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Construindo elites

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Antigo ditado já dizia: " cercar-se de anões não te faz um gigante ". Na sequência desse ditado, diz-se ainda que " somos a média das 5 pessoas com quem mais convivemos " . É muito importante sabermos escolher com quem convivemos, pois ainda há o velho adágio " diga-me com quem andas, e te direi quem és ". O mesmo deve ser  aplicado a gestores, públicos e privados. Se tenho um problema de saúde, buscarei tratar-me com um especialista, médico que tratou diversas pessoas com o mesmo problema. Essa conclusão parece óbvia: busca-se o melhor tratamento por quem conhece a moléstia na prática e certamente a estudou e a estuda, mantendo-se atualizado. Acredito que buscar tratar-se com alguém que apenas estudou um assunto, com altíssimas notas acadêmicas, mas que jamais teve prática, jamais conviveu com pessoas que sofrem da moléstia que precisa ser tratada, não seria a preferência de pessoas razoavelmente conscientes de que mérito suplanta em muito a formação acad

Monstros S.A.

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Eu gostaria de estar escrevendo a respeito do filme bonitinho em que o monstro lilás fica amigo da garotinha e ao invés de aterrorizá-la, a faz gargalhar. Os monstros a quem me refiro são muito diferentes daqueles do filme.  Hoje lembramos que há 1 ano bestas humanas romperam as fronteiras de Israel para cometerem um pogrom filmado, televisado ao vivo, comemorado em várias partes vizinhas, próximas ao local das atrocidades naquele momento e até hoje. Os monstros a que me refiro foram financiados, pagos, não só pelo terr8r que causaram, mas pelo número de vítimas inocentes que covardemente  trucidaram e prometem trucidar. Esses monstros agiram e continuam agindo com total covardia , como bem descrito pelo ex-chefe do estado-maior inglês, Coronel Richard Kemp , a partir do minuto 01:30 no vídeo abaixo: Sua descrição é clara: esses monstros , quando não se escondem atrás de civis (inclusive crianças), se entregam, pois são covardes, são incapazes de lutar guerras convencionais em que ape

Fake News

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 A venda da verdade absoluta, anunciar o poder da revelação, de enxergar o que os outros não enxergam e assim tornarem-se relevantes sempre foi uma tentação aos oportunistas e desonestos, bem como aos parasitas de regimes políticos ilegítimos. Ouvi falar em Fake News , pela primeira vez, durante a campanha de Donald J. Trump à Casa Branca em 2016.  Eu já nutria desconfiança em relação às notícias publicadas em jornais, sobretudo porque tive uma passagem de vida perto dos holofotes e de personalidades públicas em minha infância e adolescência. Na minha Belo Horizonte natal, eu sabia que, por detrás das fotos e notícias de jornal, havia realidades muito diferentes, muitas tragédias escondidas sob sorrisos e anúncios falsos. Isso foi transposto à mídia social e o fake , o mentiroso, ainda persiste, projetando miragens distanciadas da realidade, mentiras criadas especialmente para destruírem reputações, prejudicar pessoas, falsear eleições, limitar idéias e, sobretudo, parasitar o povo, ab

Seletividade e conflitos

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O mundo jamais conheceu um período de paz total. É certo que regiões já conheceram calmarias, períodos em que calma e harmonia passaram a ser tão valorizadas que haveria pouco incentivo para as perturbar. A calma e a paz são garantidas não apenas por ações espontâneas, daí a necessidade de leis e de autoridades que vigorosamente as coloquem em prática, mediante coerção. Lamentavelmente, como sói na tragédia humana, apenas após arrombada a porta é que se coloca uma tranca mais robusta... Os períodos mais tranquilos, em geral, vividos pela humanidade no último centenário, aconteceram exatamente após imensa destruição, especialmente a Segunda Guerra Mundial. A França teve seus Anos Gloriosos , em que todos convergiam para a construção de uma nova sociedade moderna e pacífica.  O desespero econômico, a carestia, a fome e outros flagelos descontrolados historicamente foram causas de guerras regionais, civis e, algumas vezes, mundiais. As doutrinas e ideologias totalitárias também mobilizara

Qual é a do Brasil?

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O X continua bloqueado no Brasil pela Ditadura da Toga. Transcrevo texto de Fernando Schuler denominado “Servidão Voluntária”: “Eu andava pelo Chile quando o nosso X, o antigo Twitter, desapareceu. “Qué pasa en Brasil?”, me perguntam em um almoço com colegas acadêmicos. “Longa história”, respondi, “mas basicamente continuam salvando nossa democracia”. Algumas risadas, um certo espanto, e a conversa migrou para outros assuntos. De minha parte, sempre achei o Twitter (muito antes do Elon Musk) uma rede tóxica, mas ótima para informação. Nos últimos anos fui selecionando um punhado de intelectuais que gosto de seguir. Niall Ferguson, Jonathan Haidt, por aí. “Agora complicou”, fiquei matutando. É um pouco como as eleições americanas. Boa parte do debate acontece no X. O jeito é pedir ajuda. Alguém de algum país menos neurótico, na vizinhança, mandar uns prints do que estão falando. O almoço terminou e fui dar uma volta pelas ruas de Santiago, com aquela pergunta no ar: “Qué pasa en Brasil?

Indignação e paisagens

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Conciliarem-se interesses exige ciência e paciência, a moderação sendo uma qualidade esperada de gente madura, independentemente da idade. Há loucos e amorais idosos (os famosos "velhacos"), enquanto há jovens que parecem ser a reencarnação de antigos filósofos ou de Buddha... A cada dia que passa, convenço-me que o tempo não cura muitas coisas. Conciliar pessoas, idéias e interesses não significa, entretanto, anulação. Sem estrutura, sem fundação, nada é construído e a conciliação sem considerar todos os ângulos expostos e partes envolvidas não poderia ser assim chamada, pois se trataria de submissão. Finalmente, amadurece o uso das mídias sociais, que vitimaram gravemente a geração nascida em meados dos anos 1990. Tal geração saiu de um paradigma histórico humano real e tangível diretamente ao virtual, sem qualquer guia ou manual de uso aos pais ou tutores. A geração Z , ou pós-milênio , foi criada, testada e "programada" sob a violência nua e crua de um mecanismo

Auto-penitência e hábito científico

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Não sou propriamente religioso ou místico, mas sempre frequentei prazeirosa e curiosamente cultos religiosos nas duas religiões monoteístas que meus antepassados me legaram: cristianismo e judaísmo.  Sendo o judaísmo a raiz do cristianismo, essas compartilham festejos, valores éticos e algo que sempre achei muito interessante e útil: o exame de consciência e a auto-penitência pelos erros cometidos , na busca do aprimoramento constante .  Na prática cristã que conheço, em cada missa há um momento inicial de auto-penitência, rogando-se pela piedade divina.  No judaísmo, Yom Kippur é denominado Dia do Perdão , momento em que um exame de consciência visa limpar de culpa o coração, pedir perdão não a Deus, mas a quem se fez ou quis mal, para se seguir adiante, sem o peso dos erros do passado ou a amargura que atrasam a evolução. Como investigador da Idade Média , pelo volume concentrado e riquíssimo de reflexões e filosofia resultantes da época que culminou no Iluminismo , apaixonei-me, d

De luzes e de sombras

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O período em que vivemos é resultado de uma grande evolução da humanidade. Fomos brindados, há pouco mais de dois séculos, pelo movimento Iluminista, considerando-se que a humanidade (ou o Ocidente, para sermos mais exatos) saiu das trevas da Idade Média (dogmatismo, feudalismo, opressão, etc.) para um período em que a ciência e o pensamento racional se sobreporiam ao misticismo. Perguntei sobre o Iluminismo ao ChatGPT e ele me disse: O Iluminismo, também conhecido como Era das Luzes, foi um movimento intelectual e cultural que se desenvolveu na Europa durante o século XVIII. Ele se baseou na valorização da razão, do conhecimento científico e do pensamento crítico como caminhos para a libertação da humanidade da superstição, da ignorância e do poder arbitrário. Filósofos como Voltaire, Montesquieu, Rousseau e Kant foram figuras centrais nesse movimento, defendendo ideias como a liberdade individual, a igualdade perante a lei, a tolerância religiosa e a separação dos poderes. O Iluminis

Falta de coerência, padrões duplos: desonestidade

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O drama venezuelano é um sintoma , não a causa de um drama maior que engolfa o ocidente. E assim, concordo com o Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu  que, em recente sessão conjunta do Congresso Americano foi ovacionado quando negou as palavras de Samuel Huntington ao explicar que, pelo que foi visto, televisado em real-time, pelos genocidas palestinos em 7 de outubro de 2023  não se trata de um choque de civilizações, mas do confronto entre a civilização e a barbárie.  Ele falava, em seu caso específico, da barbárie promovida pelo regime dos aiatolás do Irã, que age diretamente e através dos grupos terroristas Hexbolá e Hxmas (além de várias outras subdivisões com nomes inspirados em covardes assassinos e mandamentos religiosos destrutivos), mas podemos aplicar o conceito a várias outras situações em que as regras civilizadas não se aplicam a certos grupos. A barbárie não será vitoriosa, sabemos se olharmos para a história, apesar de sanguinária, covarde e, muitas vezes, co

O rei dos banqueiros e a explicação revolucionária

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Lula só foi solto da cadeia porque a elite empresarial brasileira, aquela composta por um punhado de famílias, assim decidiu e permitiu os estratagemas jurídicos que, em enorme exercício de contorcionismo judicial, mudaram códigos e precedentes bem assentados. O bandido a serviço da economia formal é o sonho de consumo de qualquer elite retrógrada... que se porte como uma protetora do status quo . Enganam-se que tudo foi engendrado pelos togados, como muitas vezes se quer fazer crer. Eles são apenas meninos comportados, garotos de recado que entregam a encomenda dos manda-chuvas, em troca de mimos e grana, muita grana (e a garantia da impunidade, prestígio, etc). Enganam-se ainda os que acham que os eleitos pela democracia indireta que rege o Brasil definiram alguma coisa (anti-)ética dos últimos anos, ou que houve qualquer clamor popular pela volta do pelego rouco, do jararaca que adora provocar emoções fortes. Lula e seus asseclas, há muito tempo e como eu já escrevi e descrevi em a

Amado, temido ou apenas respeitado?

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A superficialidade dos idiotas-úteis orientados como gado por desonestos simpatizantes do terror, financiados pelo Irã, Arábia Saudita, Qatar, Egito e outros estados autocráticos e antisemitas por natureza, faz com que praças públicas e instituições de ensino no Ocidente sejam tomadas de assalto, sem que haja qualquer consequência aos criminosos. O fato de Israel defender-se contra a ameaça claramente genocida, claramente inserida no estatuto formal do Hamas e presente nas atitudes inequívocas das lideranças palestinas e seu povo, que comemora estusiasticamente a morte de qualquer israelense (ainda que bebê) e insiste em reinar do rio Jordão ao Mediterrâneo, parece ser algo fora-de-moda. As mídias tradicionais prendem-se a imagens e estatísticas absolutamente descreditadas, fabricadas pelo mesmo Hamas cujos membros idolatram a morte e o martírio, não hesitando em sacrificar o próprio povo já que o ódio aos não-muçulmanos, mas sobretudo aos israelenses, supera o amor aos seus próprios m