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O insustentável peso das restrições sanitárias globais.

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 A fadiga pela COVID criou a tempestade perfeita. Há milhões de descontentes com as limitações impostas ao existir, ir & vir. É criança jogando fora tempo precioso fazendo aulas por vídeo ou frequentando escolas de máscara. São idosos privados de um abraço. Ou a solidão do trabalho em casa, dos bares fechados e das restrições de viagem. Diversas medidas sanitárias foram justificadas lá atrás. Só que seguiu-se a vacinação em massa em países ricos e no Brasil, reduzindo enormemente a gravidade da doença.  Dois anos após pânico, improviso governamental e desorientação médica, as medidas restritivas não mais se sustentam e um plano de abordagem como endemia já deveria existir mundo afora. O Canadá, após imposição dos mandatos vacinais aos caminhoneiros no início do ano está assistindo a um momento unificador intenso, representado pela conscientização popular a respeito da insustentabilidade das restrições sanitárias. Vivo no Québec, uma província canadense em que parte razoáve...

A preguiça em ler

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 Vivemos um fenômeno interessante.  Estamos na era gráfica, em que mensagens instantâneas, clips, tweets estão moldando o pensamento dessa geração, (des)norteando as gerações anteriores, que buscam manter-se atualizadas com base em platitudes. Mesmo acadêmicos sucumbem à síntese precária representada pelos livros-fórmula que visam vulgarizar a ciência, em representações gráficas de teses, reduzindo pensamentos, sacrificando essência e lógica, para que se encaixem no modismo da linguagem corrente. Um erro bem empacotado, popular, continua sendo um erro. A preguiça em ler se encontra em todo lugar.  Vai desde o entregador da Amazon, com má-vontade para ler as instruções e  entregar na porta certa, às mídias sociais e tradicionais, que induzem a enganos baseados na falta de paciência dos espectadores (não podem ser chamados de leitores) em tomarem tempo e digerirem informações completas e complexas. Assim, espectatores caem vítima da tentação da espetacularização de tud...

Carreata canadense contra medidas restritivas de direitos

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Ele está sendo chamado de comboio ou caravana da liberdade . O movimento foi iniciado a partir de quando o governo atual passou a impôr o passaporte vacinal aos caminhoneiros na fronteira. Note-se que o Canadá já vem sofrendo com algum desabastecimento causado pela ruptura das cadeias logísticas globais, exacerbado pelo encalhamento de um grande navio no Canal de Suez em 2021. O custo do frete multiplicou-se várias vezes, sendo uma das raízes da inflação agora constatada, além de diversas outras razões, como os gastos públicos excepcionais necessários ao combate à pandemia e a brutal redução no volume da atividade econômica. Políticos da situação e as mídias (corrompidas ou de má-fé, em sua grande maioria) dizem que se trata de caminhoneiros anti-vacina, um grupo anarquista, que não representa a população canadense. Esse é um enorme erro, tanto da parte dos políticos da situação, quanto das mídias mainstream.  Essa tática parece comum no mundo atual, onde a unanimidade parece ...

A grande desorientação nos direitos individuais

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É incrível como o evento da Covid fez agravar o cenário global já confuso, sobretudo desde 9/11. Não obtive qualquer dado ou prova de que o desastre em Wuhan tenha sido proposital. Ou que tenha sido um movimento intencional no tabuleiro da guerra pela hegemonia planetária por parte do PCC. Ou mesmo qualquer outro enredo que se encaixe em teorias conspiratórias, estas muito atrativas, românticas, interessantes mas, salvo raras exceções, incapazes de resistir a rigorosas análises dos fatos e relações de causa e efeito. Sou daqueles que acredita que o vírus foi desenvolvido em laboratório puramente para fins de pesquisa (inclusive com colaboração canadense e norte-americana), mas que numa sequência trágica de acidente combinado à incompetência, transformou-se em praga planetária.  Tenho para mim que a ditadura comunista chinesa, assim como aconteceu na Chernobil soviética (sugiro fortemente assistir ao seriado da HBO ), com todas as suas estruturas arcaicas e ineficientes de comando,...

Texto e contexto: aqui, acolá e a censura.

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Como meus fiéis leitores sabem, desde 1998 passei a escrever regularmente no jornal O Estado de Minas , abordando todos os assuntos da hora, jurídicos, econômicos, das relações internacionais e políticos (política brasileira e mundial). Usando alegorias, humor e crítica, tenho dado minha contribuição ao pensamento coletivo e tive sempre excelente receptividade de quem aprecia cacoalhadas mentais. O saudoso jornalista Dídimo Paiva foi meu guia  e guru na jornada inicial de articulista, tendo-me motivado e convidado a contribuir semanalmente à Editoria de Opinião do jornal.  Dídimo reconheceu meu pertencimento a uma geração que valoriza profundamente a liberdade de opinião, geração saída da época negra do regime militar brasileiro onde a censura existia e era praticada com violência física, social ou psicológica. Ele dizia: transforme seu conhecimento em reflexão a nossos leitores ! A desmaterialização do jornal, que já teve a maior circulação nesse estado de mais de 21 milhõe...

Os príncipes

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 O assunto "liberdade de expressão" está quente no Brasil. Por isso resolvi mudar a bússola e referir-me a algo que aconteceu mais de 5 meses atrás. Quando os ex-reais Harry e Megan deram uma entrevista para levantar fundos à apresentadora Oprah, um jornalista britânico espumou em seu programa, criticando o casal rebelde. O apresentador do Good Morning Britain, Piers Morgan, ex-CNN, questionou a sinceridade da ex-realeza quando esta manifestou ter sofrido pressão psicológica causada pelos parentes do jovem monarca. Esse mês o órgão regulador da imprensa no Reino Unido decidiu que a rede de TV que divulgou o programa não fez nada de errado. Mais do que isso: disse que não poder criticar a (ex)realeza seria apavorante ameaça à liberdade de expressão . Clique aqui para ver a notícia completa. A liberdade de expressão é uma conquista tão importante para sociedades manterem-se livres que Londres tem até mesmo uma "esquina dos falantes", que guarda a tradição em que qual...

Brasil: a eleição da Geni e sua desejada destituição

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A farra do Judas é o esporte preferido do brasileiro, encontrando sua perfeição na política. Que coisa maravilhosa você conseguir depositar todas as mazelas do mundo, de seu pequeno mundo, em uma só pessoa!   Ao eleger como algoz e eliminar (politicamente, mas às vezes a facadas ou tiros) tal pessoa, você elimina todos os problemas! Tão fácil! A idéia tem origem no ódio religioso. Os antisemitas se profissionalizaram nela. N azistas de 75 anos atrás  promoveram o genocídio efetivo e real. Atualmente, as bravatas dos aiatolás iranianos e seu plano atômico, bem como idiotas-úteis empunhando bandeiras palestinas gritando palavras de ordem como "do rio ao mar" representam o novo genocídio potencial, o fim de todos os males através da obsessiva perseguição do povo judeu. O interessante - que poucos enxergam ou admitem - é que quanto mais instável o país, melhor fica o balcão de negócios em Brasília , onde a crise aumenta o custo da estabilidade, inflacionando a venda de facili...