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O espelho de Noam Chomsky

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Como muita gente tem atribuído a Olavo de Carvalho os fundamentos filosóficos e a orientação ético-política (existe isso?) de vários luminares do governo Bolsonaro (ou até mesmo do próprio governo), arrisco aqui a fazer certas comparações. Não há dúvida que Olavo é um sujeito brilhante e, acima de tudo, muito articulado. Seus textos são densos e incisivos. A despeito da ausência de formação acadêmica formal, não tendo seguido os caminhos tradicionais que estruturam a linguagem científica e da pesquisa, ele é curioso e vê-se que leu (lê?) muito. O fato de jamais, ou quase jamais (desconheço detalhes, arrisco...), ter-se submetido a comitês de leitura, bancas examinadoras ou ter-se sujeitado a ser avaliado por pares (que naturalmente não possui, pois inventou a própria linha didática e literária, sendo impossível encontrar dois Olavos), deu-lhe ampla liberdade criativa. Só que, por outro lado, esse fato lhe tolheu a capacidade de fazer auto-crítica. Seu tom cáustico e, muitas vezes...