Europa: voz do povo e o ovo da serpente

A Europa está dando uma guinada à direita

A idéia desse post é examinar o diagnóstico, a razão disso estar acontecendo. Em outro post falarei das consequências.

Na votação encerrrada esse fim de semana para membros do Parlamento Europeu a população manda um recado claro:

NÃO à imigração em massa

NÃO à desaculturação dos Europeus

NÃO às fronteiras abertas

NÃO à integração absoluta européia

O resultado foi o seguinte:

Matteo Salvini na Itália

Marine Le Pen na França

Nigel Farage no Reino Unido

Viktor Orban na Hungria

Antes deles, já haviam aberto a porteira Donald Trump nos EUA, Sebastian Kurz na Áustria (cujo governo está envolvido em corrupção até o pescoço) e Jair Bolsonaro no Brasil.

Esses políticos foram eleitos segundo regras democráticas.

Na Espanha ganharam os socialistas, que por sua vez já governam Portugal exercendo pragmaticamente um tipo de capitalismo social. São dois países arrasados pela crise econômica de 2008, deixados abandonados pela União Européia e em que a esquerda foi a única que conseguiu agregar forças e destacar-se para propor um plano de integração social sem rejeição total a mecanismos capitalistas. Nesses países o liberalismo econômico conhece vários freios.

A próxima onda será a Grécia, sugada até a última gota de sangue por uma Europa absolutamente insensível à realidade dos gregos, que lhes cobra um preço altíssimo para ficarem na união, roubando-lhes não apenas a soberania sobre a política monetária, mas o sonho de participação democrática aos jovens já descrentes no voto e na voz. 

A população grega abomina a União Européia, mas parece recuperará a crença no voto apenas quando um populista lhe incitar... o que está a um milímetro de acontecer. O líder de oposição e eurocético Kyriakos Mitsotakis já pediu eleições, em vista de o governo atual ter sido pouco votado no fim de semana passado.

Um fator interessante - positivo - é que os verdes ganharam espaço também... demonstrando haver pontos comuns na visão da coletividade responsável com o meio-ambiente e populações locais (nacionalismo).

Esse resultado se anunciava há muito tempo, pois a população nativa européia está se sentindo absolutamente acuada pela abertura exagerada. O sentimento vem sobretudo das classes menos instruídas, gente comum, trabalhadores braçais, pouco competitivos e pouco abertos a diálogos elaborados. Eles contam muito voto e estão fazendo a diferença.

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A abertura econômica do mercado comum europeu, base de inspiração para o Mercosul, beneficiou a Europa no pós-guerra e foi algo ótimo. 

Só que a livre circulação de pessoas e a dialética dos Direitos Humanos atingiram níveis exagerados, desconhecendo fronteiras e policiando aqueles que concebem restrições e limites como forma de proteção de culturas e territórios.



Como descrito no vídeo acima, a tomada à força de bairros e cidades inteiras por grupos muçulmanos que vivem em guetos e impõem suas leis e regras a pessoas de mesma origem nacional já dão sinais de esgotamento. Suecos não estão mais passivos ao que sentem como uma ocupação estrangeira. Um Basta! está sendo entoado e as eleições demonstram isso.

Árabes disseminam ainda o antissemitismo, travestido em deslegitimização do Estado de Israel. Sua população crescente, sobretudo na França, subjugou políticos europeus que, por sua vez, se alinham aos palestinos em sua narrativa odiosa que não permite a Israel viver em paz.

Assim, populações nativas inteiras na Europa passaram a se sentir escravas de leis contrárias ao interesse nacional, acomodações além do razoável impostas por líderes e dinheiro árabe, fundadas em exceções e não na regra do país hospedeiro. 

O ataque a Charlie Hebdo e outros atos terroristas em solo europeu perpetrados por árabes legalmente situados em seu território, sensíveis ao discurso de ódio de Imams em mesquitas que pregam a eliminação de infiéis libertários fez aumentar o sentimento anti-imigrante. 

Passeatas buscando promover a Sharia ou lei religiosa de Maomé se somam a atos isolados de terrorismo, preocupando as pessoas comuns que vêem seus hábitos de vida mudarem radicalmente, para pior.

Como a liberdade absoluta em se promover o discurso de ódio é aplicada a grupos religiosos e políticos árabes, supremacistas brancos se aproveitam e seguem na mesma esteira, disseminando também seu ódio.

Levas de imigrantes forçados a mudar-se de seu país devido a conflitos religiosos, sobretudo na Síria, ao invés de estimularem a compaixão original que moveu suecos, alemães e italianos a lhes receberem de braços abertos, ressuscitou a xenofobia de forma vigorosa e violenta.

Os atos de antissemitismo na Europa levaram um jornal alemão, nessa segunda-feira, a pedir a seus leitores para usarem kippa demonstrando que a Alemanha é intrinsecamente judaica, tentando reverter o ódio que renasce fortemente onde a máquina genocida foi super-eficiente.

A negativa de assimilação por muitos imigrantes, sobretudo árabes, que insistem em impor hábitos, códigos e leis de seus países de origem estacionados na era antes do Iluminismo, das Trevas (casamento infantil, uso do véu forçado, mulheres subjugadas e relegadas à função doméstica e sexual, promessa de destruição da civilização ocidental e seus costumes liberais, etc.) constitui sinal claro de que a coisa não vai acabar bem.

Um exemplo terrível:

Marine Le Pen é filha do Jean-Marie Le Pen

Esse cara é um nazista de raiz, um antissemita odioso, um supremacista violento e genocida. Ele é tudo de ruim numa pessoa, sobretudo em um líder. Só que ele nunca conseguiu mais que 5% dos votos radicais franceses. O melhor projeto dele foi a filha...

Marine traz os valores do pai, mas poliu-se, amenizou os ataques e prepara-se para assumir o poder na França. Com a aparente invasão islâmica no continente, achou o nicho que precisava. 

A família Le Pen não conseguiria chegar onde chegou apenas pelo discurso do ódio a negros e judeus. Precisava a Europa ter cedido ao dinheiro e à cultura árabe e alguns, mas letais, terroristas, para surgirem como opção política a uma maioria que se diz abandonada pelos líderes.

O erro ocorre há mais de 10 anos. Esse ovo da serpente vem sendo encubado sob as barbas da elite européia insensível e obtusa.

Ao invés de líderes da Europa terem absorvido imigrantes segundo regras estritas, pensando nos locais, fizeram o contrário: acuaram populações nativas em seu próprio território.

Aceite-se ou não essa realidade cruel, mas é isso que aconteceu e está causando a tal guinada à direita, que a muitos ainda surpreende (a mim de forma alguma).

Qual será a consequência disso?

O fato é real. Está acontecendo. Esses líderes possuem uma agenda comum, preocupações baseadas em mitos e em realidades.

O que virá em seguida, quando unirem-se no poder? 

Cederão ao supremacismo ou serão apenas reais defensores das populações nativas, impondo testes de cidadania a imigrantes, desmontando guetos? 

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