

Entramos na era do populismo?

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Na sexta-feira passada, sob intensos protestos da esquerda liberal (que interessantemente deseja silenciar o que não lhe é espelho, chamando os outros de fascistas, etc.), ocorreu o já tradicional Munk Debate em Toronto. Os Debates Munk são uma iniciativa super-interessante, que completam 10 anos, visando uma luta de box de idéias, colocando opositores políticos ou ideológicos frente a frente, gerando massa crítica para os espectadores conhecerem os lados do embate e melhorarem sua compreensão sob ângulos diversos. O polêmico Steve Bannon (que apoiou a eleição do Pres. Trump e foi seu consultor estratégico durante o primeiro ano de governo) enfrentou o semi-liberal David Frum. Ambos deveriam defender se o populismo seria ou não a nova forma de manifestação política no ocidente. Enquanto Frum ironizava a figura pessoal de Trump, fazendo piadinhas e seduzindo a audiência, Bannon dominou o debate e traçou uma linha entre as opções de populismo de direita ou de esquerda como ún...