Minas também na cadeia
Piada de mau-gosto circulou meses atrás, informando que 4 governadores sucessivos do Rio de Janeiro estavam presos, denotando a tomada de poder pela bandidagem. Bem, Minas Gerais também não fica atrás no mau-exemplo.

Eduardo Azeredo finalmente teve a prisão decretada, por corrupção.
Antes dele, vários governadores, inclusive um bastante redondo, foram acusados de desvios de dinheiro público e práticas espúrias, mas naquela época tudo se falava e nada se fazia. Eles e seus comparsas saíram ilesos. Seus crimes prescreveram (essa é a glória do criminoso que conseguiu não ser pego).
Fernando Pimentel enrola a justiça magistralmente, mas aos poucos suas águas começam a esquentar para um certo dia ferverem-lhe. Se o sistema estiver realmente mudando, atos de sua administração, bem como seus colaboradores diretos, serão investigados e os responsáveis incriminados por desvio de finalidade, de função, de recursos públicos que parecem estar marcando sua administração desde a campanha, sendo o que todos os cidadãos minimamente informados cantarolam aos quatro ventos.
Isso indica que mineiros são menos honestos que políticos cariocas?
Ao meu ver, o indício é um só: corrupção é igual no planeta inteiro, fazendo a diferença somente como a sociedade que cerca o corrupto reage e cobra a execução da lei.
O Brasil é o país dos bonzinhos, do deixa-disso, em matéria de "usurpação do dinheiro público", sinônimo de "dinheiro de ninguém" e do "achado não é roubado".
As peles de cordeiro para esconder lobos são muitas, adornadas com as cores da ideologia e da simpatia demagoga que cada um escolhe para si e os que lhe cercam.

Justificativas são muitas para os crimes cometidos. Cada um explica para si e seu pequeno público (ou claque) os atos que comete, contrários à lei, da forma que deseja. Desculpas são matéria farta e gratuita no mundo dos desvios de conduta e não falta nunca um pequeno público para os que levantam punhos em protesto contra a autoridade do estado, representada por policiais, promotores e juízes que devem cumprir a lei.
Minas está mudando?
O Rio está mudando?
O Brasil está mudando?
O clamor por mudanças existe. Isso é inegável. E a popularidade de medidas de aplicação da lei com rigor parece ser algo inegável e irreversível.
A Lava-Jato virou série Netflix, domina as manchetes, os diálogos no setor público e privado, dentro e fora do Brasil.
Isso seria suficiente?
Talvez essa seja a pergunta mais difícil que se faz e que continua sem resposta:
Em um país de hipócritas, será que a tecnologia da corrupção será melhor desenvolvida, se sofisticando, com auxílio de entidades formais (tipo uma J&F, JBS, Odebrecht, Petrobrás, SMP&B, etc.) ou será que a corrupção, de forma absoluta, vai realmente diminuir?
Será que os incentivos à corrupção, à inobservância da lei e o desprezo à autoridade pública (por seus servidores e pelos cidadãos, igualmente), ainda justificarão a roubalheira e a própria incompetência, a cegueira deliberada?
Adoraria ter a resposta a esse questionamento fundamental.
Quais seriam os fatores que incluenciariam a redução da corrupção?
Assim talvez como você, acho que cadeia para corruptos e ladrões (de todo tipo, do criminoso da esquina ao presidente, como assassinos presos para jamais saírem, sobretudo os reincidentes) é a melhor receita. Apenas o afastamento social, o isolamento do meliante, traz o apelo para reduzir a exposição da sociedade a seus atos malévolos desincentivando comparsas e admiradores a seguirem os mesmos passos do preso.
O analfabetismo crônico no país impedirá uma elevação ética. Quando penso que METADE da população adulta brasileira é analfabeta dá um baita desânimo! Não falo daquele analfabeto oficial, funcional, aquele das estatísticas (40 milhões), que lê palavras de um parágrafo mal e porcamente. Falo do analfabeto efetivo, daquele que lê e continua não entendendo o que leu, que não consegue pensar e associar a informação à sua realidade. Esse é talvez a metade do eleitorado brasileiro que se assemelha a um animal que lambe a mão de quem lhe alimenta, daí tanto voto a assistencialistas populistas que possuem propagadores da miséria garantindo seu voto, seu dízimo...
Sobre Minas Gerais, espero que a prisão do Azeredo permita com que se descortine mais um período de menos hipocrisia e roubalheira no estado, que tem sofrido imensamente e tanto desse mal, quanto da má administração crônica.

Eduardo Azeredo finalmente teve a prisão decretada, por corrupção.
Antes dele, vários governadores, inclusive um bastante redondo, foram acusados de desvios de dinheiro público e práticas espúrias, mas naquela época tudo se falava e nada se fazia. Eles e seus comparsas saíram ilesos. Seus crimes prescreveram (essa é a glória do criminoso que conseguiu não ser pego).
Fernando Pimentel enrola a justiça magistralmente, mas aos poucos suas águas começam a esquentar para um certo dia ferverem-lhe. Se o sistema estiver realmente mudando, atos de sua administração, bem como seus colaboradores diretos, serão investigados e os responsáveis incriminados por desvio de finalidade, de função, de recursos públicos que parecem estar marcando sua administração desde a campanha, sendo o que todos os cidadãos minimamente informados cantarolam aos quatro ventos.
Isso indica que mineiros são menos honestos que políticos cariocas?
Ao meu ver, o indício é um só: corrupção é igual no planeta inteiro, fazendo a diferença somente como a sociedade que cerca o corrupto reage e cobra a execução da lei.
O Brasil é o país dos bonzinhos, do deixa-disso, em matéria de "usurpação do dinheiro público", sinônimo de "dinheiro de ninguém" e do "achado não é roubado".
As peles de cordeiro para esconder lobos são muitas, adornadas com as cores da ideologia e da simpatia demagoga que cada um escolhe para si e os que lhe cercam.

Justificativas são muitas para os crimes cometidos. Cada um explica para si e seu pequeno público (ou claque) os atos que comete, contrários à lei, da forma que deseja. Desculpas são matéria farta e gratuita no mundo dos desvios de conduta e não falta nunca um pequeno público para os que levantam punhos em protesto contra a autoridade do estado, representada por policiais, promotores e juízes que devem cumprir a lei.
Minas está mudando?
O Rio está mudando?
O Brasil está mudando?
O clamor por mudanças existe. Isso é inegável. E a popularidade de medidas de aplicação da lei com rigor parece ser algo inegável e irreversível.
A Lava-Jato virou série Netflix, domina as manchetes, os diálogos no setor público e privado, dentro e fora do Brasil.
Isso seria suficiente?
Talvez essa seja a pergunta mais difícil que se faz e que continua sem resposta:
Em um país de hipócritas, será que a tecnologia da corrupção será melhor desenvolvida, se sofisticando, com auxílio de entidades formais (tipo uma J&F, JBS, Odebrecht, Petrobrás, SMP&B, etc.) ou será que a corrupção, de forma absoluta, vai realmente diminuir?
Será que os incentivos à corrupção, à inobservância da lei e o desprezo à autoridade pública (por seus servidores e pelos cidadãos, igualmente), ainda justificarão a roubalheira e a própria incompetência, a cegueira deliberada?
Adoraria ter a resposta a esse questionamento fundamental.
Quais seriam os fatores que incluenciariam a redução da corrupção?
Assim talvez como você, acho que cadeia para corruptos e ladrões (de todo tipo, do criminoso da esquina ao presidente, como assassinos presos para jamais saírem, sobretudo os reincidentes) é a melhor receita. Apenas o afastamento social, o isolamento do meliante, traz o apelo para reduzir a exposição da sociedade a seus atos malévolos desincentivando comparsas e admiradores a seguirem os mesmos passos do preso.
O analfabetismo crônico no país impedirá uma elevação ética. Quando penso que METADE da população adulta brasileira é analfabeta dá um baita desânimo! Não falo daquele analfabeto oficial, funcional, aquele das estatísticas (40 milhões), que lê palavras de um parágrafo mal e porcamente. Falo do analfabeto efetivo, daquele que lê e continua não entendendo o que leu, que não consegue pensar e associar a informação à sua realidade. Esse é talvez a metade do eleitorado brasileiro que se assemelha a um animal que lambe a mão de quem lhe alimenta, daí tanto voto a assistencialistas populistas que possuem propagadores da miséria garantindo seu voto, seu dízimo...
Sobre Minas Gerais, espero que a prisão do Azeredo permita com que se descortine mais um período de menos hipocrisia e roubalheira no estado, que tem sofrido imensamente e tanto desse mal, quanto da má administração crônica.