Novo pacto federativo: o momento chegou

A partir do momento em que, no Impeachment de Dilma de 2016, ministros do STF rasgaram a Constituição Federal permitindo àquela inepta que, impedida, concorresse ao Senado por Minas Gerais, ficou demonstrado o ativismo daquela corte em favor do grupelho que nominou a maioria de seus membros. Como se diz na gíria popular: tá tudo dominado.

O surpreendente fim da prisão em segunda instância em 2019, seguido da anulação do processo do populista-corrupto-carismático mais famoso do mundo, apenas comprovaram que o crime compensa quando tens amigos nas posições mais importantes da República. Os petistas são jogadores exímios do poder, já que fizeram treinamento nas escolas revolucionárias e desestabilizadoras de elite do mundo visando a sabotagem de democracias

Tiro-lhes o chapéu: os caras são bons mesmo nisso.



Os discursos recentes do vencedor de eleições prá lá de questionáveis (não pelas urnas, mas pelo processo que permitiu ao meliante recorrente estar inscrito na cédula) indicam seu desmerecimento ao legislativo, o que virá de 2023 em diante. 

Aliado aos seus ativistas do STF,  é certo que Lula golpeará diuturnamente, juntamente com sua aliada-imprensa, a autonomia e constituição do novo Congresso majoritariamente conservador, em todas as ocasiões. 

O PT sempre teve o Congresso como alvo preferido de maldades e aliciamento.

Minar a legitimidade do Congresso Nacional é fácil, da mesma forma como foi com Bolsonaro. Apinhada de corruptos, a casa legislativa brasileira é um antro onde abutres disputam o espólio da República arrancado aos contribuintes e concentrado em um único cofre.

Restará então a tarefa a dois futuros-heróis de resgatarem algum valor positivo ao país: Tarcísio e Zema.

Esses dois governadores, com 50% do PIB brasileiro sob seu comando, possuem a obrigação e o destino de peitarem o governo federal exigindo um Novo Pacto Federativo.

Ao invés de fazerem como vergonhosamente o ex-governador Anastasia durante crise maior, como descrito nesse post, datado de 2013 (!!!), os governadores Tarcísio e Zema deverão iniciar o processo de desmembramento federal, regionalizando e avocando poderes fiscais e políticos, provocando a discussão necessária e urgente de um novo Pacto Federativo.

Caso contrário, a janela de oportunidade será fechada pelos oportunistas de plantão que se aboletarão em Brasília e manterão seu curso em busca do poder total e absoluto.

Se há algo que ficou comprovado nas eleições de 2022 é a disfuncionalidade do modelo federativo atual, inclusive do ponto de vista eleitoral e político. O enfraquecimento dos estados do Sul e Sudeste, insculpido na Constituição Federal, precisa ser corrigido. É inaceitável que o motor econômico e social do Brasil fique a reboque de estados que muito menos contribuem ao país.

O novo modelo federativo precisará ser posto à mesa como medida de força e tais governadores possuem enorme legitimidade populacional e econômica para o fazerem.

Oxalá tenham determinação e inteligência para bem conduzirem essa agenda estratégica, assim evitando que o país - aí sim - tome o rumo fracassado que já vitimou seus vizinhos na América Latina.



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