Publicidade governamental: um absurdo bem brasileiro

Diante dos ventos de mudança resultantes do Impeachment e do discurso dos candidatos, há algo que pode ser abordado de imediato, com resultados positivos imensos.

É preciso acabar com a publicidade governamental, na maioria das vezes travestida em propaganda do político.

O Brasil já melhorou bastante nesse quesito, pois sou da época em que se anunciava o nome do governador ou prefeito na TV e nos jornais, ao invés de falar da Prefeitura ou do Estado tal e tal.



Vou exumar alguns corpos agora, mas é necessário para o leitor vislumbrar o absurdo que ainda impera no país que gasta muito mal o que arrecada na marra, dos brasileiros. Vou ressuscitar o Lula e a Dilma (outubro é o mês do Halloween e das Bruxas, portanto que venham os ZUMBIS).

Leia essa reportagem publicada há mais de um ano pela revista-porta-voz das esquerdas quando eram donas do país. Sim, a Globo recebeu nos anos Lula e Dilma mais de R$ 6 bilhões em publicidade... Essa mesma Globo da qual Lula, o mentiroso safado, quando pode picha a mais não poder.

Em todos os níveis políticos a publicidade governamental no Brasil é um absurdo de desperdício, manipulação da opinião pública e corrupção. Ela não educa, ela visa doutrinar, gerar movimentos positivos ao grupo político no poder, para defender sua situação, etc.

O Governo Temer hoje levará ao ar uma propaganda justificando as medidas duras que são necessárias para recolocar o país um pouco no trilho, depois do descarrilhamento causado pelo PT (em parceria com PMDB).

Temer poderia incluir no discurso:

"Esta é a última vez que gastamos os seu dinheiro para fazer publicidade governamental. Utilizaremos a mídia espontânea, que vende jornais e gera tráfego na mídia social, além do Diário Oficial, para fazer nossos anúncios, pois assim economizaremos BILHÕES que você, brasileiro, paga em impostos e que precisam ser utilizados para pagar pelos serviços essenciais como segurança, educação e saúde. É chegado o fim da era em que governos gastam fortunas para se auto-promoverem usando a mídia. Sugiro que os governos estaduais e municipais façam o mesmo, pois eles sabem que o dinheiro desperdiçado em auto-promoção é necessário em áreas prioritárias."



Ah, se Temer fizesse isso ganharia muitos pontos demonstrando estar realmente contribuindo para reorientar o Brasil no rumo da inteligência do uso dos recursos públicos, sem pirotecnias, abrindo as contas da publicidade.

É claro que os governos não querem fazer isso.

É claro que meios de comunicação não querem nada disso, pois faturam fácil com propaganda governamental (inclusive de empresas estatais, como Petrobrás, CEMIG, etc.).

E a cereja do bolo é essa: PROPAGANDA ELEITORAL GRATUITA. Uma mentira deslavada em que os brasileiros caem já que a ninguém interessa - no caso, políticos associados aos meios de comunicação - falar a verdade e INFORMAR.

Essa propaganda dita gratuita terá custado, apenas em 2016, quase R$ 600 milhões! Veja os dados aqui.

Assim, Temer hoje poderia complementar em seu discurso:

"Anunciamos ainda que em meu governo a Propaganda Eleitoral Gratuita custará zero aos contribuintes, pois estamos obrigando as emissoras a transmitirem a propaganda sem custo, já que é o estado que lhes concede o uso das ondas para telecomunicações e integra a sua obrigação, no interesse público, que informem o povo brasileiro sobre os candidatos".

Enfim, sonhar é bom...

Mais lidos

Mentiras de Estado

Com ou sem máscara?

Ditadura do Judiciário exposta: Congresso Norte-Americano

A democracia-ditadura: o poder sem representação

Manipule e influencie os jovens: eles poderão ajudar no esforço destrutivo de amanhã

Um texto magistral para a magistratura brasileira