A preguiça em ler
Vivemos um fenômeno interessante. Estamos na era gráfica, em que mensagens instantâneas, clips, tweets estão moldando o pensamento dessa geração, (des)norteando as gerações anteriores, que buscam manter-se atualizadas com base em platitudes. Mesmo acadêmicos sucumbem à síntese precária representada pelos livros-fórmula que visam vulgarizar a ciência, em representações gráficas de teses, reduzindo pensamentos, sacrificando essência e lógica, para que se encaixem no modismo da linguagem corrente. Um erro bem empacotado, popular, continua sendo um erro. A preguiça em ler se encontra em todo lugar. Vai desde o entregador da Amazon, com má-vontade para ler as instruções e entregar na porta certa, às mídias sociais e tradicionais, que induzem a enganos baseados na falta de paciência dos espectadores (não podem ser chamados de leitores) em tomarem tempo e digerirem informações completas e complexas. Assim, espectatores caem vítima da tentação da espetacularização de tudo e todos. As notíc