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Mostrando postagens de 2019

O país esquizofrênico e o povo que vive em silos.

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O Brasil é um país curioso: laboratório de experimentos constantes que nunca se concluem. Nação em formação, jamais atinge sua maturidade. Entendo que sua instabilidade advém do fato que seu esteio social é compreendido por seres que vivem e trabalham em silos, sem compreensão do todo. Além do determinismo - de origem inclusive religiosa - gerando imobilismo social - a melhor forma de manter currais eleitorais independentemente do espectro ideológico - o país se povoa de ilhas de solidão e de prosperidade. A parábola desenhada por uma flecha lançada de qualquer aglomerado urbano viaja da epidemia ao alto luxo, experimentando o supra-sumo da heterogeneidade. Em 2018 a corda esticou. Experimentou-se a ruptura do status quo , advinda unicamente da falência inequívoca do equilíbrio das forças políticas e econômicas que dominavam o país desde a democratização, desnudadas pela Operação Lava-Jato. Note-se que o Mensalão foi abafado pelas mais altas forças políticas e judiciárias...

Estado ou não-estado. Seria essa a questão?

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O recente debate francês sobre as queimadas brasileiras nessa época do ano não constitui novidade, mas a virulência dos comentários de alguns líderes européus é inédita. Ele se deve à presidência do país estar nas mãos de um não-progressista como Bolsonaro, que não fica bem na foto dos politicamente corretos, descompromissados com a realidade de seus países (ou como diria Milton Nascimento, de costas para seu próprio país). A resposta veio pela via diplomática adequada: Isso é quase irrelevante diante do que há por detrás dos interesses comerciais e neocolonialistas europeus. A sabotagem que a esquerda estruturada tenta fazer contra o Brasil - e que a mídia não informa - significa desejarem o retorno do esquema corrupto arduamente combatido pelo atual governo e sobretudo o Min. da Justiça Moro. Já se sabe que muitas queimadas ilegais na Amazônia estão sendo feitas por ONGs e funcionários públicos revoltados com o corte de verbas e que precisam fazer-se relevantes. São pess...

Sócio do estado: ao invés do Plea Bargain, melhor seria ter um programa de denúncias remuneradas

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Os Estados Unidos implantaram um programa de denúncia remunerada após a crise de 2008, por meio da Lei Dodd-Frank, conhecido como Whistleblower Program ( Programa do Apitador ). As autoridades, sabedoras dos desvios e das fraudes, mas sem recursos para grandes investigações e tentando obter provas junto a fraudadores sofisticados e bem aconselhados, ao invés de procurarem agulha no palheiro encontraram uma solução: cidadãos corretos denunciarem atos fraudulentos que vêem à sua volta. Ao estabelecer um canal em que o denunciante recebe estímulo financeiro para denunciar fraudes, os Estados Unidos passaram a recuperar fortunas em impostos sonegados e dinheiro furtado. Segundo o Relatório de 2018 da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) já foram detectados mais de 1,7 bilhões de dólares em desvios financeiros e conseguiu-se devolver a investidores lesados um valor equivalente a 452 milhões de dólares . Os (59) denunciantes receberam prêmios de 326 milhões de dólares ...