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Ruptura institucional: risco zero

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A reforma do estado pregada pelo candidato Bolsonaro se propõe radical, eliminando privilégios e corrupção , impondo ordem e efetuando um ajuste fundamental nas contas do país. Espero que passe também pela convocação de uma Assembléia Constituinte , para transformar a estrutura do estado em algo a serviço do povo - e não de castas escondidas atrás do que clamam ser cláusulas pétreas e direitos adquiridos, protegidas pela distância que representa Brasília. Os detratores de Bolsonaro estão divulgando um paradigma falso para tentar conquistar votos de indecisos: a eleição de militares significaria um golpe de estado ou o retorno a 1964, quando militares assumiram o comando político na nação que estaria à beira da cubanização. Acho necessário esclarecer, sob meu ponto de vista, como tal narrativa é desprovida de qualquer fundamento racional e prático , situando-se no imaginário de quem está morrendo de medo de prestar contas de seus próprios atos. Tese da ruptura institucional A...

Influência e rapidez das redes sociais

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O Fórum Econômico Mundial publicou o gráfico abaixo, demonstrando a força da internet ao analisar o tráfego durante 1 minuto. Isso se aplica a tudo, desde a circulação de informações, quanto ao contato social e disseminação de boatos, mentiras, etc. Essa força tem sido menosprezada por políticos, mas lembremo-nos que constituiu a base para eleições presidenciais nos EUA, tanto de Obama, quanto de Trump. E gerou resultados imprevistos ou improváveis. Vários analistas, menos ligados às mídias tradicionais, têm dito que a influência do eleitor - em via de mão dupla, e não apenas pela absorção do que lhe é bombardeado pelo emitente da informação - pelas redes sociais já suplanta o cansativo e ultrapassado programa de televisão. O fenômeno ocorre tanto para o bem (espalhando dados reais), quanto para o mal (boatos, mentiras e pura fofoca, gerando decisões absolutamente desinformadas). Isso sugere incerteza e o eleitor deve munir-se de suas convições para ir às urnas, pouco dando ...

Eliana Calmon expõe as entranhas do Judiciário. É preciso conhecer sua opinião. E a razão do seu MEDO.

Como o Brazil Journal não deixa copiar o texto, você poderá ler a entrevista entrando  nesse site . Curto trecho, sobre posse de Toffoli como Presidente do STF: BJ: A senhora está otimista de que vai haver alguma mudança?  EC: Não. Eu estou extremamente preocupada. E a partir do domingo, eu não estou mais preocupada, e u estou com medo. Eu estou com medo deste País... Fundamental. E apavorante.

Brasil: estado falido e a urgente necessidade da descentralização do poder

Enfim os fatos que cercam a morte da vereadora Marielle vêm à tona: ela foi mandada assassinar por um colega de Câmara de Vereadores, de um partido de aluguel, entrando para a estatística dos crimes políticos motivados pela infiltração de bandidos na política. Ela não foi morta por ser mulher, gay, pró-movimento LGBT, etc. Ela foi morta porque denunciou a infiltração do crime na política, porque desafiou o status quo político e achava que vivia em um país com governo. Há muito o Brasil é gerido por bandidos. A Lava-Jato comprovou isso. A marginalidade virou norma. Sob o manto hipócrita da normalidade aparente, escondem-se esferas ocultas de poder que determinam o futuro de toda uma nação. As milícias apenas prosperam em estados falidos e o Rio de Janeiro, com vários ex-governadores presos por corrupção, é o melhor exemplo do governo por bandidos, seja no Palácio da Guanabara, seja nos morros, nas ruas, no legislativo municipal. A intervenção federal nesse estado é um iníci...

Brasil em guerra civil - de novo

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Caro leitor, em 2013 eu havia escrito ESSE POST e acho válido convidar-te a lê-lo novamente. Por favor dá uma olhada lá. Há 5 anos as tragédias já vinham se anunciando... mas até agora a letargia reina. Daí o alerta, meu pedido que você acorde e desperte também seus amigos, vizinhos. Afinal, é ano de eleição ! Não vejo prioridade maior que a segurança e o retorno ao respeito à autoridade constituída, representada por servidores públicos íntegros e bem intencionados, sem resvalar no autoritarismo.

Rio: insensatez

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A música de mesmo nome, belamente executada pelo baiano João Gilberto, parece cair como luva na situação do Rio de Janeiro atual, pela sua melancolia, pelo ode a algo precioso, que se perdeu. Como quase todo mineiro, adoro o Rio, lá passei boa parte das minhas férias e é onde tenho familiares e amigos muito queridos. O lado bom do Rio é sensacional, a leveza e a simpatia do carioca - quando não acuado pela criminalidade - só se explica pelo vai-e-vém das ondas que beijam as areias das praias outrora harmônicas. A intervenção no estado carioca pode até ser uma jogada política, mas o abandono da segurança pública, em vista da transformação de seus mandatários em bandidos confessos, não deixa outra alternativa que o chamamento de gente de fora para tentar organizar a bagunça e a violência. A guerra da informação ainda prevalece, e mesmo que se noticie que os bandidos fugiram dos morros - para onde terão ido? para Minas Gerais e São Paulo, novamente, como alguns anos atrás? - esp...

Terceirizar serviços públicos: o exemplo da inglesa Carillion ao Brasil

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O Financial Times rapidamente publicou ontem: a falência de uma das maiores construtoras e operadoras de serviços públicos da Inglaterra não significa que a terceirização de serviços públicos é ruim em si. Enorme coincidência: um dia antes do anúncio do pedido de falência da Carillion, que emprega mais de 45 mil pessoas e gerencia imensos contratos de serviços públicos, inclusive merenda escolar e prisões, na Inglaterra, eu havia publicado esse post , sobre os cuidados na privatização. A causa da falência da empresa é o mesmo que indiquei em meu post: péssima governança. Seja no privado, seja no público, se não gerir bem, vai falir. Só que quando a empresa é privada, perdem só trabalhadores diretos, investidores e fornecedores... certo? Errado! É do que muita gente quer te convencer. Na verdade, como bem examinado no Economist dessa semana, vai sobrar para o contribuinte , na forma da descontinuidade e no encarecimento de serviços públicos essenciais. Talvez aumentarão os i...

Stop the violence in Latin America: estudo do Banco Mundial

Seguem abaixo os links completos sobre esse flagelo que torna a região uma das mais violentas do mundo, apesar de falar-se tanto de terrorismo islâmico. Leia o resumo em inglês clicando AQUI Leia o resumo em espanhol clicando AQUI O Instituto Sangari acompanha essa tragédia no Brasil. Você pode ver o último relatório (2016) clicando AQUI O direito à vida deveria ser sagrado, fundamental, irrevogável, mas infelizmente tanto bandidos quanto estado matam muito na região e entender razões e conhecer os dados é necessário... ainda mais em ano de tanta eleição na região. O mais triste é constatar que nenhum candidato presidencial razoável aborda de forma direta um plano sério para combate a essa mortandade absurda. É uma Guerra Civil não declarada. Lastimável. Enfim, informe-se e avalie as conclusões dos estudiosos.

Caciques social-democratas: meros oligarcas

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Ontem a novela de auto-destruição do PSDB teve mais um capítulo quixotesco. Aécio Neves - o acuado sob graves denúncias que deveriam lhe convidar à profunda e silenciosa reserva - destituiu o atual presidente do PSDB, Tasso Jereissati. É lastimável assistir a essa pantomima grotesca, para aqueles que algum dia - como eu - tiveram alguma simpatia pela agremiação... a quem se interessar por análises a respeito, convido a ler isso  e isso . Esses senhores rastejaram para disputar a sucessão no partido que administra o estado de São Paulo e que ainda mantém alguns centros de poder, mas esquecem-se - como sempre fizeram - do voto popular e da necessidade de existir no país alguma oposição inteligente (em contraponto ao que Bolsonaro ou PT fazem nos dias atuais). O baixo nível da discussão, a ausência de oxigenação das agremiações, a péssima envergadura moral dos que as lideram, tudo isso deixou de causar espanto e ajuda a entender para onde irá o país em 2018. Começo a cons...

Soviéticos: 100 anos de fracasso

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Acima: Stálin, Lenin e Kalinin, fundadores (dentre outros) do império soviético. Nos últimos dias, muito se tem falado do que foi e é a Rússia.  O projeto soviético visou impor o Materialismo Dialético a milhões de pessoas. O que efetivamente fez foi criar uma máquina industrial de matança e sofrimento, mais perversa que aquela denunciada por Marx e Engels, bons observadores das agruras da Revolução Industrial. Os anos de 1921 e 1922 marcaram para sempre o fracasso da União Soviética. A poderosa propaganda totalitarista - denunciada por Hannah Arendt e Arthur Koestler - tentou fazer o mundo esquecer que nesse período entre 5 e  10 milhões de ucranianos e soviéticos de outras regiões (os números nunca foram calculados com certeza, seriedade, mas relatos são inúmeros) pereceram de fome. O canibalismo, nessa época, tornou-se praticamente comum naquela terra que passou a ser amaldiçoada desde que a era dos czares acabou, em 1917. Koestler conta muito bem em sua obra ...

Novas dimensões internacionais

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Definitivamente, o mundo atual é bilateral. O multilateralismo representado pelas instituições originadas em Bretton Woods e a ONU estão em franca decadência aos olhos dos países mais influentes do mundo. Aí se inclui a tardia OMC, que desde 2001 patina em busca de prestígio e exclusividade para questões ligadas à governança comercial global. O mundo em desenvolvimento pugna pelo multilateralismo. O problema é que, ao terem obtido voz e dominarem razoavelmente os métodos de diálogo, seu peso majoritário nas instituições multilaterais tem servido não apenas ao benéfico movimento de nações pobres ou em desenvolvimento se fazerem ouvidas. Elas tem adotado políticas ideológicas e, como seria natural, trazem consigo, ao assumirem maior responsabilidade na cena internacional, sua própria cultura que é marcada pelo autoritarismo, descuido com o interesse coletivo e insensibilidade para questões diplomáticas. O leitor está bastante familiarizado com Trump, que mais parece um elefante na ...

Educação continuada entre fundamentos e técnica

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O mercado de trabalho pode ser extremamente cruel, especialmente para com desatentos e acomodados (mas não exclusivamente para estes), independentemente de sua idade. O modelo antigo e antiquado de aprendizado visava a obtenção de um diploma, pelo qual o ofício aprendido era atestado por algum tipo de entidade certificadora. A profissionalização tem origem nas corporações de ofício, organizadas sob autorização imperial em que a reserva de mercado era garantida e sua violação punida com extremo rigor. A diplomação é um resquício das corporações de ofício, pois se por um lado atesta que uma pessoa cumpriu créditos e teve notas suficientes confirmando ter aprendido algo, por outro lado é uma barreira diferenciando quem tem formação formal daquele que conhece o ofício na prática. Seria uma falácia dizer que uma profissão se reduz a um diploma. Talento, vocação, sensibilidade e tantos outros atributos fazem um (bom) profissional. Imigrantes qualificados sofrem muito com o formalismo...

Já que o Rio não reage, reagem por ele?

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A situação dramática pela qual passa o Estado do Rio de Janeiro demanda intervenção externa, mas não é por aí... O Rio é o que se chama de estado falido, tradução literal do FAILED STATE. Não diz respeito apenas a dinheiro, pois o termo FALÊNCIA, nesse caso, cobre todos os aspectos da vida carioca e não apenas o financeiro (um dos pilares do problema). A violência havia falido o Rio muitos anos atrás, mas como o dinheiro do petróleo e os investimentos com jogo isso, jogo aquilo (Panamericanos, Olimpíadas, Copa do Mundo...) faziam a economia girar, os bandidos tinham renda certa. Com a quebradeira econômica, o bolo ficou muito pequeno para bancar a bandidagem, esta acuada com as ações pacificadoras em favelas. Como bandidagem incluo parcela da polícia, como aquela que matou a juíza que havia descoberto o esquema de um grupo e os perseguiu à letra da lei. Resultado: mais violência, muita pressão sobre todo mundo. Bandido passou a ser exigido a produzir mais lucro aos chefões,...

Um lesa-pátria que não prestou contas de seus atos

Quem opta pela função pública deve responder por seus atos.  Quem comete atos de má-fé, cruéis, subversivos, desagregadores, assume o peso das consequências. Não iria publicar mais hoje, devido a afazeres profissionais e acadêmicos, mas a notícia me veio expedita e preciso lembrar algo, antes que esfrie. Hoje morreu Marco Aurélio Garcia. O ideólogo por trás do Foro de São Paulo, melhor expressão do mau-caratismo da esquerda ditatorial latino-americana, partiu sem pagar a conta. Ele deslocou o Brasil para se alinhar a revolucionários islâmicos visando destruir o modelo de sociedade ocidental, onde estivesse. Sujeito inteligente, altamente manipulador, teve razoável êxito em suas iniciativas, além de fiéis macacos de auditório. Eu escrevi esse post sobre esse sujeito, que merecia ter sido estudado e julgado pelos seus crimes de lesa-pátria, junto com seus parceiros no crime: Lula, Dilma e outros que ainda estão vivinhos da silva, articulando a desarmonia na região, que...

O homem com H

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Sou fã desse cantor, não apenas pela sua belíssima voz, presença de palco e escolha de músicas, mas também por sua auto-afirmação, sua relação bem resolvida consigo mesmo, a sociedade e a política. Daí, eu achar adequado transcrever entrevista em que diz tudo o que precisa ser dito sobre vários temas.  De uma lucidez magistral, inspiradora. Homenageado do 28º Prêmio da Música Brasileira, em meio à turnê mais bem-sucedida de sua carreira ("Atento aos Sinais", iniciada em 2013) e com inúmeros projetos paralelos, tanto na música quanto no cinema, Ney Matogrosso, 75, está claramente numa fase luminosa. Em momentos como este, é fácil esquecer que o cantor trilhou um caminho pedregoso até se estabelecer no cânone da MPB. Se teve sucesso imediato com o grupo no qual estreou, o Secos e Molhados (em 1973), quando partiu para a carreira solo, dois anos depois, Ney apanhou. Da direita "careta", da esquerda "machista pra caralho", dos críticos "impla...

Lei ANTI-DESPACHANTE, também conhecida como lei 13.460/17

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Para muitos, passou desapercebida a publicação da lei sobre a  participação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos prestados direta ou indiretamente pela administração pública. Acho que é um grande avanço , pois ainda que o Código do Consumidor previsse aplicar-se ao consumo de serviços públicos, faltava algo objetivo para reger a relação consumidor de serviços públicos e o estado brasileiro. A modernização do estado brasileiro é uma necessidade, inclusive para progressivamente fazer desaparecer o que me parece a melhor representação do terceiro-mundismo: os despachantes. O cidadão precisar de um intermediário para obter serviços públicos, para mim, é um sinal acintoso de ineficiência. A lei vem para melhorar essa relação, portanto, didadicamente vou transcrever seus pontos mais importantes: DEVERES DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS Será promovida a adequada prestação dos serviços, devendo os agentes públicos e prestadores de serviços públicos obse...