Um novo Irã

Com júbilo, iranianos mundo afora comemoram o que parece ser o início do fim do regime dos Mulás.

Desde que tomaram o poder e impulsionaram o terrorismo global, os aiatolás iranianos armam seus títeres para que jamais o mundo conheça a paz, e sobretudo o estado de Israel.

Milhões de iranianos fugiram do regime islâmico, dezenas de milhares foram mortos (e ainda são nas espetaculares execuções semanais onde são enforcados em imensos guindastes nas principais praças das cidades).


O mundo passou a associar Irã a terrorismo. A algo sempre negativo, ruim, deixando de lado um legado cultural riquíssimo, representado pela tradição persa.

Lá, não se fala árabe, fala-se farsi

Os mulás obrigaram a população à adoção do árabe para serviços religiosos. 

Seria algo como obrigar brasileiros a converterem-se na ponta da espada ao cristianismo, obrigando-lhes a frequentar missas em latim...

Eu vivenciei a revolta ao uso de língua de dominação em meus trabalhos na Letônia, exatamente quando, em vias de aderir à União Européia, a população impôs apenas o uso e ensino do letão nas escolas. Em minhas viagens e contatos com locais me informaram como desejavam abandonar o russo, idioma imposto pela URSS, que ocupou o país de 1945 a 1991 sob mão de ferro. Os soviéticos artificialmente transportaram dezenas de milhares de famílias russas para a Letônia e países vizinhos (Lituânia e Estônia), visando repopular-lhes, diluir os locais, algo que não conseguiram e que atualmente tentam na Ucrânia.

A gastronomia iraniana é sensacional. As artes iranianas são incríveis. Todos sonhamos com os tapetes persas, com as belas pinturas e danças.

O povo iraniano, em geral, é inteligente e esforçado. Tive dezenas de alunos iranianos e sempre se sobressaíram por sua capacidade e formação. A elite cultural iraniana teve que refugiar-se no exterior, sendo esclarecida, altamente culta.

Como pode um povo assim ser escravizado por um regime genocida? Ora, basta poucos armados para dominarem a maioria pacífica, formando fanáticos para se protegerem de cidadãos de bem.

O estado francês contribuiu ao início da destruição inicial do Irã, quando supostamente acreditou na moderação das promessas e emprestou apoio ao Aiatolá Khomeini no exílio francês. A França promoveu o retorno do clérigo ao Irã em fevereiro de 1979 (leia esse meu artigo). O avião fretado foi um Boeing 747 com as cores da Air France. Dez dias após sua chegada àquele país, o xá Reza Pahlavi foi deposto e implantou-se a ditadura islâmica.


A França continuou colaborando com o Irã e o regime, inclusive transferindo parte da tecnologia atômica hoje dizimada por Israel e a coalizão de países árabes. Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Jordânia anseiam por paz e prosperidade na região, tendo aceito o fato consumado que Israel e os israelenses não irão a lugar algum, que trabalharem com israelenses é uma dádiva e uma oportunidade.

Menos de um ano depois do regime totalitário no poder, foi a vez de um presidente norte-americano humilhar seu próprio país perante os Mulás, sinalizando algo imperdoável ao mundo árabe: covardia

O democrata Jimmy Carter, o fraco, permitiu com que seus diplomatas e cidadãos fossem mantidos em cativeiro na Embaixada dos EUA em Teerã, tomada por milícias islâmicas (na época, chamaram-nos de "estudantes") em novembro de 1979, por exatos 444 dias. Apenas uma operação engendrada por canadenses permitiu a fuga dos reféns (como bem representado no filme Argo). 

Aquele momento obscuro da administração norte-americana apenas empoderou mais o regime assassino dos Mulás.





E AGORA?

A tensão é grande nessas primeiras 24h dos ataques precisos de Israel, apenas alvejando alvos estratégicos e os carniceiros do regime. Os fatos evoluem rapidamente, sem muita definição ou direção (exceto que o regime genocida iraniano está sendo esfacelado por bombas precisas, para além das ameaças e bravatas dos aiatolás). 

O que resta claro, pelas diversas manifestações que surgem nas redes e jornais, é que centenas de milhares, ou milhões de iranianos estão enxergando uma oportunidade de promoverem a queda do regime sanguinário.

Os amigos de genocidas e ditadores, como Maduro e Lula, estão esperneando, revoltadinhos com a insignificância militar do Irã diante da precisão e inteligência israelense. Esses seres insignificantes já se manifestaram contra o ato heróico de Israel, ecoando a velha toada dos Mulás, aos quais aderiram há décadas, em sua aliança destrutiva, empobrecedora, antisemita.

Bom mesmo será procurar, para nós simples espectadores, memes do que está ocorrendo, já que não falta ironia para destruir a bazófia de gente que busca impor o medo, mas que na verdade são os mais covardes que existem (atualmente seguindo o mesmo caminho dos defuntos do Hamas: escondidos em túneis, como ratos que sempre foram).













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