Cavalos de Tróia e a fragilidade democrática
Milhões de negócios passaram a funcionar à distância nas últimas 3 semanas, em todo o mundo.
Tanto colaboradores quando os próprios empresários não estavam preparados para isso, em sua maioria esmagadora.
Há empresas que compreendem que tanto hardware, quanto software, trabalhando em um ambiente protegido, são fundamentais para impedir a perda ou furto de dados. Para tais empresas, o investimento para fazer-se trabalho remoto significa ter equipamentos próprios que serão os únicos permitidos aos colaboradores.
Trabalhei em um escritório de advogados globalizado e mesmo o meu telefone exigia protocolos estritos para conseguir receber e enviar emails, evitando qualquer possibilidade de hackeamento. Não conseguia abrir arquivos em meu próprio computador, por exemplo. Era necessário estar com o notebook da empresa.
Como segurança custa muito caro, acaba por tornar-se uma exceção no mundo real. Mentes maliciosas certamente estão, nesse exato momento, furtando uma multitude de dados de empresas e pessoas que, na pressa e no improviso, simulam sua vida fora de ambientes protegidos.
É altamente provável que estados párias, como China, Irã, Rússia e Coréia do Norte alocaram um exército de harckers para furtar dados estratégicos de estados nacionais e empresas, inclusive permitindo-lhes conhecer toda a infraestrutura de países alvo, sobretudo EUA e Europa, preparando seu arsenal de uma eventual guerra cibernética.
Citei mais acima que a China é um estado pária e, certamente, alguns leitores vão se arrepiar. A China é um estado-militar, em que como diz Hariri, controla a vida de todos em seu território com uma estrutura automatizada e eficiente, que congrega todos os dados dos cidadãos, violando-lhes a privacidade com absoluta naturalidade.

Já as democracias em que vivemos não controlam seus cidadãos absolutamente (e o fazem sobretudo para fins mercantis, para gerar mais hiperconsumo). Somos livres inclusive para quebrar a confiança social e nos deslocarmos infectados pelo COVID, pouco temendo uma ação policial grave ou violenta. Já na China não funciona assim: a violação de ordens do estado não permite meio-termo e é tratada como grave crime de traição. Vários morreram e são silenciados ao enfrentarem as ordens ditatoriais.
Resta saber se os estados democráticos estão protegendo suas empresas e dados estratégicos com a mesma determinação com que fecharam suas fronteiras físicas. As fronteiras de dados devem ser fechadas. Não sei bem como, mas não é agradável imaginar que nesse momento dados da infraestrutura energética hemisférica estejam sendo estocados e detalhados em servidores que nações hostis a nós.
Tanto colaboradores quando os próprios empresários não estavam preparados para isso, em sua maioria esmagadora.
Há empresas que compreendem que tanto hardware, quanto software, trabalhando em um ambiente protegido, são fundamentais para impedir a perda ou furto de dados. Para tais empresas, o investimento para fazer-se trabalho remoto significa ter equipamentos próprios que serão os únicos permitidos aos colaboradores.
Trabalhei em um escritório de advogados globalizado e mesmo o meu telefone exigia protocolos estritos para conseguir receber e enviar emails, evitando qualquer possibilidade de hackeamento. Não conseguia abrir arquivos em meu próprio computador, por exemplo. Era necessário estar com o notebook da empresa.
Como segurança custa muito caro, acaba por tornar-se uma exceção no mundo real. Mentes maliciosas certamente estão, nesse exato momento, furtando uma multitude de dados de empresas e pessoas que, na pressa e no improviso, simulam sua vida fora de ambientes protegidos.
É altamente provável que estados párias, como China, Irã, Rússia e Coréia do Norte alocaram um exército de harckers para furtar dados estratégicos de estados nacionais e empresas, inclusive permitindo-lhes conhecer toda a infraestrutura de países alvo, sobretudo EUA e Europa, preparando seu arsenal de uma eventual guerra cibernética.
Citei mais acima que a China é um estado pária e, certamente, alguns leitores vão se arrepiar. A China é um estado-militar, em que como diz Hariri, controla a vida de todos em seu território com uma estrutura automatizada e eficiente, que congrega todos os dados dos cidadãos, violando-lhes a privacidade com absoluta naturalidade.
Já as democracias em que vivemos não controlam seus cidadãos absolutamente (e o fazem sobretudo para fins mercantis, para gerar mais hiperconsumo). Somos livres inclusive para quebrar a confiança social e nos deslocarmos infectados pelo COVID, pouco temendo uma ação policial grave ou violenta. Já na China não funciona assim: a violação de ordens do estado não permite meio-termo e é tratada como grave crime de traição. Vários morreram e são silenciados ao enfrentarem as ordens ditatoriais.
Resta saber se os estados democráticos estão protegendo suas empresas e dados estratégicos com a mesma determinação com que fecharam suas fronteiras físicas. As fronteiras de dados devem ser fechadas. Não sei bem como, mas não é agradável imaginar que nesse momento dados da infraestrutura energética hemisférica estejam sendo estocados e detalhados em servidores que nações hostis a nós.