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Mostrando postagens com o rótulo América Latina

Kissinger: incontornável até o fim

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Ontem faleceu Henry Kissinger , aos 100 anos de idade. Tornou-se famoso desde a época em que foi nomeado Conselheiro para a Segurança Nacional e depois  Secretário de Estado do governo de Richard Nixon, ao final da década de 1960. 70% das mídias tradicionais de notícias (que consegui analisar) informam sua morte construindo um obituário obscuro, muito negativo. Como alguém que o acompanhou desde criança pelos jornais e conversas de família, entendo ser normal criticá-lo, mas o exagero indica superficialidade de conhecimento e contexto pelas editorias internacionais que o caracterizam negativamente. Esse acadêmico, transformado político altamente complexo é, sem dúvida alguma, se não o único , um dos principais  pais da paz mundial experimentada no longo período desde a guerra fria até o dia de ontem, que nos beneficiou a todos nesse planeta. O jovem judeu conseguiu fugir da Alemanha nazista com a família após ser espancado na escola e seu pai ter perdido o emprego, em vista d...

Swing político: o tango libertário

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Hoje é o dia seguinte à vitória de Javier Milei nas urnas da Argentina. O enorme significado disso não pode ser menosprezado, pois reinaugura um capítulo na América Latina, iniciado com a inesperada eleição de Jair Bolsonaro no Brasil, em 2018. Denominações Como o extremismo dos criadores de narrativas da imprensa e da academia continua sendo martelado na cabeça das populações, consegui recensear as seguintes expressões dos auto-denominados sinalizadores de virtude descrevendo o eleito argentino: ultraliberal, ultra-libertário, extrema-direita, ultra-direita , etc.  É triste ver como faltam cérebros e censo de auto-crítica à imprensa que se afunda cada dia mais em suas próprias criações mentirosas, ainda que certos governos, como o atual canadense, passem leis para criar privilégios aos que ainda parasitam a população achando estarem exercendo algo próximo do que seria o jornalismo. Economia O Wall Street Journal de hoje traz gráficos chocantes sobre a economia argentina, destruí...

Toxicidade política: um plano dos maus

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Constatar uma realidade ou algo não implica em utilizar a imaginação, mas apenas somar fatos numa sequência lógica mensurada no tempo. Ainda que se diga o contrário, acredite no que você vê e ouve à sua volta, antes de concluir algo . A política , na era do mundo hiperconectado e das mídias sociais, atualmente representa o tóxico , o perigoso , o desagregador .  Em 2018 já estava claro para onde se caminhava. 2022 está sendo um ano extremamente desagradável para aqueles que, como eu, se interessam e desejam ter algum engajamento político moderado, racional e ético . E assim constato: a política tem sido  o inverso do que se espera de sua função .  A política deveria ser o meio em que diversas expressões e idéias são expostas e se chocam, produzindo um ambiente onde valores e objetivos minimamente partilhados reforçarão o elo necessário para que a sociedade se desenvolva , prospere e perpetue-se. A política precisa, entretanto, de uma  base sólida para ser funcio...

De novo: América Latina será o quintal de quem?

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A década de 60 latino-americana foi marcada por uma séria preocupação geopolítica das potências nucleares da época: EUA e URSS. O relógio está voltando atrás, só que agora os hegemônicos que disputam a América Latina são China e EUA. A pergunta que não quer calar é: de qual superpotência a América Latina será o quintal? A ascensão das esquerdas na região causaram muito atraso na última década e meia e só aconteceu pela falta de interesse norte-americano (preocupados com outras paragens). Os EUA demonstraram ter pouco apetite pela região até recentemente, com a queda do muro de Berlim e a derrocada dos regimes de esquerda. A chancelaria chinesa faz-se notar progressivamente, quebrando a tradição de perfil discreto que lhe vinha marcando: semana passada criticou o secretário de estado dos EUA, que em visita à região falou mal da presença de investimentos chineses. A Doutrina Monroe, oriunda de um presidente dos EUA do século XIX, declarava que a América deveria ser dos Amer...

Stop the violence in Latin America: estudo do Banco Mundial

Seguem abaixo os links completos sobre esse flagelo que torna a região uma das mais violentas do mundo, apesar de falar-se tanto de terrorismo islâmico. Leia o resumo em inglês clicando AQUI Leia o resumo em espanhol clicando AQUI O Instituto Sangari acompanha essa tragédia no Brasil. Você pode ver o último relatório (2016) clicando AQUI O direito à vida deveria ser sagrado, fundamental, irrevogável, mas infelizmente tanto bandidos quanto estado matam muito na região e entender razões e conhecer os dados é necessário... ainda mais em ano de tanta eleição na região. O mais triste é constatar que nenhum candidato presidencial razoável aborda de forma direta um plano sério para combate a essa mortandade absurda. É uma Guerra Civil não declarada. Lastimável. Enfim, informe-se e avalie as conclusões dos estudiosos.

América Latina: influência externa e desonestidade intelectual a serviço da revolução

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Desde fins dos anos 1980, com o desvio da influência norte-americana para a recém-libertada Europa do Leste, quando da queda do Muro de Berlim, a América Latina é palco de luta por poder. A luta se dá entre oligarcas (novos e velhos, com formatos e origens variadas), representando elites capitalistas de um lado e o povo de outro. Os novos oligarcas são representados algumas vezes por sindicalistas, bons aprendizes de técnicas militares ou de guerrilha, aprendidos em Cuba ou mesmo a defunta URSS. Vários líderes populares e populistas surgiram na região, dentre os quais se destacou Hugo Chávez, que teve a ousadia de progressivamente subverter a ordem constitucional venezuelana visando tornar-se ditador eterno. O câncer matou o ditador, mas ele estabeleceu um formato de exercício de poder absoluto que ainda beneficia a casta que criou, atualmente liderada pelo alucinado Nicolás Maduro. Outros países, como Bolívia, Equador, Paraguai, Brasil e Argentina seguiram na mesma linha, alguns...