Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Europa

A raiva, a revolta, o ódio represado que explode facilmente.

Imagem
Ocidente e Oriente Conheço a Europa como o berço da civilização , a despeito de povos do Oriente demonstrarem total discordância com esse conceito que me foi ensinado na escola. Nascido no Brasil, sou fruto da cultura européia com contaminações da cultura indígena brasileira e africana, pouco tendo ouvido ou sabido das culturas orientais até tenra idade. Despertou-me curiosidade em conhecer um pouco culturas de onde fazia noite, enquanto onde eu morava fazia dia.  Milênios atrás, povos Orientais construíram civilizações baseadas em elementos cosmológicos bastante distintas daquelas no Ocidente. Reinados e povos antigos em locais distantes criaram civilizações desenvolvidas e sofisticadas, cujos legados  podem até ter perdido a identidade, mas nem por isso deixaram de existir como conhecimento passado de geração em geração. Se a eficiência militar e de navegação ocidental foi maior que a oriental até época recente, não é difícil constatar que a humanidade, sob o ponto de vista ...

As Novas Guerras Púnicas

Imagem
Plutarco disse em " A vida de Marcus Cato " que Scipio Nasica foi o único líder romano que compreendeu as desvantagens da completa destruição de Cártago pelo poderoso Império Romano .  A crítica de Scipio é descrita por Will Durant em sua obra  Caesar and Christ , Ed. Simon & Schuster, NY, p. 35: " Roma manteve-se grande enquanto seus inimigos lhe forçaram a ter união, visão e heroísmo. Quando ela os superou a todos, floresceu por um período e depois começou a morrer ".  O Império Romano desapareceu na Europa no Século V, e no Oriente no Século XV (com a queda de Constantinopla para os Otomanos), mas sua herança civilizatória, inclusive jurídica, ainda influencia o mundo em que vivemos. Conhecer a história é necessário, pois ela costuma se repetir.  Eliminar totalmente o inimigo causa  soberba ao vitorioso, passo inicial para sua decadência e desaparecimento, por seu próprio convencimento e repetido descuido. O filósofo Francis Fukuyama cedeu à tenta...

A França entre a centro-direita e o ultranacionalismo

Imagem
É incrível constatar como os socialistas destruíram a França. Ou, ao menos, o sonho socialista francês. O país que teve François Miterrand como estandarte transformador dos últimos 50 anos, um presidente que impôs uma reforma fiscal e social profunda e causou temores de uma onda vermelha Europa afora, não conseguiu mudar o establishment.  Seu relativo sucesso enterrou o sonho socialista ( à francesa , é claro, não sendo admitido abertamente por aqueles que insistem observam o lema - hipócrita -  liberdade, igualdade e fraternidade ). Jean-Luc  Mélenchon , candidato socialista, não conseguiu angariar votos suficientes para ir ao segundo turno... no país dos sindicatos fortes, como a poderosíssima CGT. No próximo dia 24 de abril, o atual presidente Emmanuel Macron (um ex-banqueiro de investimento, que pode ser naturalmente chamado de globalista incondicional, ao melhor estilo do Fórum Econômico Mundial ) e a ultranacionalista Marine Le Pen (filha do Jean-Marie , um neonazis...

Europa: voz do povo e o ovo da serpente

Imagem
A Europa está dando uma guinada à direita .  A idéia desse post é examinar o diagnóstico, a razão disso estar acontecendo. Em outro post falarei das consequências. Na votação encerrrada esse fim de semana para membros do Parlamento Europeu a população manda um recado claro: NÃO à imigração em massa NÃO à desaculturação dos Europeus NÃO às fronteiras abertas NÃO à integração absoluta européia O resultado foi o seguinte: Matteo Salvini na Itália Marine Le Pen na França Nigel Farage no Reino Unido Viktor Orban na Hungria Antes deles, já haviam aberto a porteira Donald Trump nos EUA,  Sebastian Kurz na Áustria (cujo governo está envolvido em corrupção até o pescoço)  e Jair Bolsonaro no Brasil. Esses políticos foram eleitos segundo regras democráticas. Na Espanha ganharam os socialistas, que por sua vez já governam Portugal exercendo pragmaticamente um tipo de capitalismo social. São dois países arrasados pela crise econômica de 2008, deixad...

Europa: o pouco, o muito e o excessivo.

Imagem
Apesar de estar sobrevivendo às duras penas na União Européia, a Grécia tem sido parasitada pelos europeus há vários anos, a um custo social imenso. Os bancos alemães e franceses detêm grande parte da dívida daquele país, denominada em Euro, criando-lhe uma armadilha comparável à crise da dívida latino-americana dos anos 1980. A diferença é que, por estar inserida no projeto federalista europeu, a saída da Grécia é retardada pelo empréstimo contínuo e ajustes de "fora para dentro" que reprimem qualquer movimento real de independência. À Grécia é proibida a moratória, diferentemente do caso brasileiro, já que esta precipitou nosso ajuste e a retomada econômica por meio de reformas na década de 1990. A desintegração política grega é comprovada. Pesquisas de opinião explicam a razão do marasmo democrático: pouquíssimos acreditam que votando conseguiriam implantar um governo independente dos falcões europeus e, portanto, priorizar as necessidades do país, em contraponto ao inte...