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Entramos na era do populismo?

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Na sexta-feira passada, sob intensos protestos da esquerda liberal (que interessantemente deseja silenciar o que não lhe é espelho, chamando os outros de fascistas, etc.), ocorreu o já tradicional Munk Debate em Toronto. Os Debates Munk são uma iniciativa super-interessante, que completam 10 anos, visando uma luta de box de idéias, colocando opositores políticos ou ideológicos frente a frente, gerando massa crítica para os espectadores conhecerem os lados do embate e melhorarem sua compreensão sob ângulos diversos. O polêmico Steve Bannon (que apoiou a eleição do Pres. Trump e foi seu consultor estratégico durante o primeiro ano de governo) enfrentou o semi-liberal David Frum. Ambos deveriam defender se o populismo seria ou não a nova forma de manifestação política no ocidente. Enquanto Frum ironizava a figura pessoal de Trump, fazendo piadinhas e seduzindo a audiência, Bannon dominou o debate e traçou uma linha entre as opções de populismo de direita ou de esquerda como ún...

Três meses para roubar: jabuticaba brasileira

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Acho muito interessante o que acontece no Brasil no que tange à passação de cargos eletivos e comparo com o Canadá, pois vivo nesses dois mundos diametralmente opostos. No dia 7 de outubro último, alguns governadores foram eleitos. Ou seja, a partir do dia seguinte, os governadores atuais e suas pessoas de confiança, em cargo não concursado, que mandam no respectivo cofre estadual, sabem-se terminais . O que seria normal acontecer, num país comprometido com boa governança e proteção do dinheiro do contribuinte? Imediato bloqueio das despesas discrecionárias , proibição de novas contratações de pessoal ou obras e compras. Só que isso não acontece. Vejamos o exemplo do Canadá, mais especificamente da Província do Québec. No dia 1 de outubro foi eleito o novo primeiro-ministro (François Legault) e menos de 3 semanas depois este assume, juntamente com sua equipe e novos secretários. O perdedor (Philippe Couillard) já saiu de cena, no dia seguinte à derrota não assinava mais...

Minas, de A a Z

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Depois de desbancar o PT em Minas, rejeitando o atual desgovernador Fernando Pimentel e tudo o que representa de ruim para a política, gestão pública e combate à corrupção, bem como sua comparsa, Dilma, o estado se vê diante de uma definição no segundo turno entre Antônio Augusto Anastasia e Romeu Zema . Há um certo dilema na escolha e dedico essas linhas a esquadrinhar a correta, sob minha perspectiva. Informo: não sou filiado a nenhum partido brasileiro, portanto minha opinião advém do fato de estar muito aliviado em ter afastado o PT da gestão do estado e sua representação em Brasília, mas ainda preocupado, como verás nas linhas que se seguem. Primeiramente, os partidos O NOVO tem uma proposta disruptiva de fazer diferente na política e sobretudo na gestão pública. O NOVO tem um dono cujas idéias são coerentes e sedutoras a quem não tem medo de trabalho e risco nos negócios, mas como já analisei n esse post de 2 anos e meio atrás sobre o NOVO e n esse mais recente sobr...

O quê e a quem temes?

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Chegamos a uma encruzilhada, como era previsível para mim e alguns milhões de atentos observadores (tipo uns 50 milhões). No Brasil e pelo mundo afora. Reflito sobre o Day After , tentando entender o que motiva pessoas a votarem, daqui a 20 dias, em Haddad, ao invés de Bolsonaro. Escrevo esse post motivado sobretudo pelo fato de ter pessoas próximas e queridas - como você, que me lê, também deve ter - que se negam a votar em Bolsonaro. Elas acham que Bolsonaro representa tudo de ruim sobre a face da terra, mesmo sabendo que Haddad é um incapaz (julgado como tal por nada menos que a população paulistana, em um só turno ao tentar sua reeleição, o que não é pouco) e que o partido dele, o PT, é uma quadrilha de assaltantes cuja maioria da cúpula responde a processos cabeludos ou está presa. Meu objetivo não é convertê-las a votar no 17 contra o PT e corruptos. Meu objetivo é refletir junto com elas, municiar-lhes para discussões e provocar a reflexão sobre o que está aí, ...

Análise comparativa entre Bolsonaro e Haddad: programas, propostas e valores

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Tomo emprestado um texto publicado pelo ativista e político Rogério Chequer (NOVO, SP) comparando os programas de Bolsonaro e o do Lula, ops!, do Haddad (mais conhecido como Poste 2.0 ). A transcrição foi acrescida de alguns de meus comentários . IMPOSTOS - Bolsonaro: Redução da carga tributária e aumento da receita destinada aos municípios (pág 58) , tirando poder hoje centralizado em Brasília (acabar com a caravana de prefeitos pedindo pinico ao Planalto Central) - Lula/Haddad: Criar imposto sobre a exportação (pág 41), criar imposto sobre lucros e dividendos (pág 42) e aumentar o imposto territorial rural ITR para grandes propriedades (pág 56) IMPRENSA - Bolsonaro: contra qualquer regulação ou controle social de mídia (pág 7) , que se manterá democrática e republicana - Lula/Haddad: implantar mecanismos de regulação da imprensa e criar uma empresa pública de comunicação para expor o posicionamento do governo (pág 16) , que servirá à elite que comanda o estado, como ...

Bolsa, Bolso e Rejeições

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Em uma semana decisiva, em que o jogo pesado atingirá o auge, as divisões artificiais acentuadas começam a arrefecer. Quanto mais provável se torna a vitória de Bolsonaro no primeiro turno, no dia 7 de outubro, melhor é o desempenho das bolsas. Qual seria a razão? Não é necessário ser analista financeiro para entender o que acontece no mercado financeiro. Sendo uma abstração, o mercado financeiro funciona com base unicamente na credibilidade e nas expectativas . O mercado financeiro antecipa tendências, sendo composto por gente extremamente bem informada, formada e antenada com a realidade local e internacional. (Marxistas odeiam qualquer coisa e pessoa ligada a mercados, pois acreditam piamente no controle absoluto e artificial - por gênios iluminados saídos de suas fileiras - da demanda e da oferta. São imbecis completos, alguns com doutorados das mais prestigiosas universidades, mas continuam, ainda que diplomados, nada mais sendo que imbecis absolutos e merecem todo o me...

Ruptura institucional: risco zero

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A reforma do estado pregada pelo candidato Bolsonaro se propõe radical, eliminando privilégios e corrupção , impondo ordem e efetuando um ajuste fundamental nas contas do país. Espero que passe também pela convocação de uma Assembléia Constituinte , para transformar a estrutura do estado em algo a serviço do povo - e não de castas escondidas atrás do que clamam ser cláusulas pétreas e direitos adquiridos, protegidas pela distância que representa Brasília. Os detratores de Bolsonaro estão divulgando um paradigma falso para tentar conquistar votos de indecisos: a eleição de militares significaria um golpe de estado ou o retorno a 1964, quando militares assumiram o comando político na nação que estaria à beira da cubanização. Acho necessário esclarecer, sob meu ponto de vista, como tal narrativa é desprovida de qualquer fundamento racional e prático , situando-se no imaginário de quem está morrendo de medo de prestar contas de seus próprios atos. Tese da ruptura institucional A...

Em uma guerra, todos são forçados a escolher lados.

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As pesquisas - a despeito de serem falhas e, algumas, como o DataFolha, descaradamente comprometidas com a agenda partidária - demonstram que há chance de Haddad ou Ciro competirem - e até mesmo ganharem - com  Bolsonaro , se houver um segundo turno nas eleições presidenciais, ou ainda se não houver um fato novo ou ruptura (facada, avião cair ou emboscada em rua deserta). O cenário acima indica haver uma probabilidade razoável de que o país deságue nos colaboradores e simpatizantes do preso mais notório do Brasil, parecendo que o indulto, se eleitos, é coisa certa. Segundo tenho visto nas rodas de amigos próximos e nas redes sociais - já que a mídia impressa, falada e televisiva está claramente boicotando a candidatura de Bolsonaro - tem uma legião de gente que não tinha aderido inicialmente à campanha do 17 , pois buscava um candidato ameno, de tom conciliador e progressista no sentido não-socialista. O brasileiro normal, especialmente aquele que não caiu na armad...

Enfim o discurso de ódio mostra a que veio

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Lula sempre confiou no discurso de ódio para fazer-se relevante. Construiu sua história com gente que glorificou a violência, cometeu atos violentos, foi treinada em estratégias para gerar violência e, mais especificamente, prosperar no caos. Isso durou até os marqueteiros inventarem a tal carta cor de rosa, definitiva para atrair parte da classe média, já avaliada nesse post , que o alçou à Presidência da República. A partir do momento em que se viu eleito, Lula voltou a praticar o que melhor faz: disseminar ódio, divisão e conquistar parcela de apoio que lhe mantém vivo. A ele se juntaram vários outros, inspirados pela sua energia destrutiva, todos de partidos de esquerda (não podem ser chamados de extremistas - que gente preparada insiste em dizer - pois odeiam o centro, o meio-termo, tudo o que representa razoabilidade e harmonia entre seres diferentes, insistindo em aprofundar divisões). O atentado de hoje contra o candidato Bolsonaro , por um ex-filiado ao PSOL (parece que ...

Influência e rapidez das redes sociais

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O Fórum Econômico Mundial publicou o gráfico abaixo, demonstrando a força da internet ao analisar o tráfego durante 1 minuto. Isso se aplica a tudo, desde a circulação de informações, quanto ao contato social e disseminação de boatos, mentiras, etc. Essa força tem sido menosprezada por políticos, mas lembremo-nos que constituiu a base para eleições presidenciais nos EUA, tanto de Obama, quanto de Trump. E gerou resultados imprevistos ou improváveis. Vários analistas, menos ligados às mídias tradicionais, têm dito que a influência do eleitor - em via de mão dupla, e não apenas pela absorção do que lhe é bombardeado pelo emitente da informação - pelas redes sociais já suplanta o cansativo e ultrapassado programa de televisão. O fenômeno ocorre tanto para o bem (espalhando dados reais), quanto para o mal (boatos, mentiras e pura fofoca, gerando decisões absolutamente desinformadas). Isso sugere incerteza e o eleitor deve munir-se de suas convições para ir às urnas, pouco dando ...

Por um capitalista: um erro fundamental dos liberais brasileiros?

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Vou arriscar ser simplista, mas a idéia é provocar-lhe à reflexão em tempos de discussões de base sobre estado, capital e liberalismo. O pilar do pensamento liberal aplicado no Brasil tem origem no Utilitarismo . Essa escola lançada por Jeremy Bentham, 200 anos atrás - já reformada por diversas vezes, sem perder de vista seu DNA de origem - pugna pela moralidade (justificativa) dos atos que buscam maximizar a felicidade do indivíduo e da coletividade . Na sequência, a felicidade se traduz em riqueza. Assim sendo, quaisquer atos que criem riqueza , mesmo violando contratos ou valores morais, desde que ao final todos fiquem mais ricos (aí incluo o Princípio de Pareto) e prósperos, serão justificáveis. A questão da violação de regras morais pegou mal, o Bentham corrigiu, seus seguidores também, mas a idéia da criação de riqueza a qualquer preço moral pegou. Já era. Estava grudado no DNA... Essa escola ganhou contornos modernos, gerando o que chamamos de Escola de Chicago e eco...

Não voto em Amoedo

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Gosto do discurso do Amoedo. Simpatizo com a proposta genérica do seu partido, de libertar a economia das amarras de um estado pesado, ineficiente, perdulário e corrupto. Admiro a energia, certo desprendimento e engajamento do Amoedo. Só que não me identifico com ele, apesar de compartilharmos idéias. E por quê? Por preconceito . Por observação . Por experiência de vida. Isso tudo junto. Meu preconceito advém do fato que alguém com a fortuna imensa que ele tem não consegue - por mais sincero que seja em suas declarações, aparições públicas, etc. - sentir como um cidadão normal, médio... nem digo do povão (porque não precisamos exagerar). Amoedo é uma personalidade notável, com IMENSO VALOR, mas não tem as antenas de alguém com sensibilidade para problemas da média da população brasileira. Ele simplesmente não tem essa sensibilidade. E, note bem, não é por maldade. É a realidade dele. Ela é diferente demais da minha, da sua. Consigo provar isso? Claro que não. Então...