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Ditadores são bem-vindos

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Apenas uma nota para iniciar mais uma semana em que o Brasil torna-se uma cor pastel na paleta mundial. O ditador Maduro está no Brasil desde ontem.  É responsável (assim como Mao, Putin, Pol-Pot e tantos outros fascínoras) pelo genocídio do próprio povo. A emigração forçada de venezuelanos para o resto do mundo é um fato desde o antecessor-ditador Chavez. O Brasil é um destino importante, como reportagem abaixo informa, mas como o ditador é mais um dos amigos ideológicos do ladrão atualmente no poder, idiotas-úteis apóiam a visita em terras tupiniquins e no além-mar...  O anão-diplomático que é o Brasil também confirma sua vocação para anão-moral de seus líderes, mas sobretudo de sua elite governante, acadêmica e econômica, que não se insurge contra tais absurdos. Lembrete: o governo norte-americano parece que possui um mandado de prisão do ditador bolivariano : 

Fazer música ou comprar tudo empacotado?

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Um diálogo ontem me incitou a escrever esse post sobre os inúmeros meios de se ouvir música e o fim da musicalização nas famílias. Pense bem: 3 gerações atrás não havia aparelhos de som, muito menos AirPods, Spotify e mídias que nos entregam qualquer música instantaneamente. O que as pessoas faziam? MÚSICA! Se apreciavam música, as pessoas tinham que aprender a tocar instrumentos, caso contrário ficariam em silêncio (ok, cantar vale)... É por isso que nas famílias de classe média prá cima sempre tinha um pianozinho na casa, um acordeon ou mesmo uma flauta ou violão. E nas famílias de classe baixa havia cavaquinho, bandolin, pandeiro ou bumbo, para fazer música também. Até caixinha de fósforo (hoje banida?) era uma super percussão para acompanhar voz & violão. E o que significa fazer música ? Significa não comprar empacotado, não se limitar ao que te é oferecido enlatado por mídias por aí. Significa portanto ouvir um tanto de música e barulho e fazer o próprio, elaborado sobre a div...

Criminalizar a oposição: eficaz onde instituições são aparelhadas, não funcionando para a função concebida.

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Uma das marcas da ditadura é o arbítrio . Já a violência dos regimes fortes vem em diversos formatos e expressões.  A violência física, tão denunciada pelas esquerdas quando falam de governos latino-americanos de direita das décadas de 1960 e 1970, é apenas uma das suas formas (ainda assim muito menos letais que Stálin, Mao, Castro e Pol-Pot, para citar apenas alguns ditadores comunistas).  Há a violência psicológica, a ideológica (famoso "cancelamento"), midiática, profissional, há ainda censura...e há a grotesca  punição coletiva , como a pobreza generalizada produzida por seus líderes na Venezuela (cujos cidadãos fogem em milhões para países vizinhos, inclusive o Brasil) e na Argentina . O arbítrio não significa que inexistam sistemas legais.  A Alemanha nazista era legalista , mas nem por isso a arbitrariedade deixava de existir. Pelo contrário! O arbítrio deixa a lei tornar-se cada vez mais rigorosa, pois ela transforma-se em espada longa e difusa: persegue, fe...

Estultices petistas

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A liberalidade em falar e propor bobagens não é exclusividade de líderes populistas de esquerda.  Estes, entretanto, flertam sempre com platéias cativas incapazes de contestarem ou indignarem-se com devaneios delirantes e absurdos, a despeito da presença invariável dos inúmeros diplomados, laureados e frequentadores de colóquios acadêmicos globais que dizem ser de alto nível. O fenômeno contagioso não apenas ocorre com o coronavirus: a estultice - ou imbecilidade, estupidez, falta de inteligência e preparo - impregna as mais altas rodas intelectuais e elitistas sobretudo quando tudo se justifica pelo bem coletivo e, mais recentemente, pela suposta luta pela democracia, ainda que signifique a implantação do estado-policial e da censura, inclusive prévia. O Brasil de L(202)3 revive a tragicomédia dos anúncios absurdos midiáticos, como aquele bem recente de que o país estaria negociando com Argentina - um país com várias modalidades de câmbio e uma inflação superior a 100% ao ano - a ...

Esperança, de olhos bem abertos

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 Esse post finaliza o ano de 2022. Portas se fecham para que outras sejam abertas , reza o sábio dito popular. A pandemia vai sendo deixada para trás, com autoridades de certos países equiparando o virus de Yuan a outras moléstias comuns, como fez a Dinamarca. O medo, a desconfiança ao próximo, o fechamento de fronteiras e restrições ao turismo vão se reduzindo a livros de história. A humanidade agora convive com os traumas que políticas restritivas causaram, substituídos pelo enorme desafio econômico causado em grande parte pela brutal invasão russa na Ucrânia e a cautela ocidental em evitar um confronto nuclear global. Na política brasileira, o terremoto institucional se reinicia, com cancelamento progressivo do corrupto Congresso Nacional pelos dois outros poderes. O STF assumiu as rédeas políticas e orçamentárias do país, acarpetando o que será uma relação incestuosa com o poder executivo, de 2023 em diante.  Lula será o parceiro ideal dos magistrados que ele mesmo emposso...

Quem apóia a ditadura

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A idéia da ditadura judicial é um assunto antigo, que vem se desenvolvendo sob roupagem moderna. Alertas tem sido feitos há vários anos. Artigo seminal de 1997 deu a grita e você poderá lê-lo clicando aqui . Em vários países, o fim da democracia  perpetrado pelos seus próprios juízes tem sido denunciado, infelizmente caindo majoritariamente em ouvidos surdos: Nessa esteira, reproduzo artigo de um dos poucos jornalistas que ainda permanecem independentes e lúcidos no Patropi. O artigo pode ser lido aqui no original ou como abaixo transcrito. J. R. Guzzo 09/12/2022 - 11:26 QUEM APOIA A DITADURA A realidade é que Alexandre de Moraes e seus colegas não tiveram, em nenhum momento, a menor objeção dos militares para tomar qualquer medida que  tomaram, uma vez que são  impostas a algum país, não costumam ser biodegradáveis, nem passíveis de reciclagem. Não se tornam mais suaves,  racionais ou justas com o passar do tempo, nem se transformam em outro material. Nunca recuam, ...

Camus, artistas e o compromisso com a verdade e a liberdade

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 Essa semana completam-se 65 anos do marcante discurso de Albert Camus em Estocolmo, quando do recebimento do Prêmio Nobel de Literatura de 1957. Camus tinha meros 44 anos à época, pouca idade para tanta envergadura e reconhecimento. Sua maturidade moral e intelectual já era avançada quando do prêmio.  Seu discurso de agradecimento é um estrondo, uma catarse. Os valores expostos por Camus formam um mapa, oferecem bússola sobre como pensar e agir eticamente, merecendo ser lido e relido, sobretudo pelas classes artística e jornalística, que tanto influenciam e podem agregar a uma sociedade. Foram ofícios aos quais Camus dedicou sua curta vida, posto que vitimado em acidente de carro dois anos depois.  Tive o privilégio, ainda em tenra idade, de ler no original (e posteriormente reler, com certa maturidade) seus escritos como O Estrangeiro, A peste,  e O mito de Sísifo . Obras profundas, necessárias. Nos tempos atuais, revisitar, atentar às palavras sensatas de que...

Um país violento, perigoso

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Era inevitável: ou o Brasil combateria o crime, inclusive e em especial aquele organizado, ou sucumbiria. Ao ler " Por quê as nações fracassam ", escrito por D aron Acemoglu and James A. Robinson dez anos atrás, várias estórias ajudaram-me a compreender a dificuldade de países em garantirem o funcionamento saudável de instituições que seriam essenciais para prosperidade e progresso coletivos. Manifestações recentes em altos escalões indicam que a elite brasileira escolheu o caminho mais fácil para si mesma: censura e silenciamento de dissidentes. Questionamentos são proibidos, justificando concentração de importantes poderes nas mãos de poucos magistrados transformados em efetivos administradores do país a despeito de não terem tido nenhum voto para mandarem no destino de um povo.  O autoritarismo é realmente um modelo atraente.  Ele facilita o diálogo entre poderosos, ignora oponentes e leis, cria narrativas que, pelo medo ou compra com recursos públicos de adeptos, dissemin...

Toxicidade política: um plano dos maus

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Constatar uma realidade ou algo não implica em utilizar a imaginação, mas apenas somar fatos numa sequência lógica mensurada no tempo. Ainda que se diga o contrário, acredite no que você vê e ouve à sua volta, antes de concluir algo . A política , na era do mundo hiperconectado e das mídias sociais, atualmente representa o tóxico , o perigoso , o desagregador .  Em 2018 já estava claro para onde se caminhava. 2022 está sendo um ano extremamente desagradável para aqueles que, como eu, se interessam e desejam ter algum engajamento político moderado, racional e ético . E assim constato: a política tem sido  o inverso do que se espera de sua função .  A política deveria ser o meio em que diversas expressões e idéias são expostas e se chocam, produzindo um ambiente onde valores e objetivos minimamente partilhados reforçarão o elo necessário para que a sociedade se desenvolva , prospere e perpetue-se. A política precisa, entretanto, de uma  base sólida para ser funcio...

Divide et impera

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Mais de 22 séculos atrás, o Imperador romano Júlio César aplicou a antiga estratégia militar de dividir para conquistar a Gália, atual França. Os cartunistas Uderzo e Goscinny imortalizaram em comédia o movimento de resistência aos romanos, representando-o nas tirinhas de Asterix que ganharam simpatia do mundo por seu humor, com fundo de verdade (a necessidade de resistir aos invasores, tanto brutos quanto ardilosos). César dividiu os franceses como estratégia de conquista. Ganhou todo o território gaulês colocando regiões francesas umas contra as outras, infiltrando-se e finalmente prevalecendo. Seguindo a mesma estratégia, o Império Britânico (sim, esse representado atualmente pelo Rei Charles da Inglaterra) colocou tribos árabes lutando entre si para conquistar a península arábica, lá se mantendo até a década de 1930. Fizeram isso para sugar as riquezas da região, sobretudo o petróleo. Utilizando a mesma estratégia de César, os britânicos impuseram fronteiras artificiais ...

Brasil: um país dividido artificialmente

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Como um cidadão brasileiro que possui completa ojeriza pelo ex-presidente Lula da Silva, suei frio ontem durante a apuração de votos. Imaginar que brasileiros desejem repor na presidência um corrupto condenado reiteradamente pela Justiça , que assaltou e deixou assaltar os brasileiros descaradamente, um aliado a forças retrógradas como sindicados pelegos, coronéis da política nordestina e grandes banqueiros, me causa repulsa . Conheço em detalhes os processos contra Lula e seus comparsas no crime. Ouvi os depoimentos. Li os julgamentos dos magistrados de 3 instâncias (juízes, desembargadores do TRF4 e ministros do STJ) que mergulharam em fatos, concluindo ter havido crimes sérios, combinados com a certeza de impunidade por parte do criminoso. São julgados magistrais, completos, fundamentados.  Como a maioria de meus colegas do meio jurídico, fiquei estupefato ao ler a decisão monocrática de certo ministro do Supremo Tribunal Federal que liberou o bandido para concorrer ao cargo de...