Sucessão presidencial brasileira: o drama de um país
Tensão em alta, num lugar já em alta-tensão.

Daqui a 1 ano os brasileiros saberão quem lhes governará pelos 4 anos seguintes. Ou desgovernará (como foi o caso da Dilma).
A demografia demonstra que os brasileiros não são mais tão jovens, havendo mais gente que já votou e viveu a democracia do que quem votou 27 anos atrás, quando das primeiras eleições diretas presidenciais. Há certa voz da experiência, da vivência, mas ela conta? Em que sentido?
Essa é a pergunta que vale 10 milhões de dólares...
O brasileiro um pouco mais vivido tem razões para ficar apreensivo, pois sabe que não elege uma pessoa, uma idéia, mas uma coalizão que tornará ou não o país governável.
Por governável, entenda-se: interesses setoriais serão sempre privilegiados em detrimento do interesse coletivo. A estrutura administrativa e de poder brasileira, de tão concentrada, não permite uma real e efetiva representação da coletividade. Sem novo pacto federativo, desfazendo o que Getúlio e os milicos fizeram, devolvendo poder político e tributário a estados e municípios, a assimetria continuará a ser a marca do país.
A escola socialista revolucionária fala muito de uma tal "lógica dos instalados".
Ou seja: estruturas rígidas não permitiriam com que se produza efetiva renovação social, pois aqueles que se encontram instalados em postos de poder (político, econômico, administrativo, o que seja) não largam o osso espontaneamente. Precisariam ser retirados à força, via revolução, até mesmo com derramamento de sangue, para haver "renovação". E o problema dos socialistas (ou petistas, no caso tupiniquim) começa exatamente pela tal "renovação": Lula, Dilma e sua corja demonstraram que a lógica dos instalados é ruim quando estão fora do poder.
No momento em que se instalaram no poder, apropriaram-se do discurso social, das estruturas, aparelharam o poder com seus fiéis seguidores e se INSTALARAM.
E assim, a própria lógica dos instalados se confirma: petistas, cutistas, pcdobistas viriam a manipular e roubar toda e qualquer instituição pública e privada relevante para garantirem-se no poder falseando institutos democráticos, já que em país de ignorantes e miseráveis, prato de comida é voto e nada melhor do que propor uma democracia direta onde o "povo não morderia a mão de quem lhe alimenta".
Esse ciclo malévolo de poder, em um país com tanta diversidade e discrepâncias regionais, não prosperou para além de amaldiçoados 13 anos (ajudados por uma figura absolutamente inepta, o poste chamado Dilma).
O cenário atual não deixa de ser bastante interessante para citar a diversidade. Vejamos os protagonistas presidenciáveis (por si ou por boatos), sob minha exclusiva e parcial visão:
Lula - apesar de aparentemente conhecido, tem dupla face: a real e a mitológica, criada pelos marqueteiros ao longo dos anos. Parte considerável da população brasileira passou a conectar o mito Lula ao real Lula, entendendo que não passa de um pelego malandro manipulador, um criminoso que serve bem ao establishment e acha que engana a todos o tempo todo (na verdade compra a todos com nosso dinheiro). A despeito do imenso carisma e inteligência, além do poder hipnotizante sobre membros do seu partido (que experimentaram, e adoraram, nacos de poder supremo) sua mitomania vem sendo desmascarada e sua capacidade de forjar alianças não lhe permite reeditar 2002. É um candidato (se passar no teste do TSE) considerável que, ao meu ver, precisava ser sepultado nas urnas, para responder pelos crimes de lesa-pátria sem que autoridades lhe temessem tanto.

Bolsonaro - bom de grito, ruim de diálogo, mas que com o tempo e a campanha será exigido a demonstrar habilidade negocial e na formação da equipe (será?). Vai dar colorido ao debate televisivo. Ou não.

Geraldo Alckmin - pelo lado cômico, espera ser um Lula, no quesito malufista de competência: de tanto "competir", um dia chegará lá. Pelo lado político, cria menos inimigos do que amigos, mas seus amigos são duvidosos e os escândalos de corrupção do seu partido não passam em vão. A chance de "vender a alma" para chegar lá é grande e sabemos o que e como o PT-do-andar-inferior funciona.

João Dória - O bom-moço não parece estar fazendo um bom governo municipal, invertendo o papel de marqueteiro com o de bom-gestor, que pretendeu projetar. Será que se voltará contra seu criador? É cedo para saber...
Marina Silva - A ex-líder comunitária petista, casada com um capitalista de mão cheia (empresário de sucesso e financiador das falas dessa militante), possui excelentes consultores, dentre os quais Eduardo Gianetti da Fonseca, preparado economista que bem traduziu o Brasil em seu último livro Trópicos Utópicos. Só que conselheiros não fazem um candidato. Marina tem um defeito de nascença: a mistificação da realidade brasileira. Para muitos, como eu, ela é melancia: verde por fora e vermelha por dentro. Sua figura frágil esconde uma guerreira, mas não foi capaz de ampliar o discurso e galvanizar formadores de opinião e apoio. Tem alguns votos, incapazes de sensibilizar e criar alianças. Talvez seu maior mérito seja sua incapacidade em forjar aliança com o PMDB, o fiel da balança da podridão brasileira, o partido que sempre parasita os brasileiros e apenas discursava pela democracia enquanto isso era uma ditadura.

Ciro Gomes - Ele entra nessa lista? Por quê? O coronelzinho autoritário nordestino ama dar faniquito, sempre que contrariado. Oriundo de dinastia política de um estado onde jamais conseguiu melhorar o IDH, na esteira dos Sarneys. Sua arrogância é raramente vista no cenário político. Sujeito instável, não é confiável e tende à violência do coronelzinho empedernido. Tem tudo para virar um ditador, caso chegue a algum posto de comando, sendo portanto mais veneno que remédio. Aliás, só se auto-lança em eleições para manter-se relevante politicamente, pois é seu próprio pior inimigo. O que salva os brasileiros é sua capacidade de se auto-sabotar...

Luciano Huck - Popular, sem dúvida alguma. Bom gestor da própria carreira e gerador de emprego para quem lhe serve, mas... bom político, gestor público, articulador? Se ele se lançar estará entrando numa canoa em que não tem a mínima idéia como flutua ou se dirige. Será um marionete, manipulado de lado pro outro por gente e forças que lhe manterão refém de uma estrutura que nem mesmo seu melhor cameraman mudará. Sua bela e exitosa esposa angelical, se o ama mesmo, deveria aconselhá-lo a ter um papel opinador apenas, mas jamais envolver-se em algo cuja tecnologia não domina, nem dominará, apesar da legião de puxa-sacos que diz o contrário para atraí-lo (de olho em sua fortuna).

Joaquim Barbosa - Como bem dizem meus amigos, ao se reinstaurar a monarquia, ninguém melhor que o ex-Ministro do Supremo Tribunal Federal para ser Imperador. Seu destempero, sua súbita aposentadoria sem explicações plausíveis (ameaças das forças ocultas? viu e quis denunciar o que viu, sobretudo no judiciário?), o tratamento anti-exemplar concedido a advogados durante seu mandato na Presidência do STF, seus discursos enraivecidos, tudo isso lhe coloca muito ao lado de Ciro Gomes e Bolsonaro como representação de truculência e personalidades incompatíveis com um país que sonha com maior harmonia e estabilidade.
João Amoedo - O fundador do Partido NOVO acaba de se lançar candidato pela agremiação que idealizou, fundou, financiou e que comanda. Minhas críticas ao Partido Novo escritas nesse post se mantêm e fico impressionado como esse se tornou o post mais lido do meu blog, com centenas de visitas mensais. Esse indicador é para mim importante: gente que me lê é certamente esclarecida, não é simpatizante do PT, entende que o capitalismo deve ter seu lado social, mas que o estado precisa servir ao cidadão e não o inverso, o que implica até mesmo uma regulação e fiscalização intensa da atividade econômica privada para evitar o abuso do poder econômico. Insisto: o Novo é uma voz interessante e válida na cena nacional, trará riqueza ao debate, mas é inviável não apenas politicamente. Ele é sectário, tem uma visão distorcida do liberalismo querendo importar conceitos estrangeiros a um país de miseráveis ignorantes onde 62 milhões de pessoas são mortas por ano numa guerra civil não declarada que se estende por 20 anos, sem que haja efetivamente qualquer mobilização política relevante para tratar (das razões sociais e de poder, político e oligarco-econômico) dessa tragédia continuada. Um partido idealizado por gente de sucesso, rica, que sempre viu a realidade pela janela de um Mercedes-Benz blindado não me parece capaz de captar efetivamente não apenas o quê, mas como se deve fazer. Espero que guardem influência no processo político brasileiro, mas não vejo chance alguma de obterem poder. Amoedo é o maior impedimento à prosperidade do seu interessante projeto político (que ele vê como mais um empreendimento a lhe dar lucros).
Fernando Haddad - Plano B mais provável do PT, com passagem traumática pelos quadros governamentais, parece ter poucas chances porque o paulistano abominou sua gestão e Lula não lhe transferiria os votos, como fez no caso da Dilma.
Henrique Meirelles - Impopular, tecnocrata competentíssimo, mas com um porta-malas cheio de estórias mal-contadas e já retratadas nesse blog, parece altamente improvável - se a inteligência se sobrepuser à desmedida ambição - que saia candidato. Qualquer pessoa próxima, minimamente sincera e não integrande da leigão de puxa-sacos diria, na lata: "ô Henrique, você tem noção do que você está falando? Toma tento, rapaz!"
É possível que surja alguma terceira via, a essa altura? Claro que sim, mas aglutinar votos demanda tempo, diálogo e paciência.
O país da Lava-Jato não é o país das eleições e talvez esse seja o maior erro que qualquer eleitor informado possa fazer.
O povão não tá nem aí prá Lava-Jato.
Ele liga para emprego, assistencialismo, assalto/assassinato, escola e comida na mesa.
Ele liga a televisão no horário gratuito e é bombardeado por mensagens confusas e informações complexas, que não consegue digerir, interpretar ou absorver. O candidato de sucesso lhe dirá algo imediato e sensível à sua realidade, sem nenhum compromisso com o futuro.
Já se fala aos quatro ventos: esperem uma renovação muito menor do Congresso Nacional do que necessário. Rezemos...

Daqui a 1 ano os brasileiros saberão quem lhes governará pelos 4 anos seguintes. Ou desgovernará (como foi o caso da Dilma).
A demografia demonstra que os brasileiros não são mais tão jovens, havendo mais gente que já votou e viveu a democracia do que quem votou 27 anos atrás, quando das primeiras eleições diretas presidenciais. Há certa voz da experiência, da vivência, mas ela conta? Em que sentido?
Essa é a pergunta que vale 10 milhões de dólares...
O brasileiro um pouco mais vivido tem razões para ficar apreensivo, pois sabe que não elege uma pessoa, uma idéia, mas uma coalizão que tornará ou não o país governável.
Por governável, entenda-se: interesses setoriais serão sempre privilegiados em detrimento do interesse coletivo. A estrutura administrativa e de poder brasileira, de tão concentrada, não permite uma real e efetiva representação da coletividade. Sem novo pacto federativo, desfazendo o que Getúlio e os milicos fizeram, devolvendo poder político e tributário a estados e municípios, a assimetria continuará a ser a marca do país.
A escola socialista revolucionária fala muito de uma tal "lógica dos instalados".
Ou seja: estruturas rígidas não permitiriam com que se produza efetiva renovação social, pois aqueles que se encontram instalados em postos de poder (político, econômico, administrativo, o que seja) não largam o osso espontaneamente. Precisariam ser retirados à força, via revolução, até mesmo com derramamento de sangue, para haver "renovação". E o problema dos socialistas (ou petistas, no caso tupiniquim) começa exatamente pela tal "renovação": Lula, Dilma e sua corja demonstraram que a lógica dos instalados é ruim quando estão fora do poder.
No momento em que se instalaram no poder, apropriaram-se do discurso social, das estruturas, aparelharam o poder com seus fiéis seguidores e se INSTALARAM.
E assim, a própria lógica dos instalados se confirma: petistas, cutistas, pcdobistas viriam a manipular e roubar toda e qualquer instituição pública e privada relevante para garantirem-se no poder falseando institutos democráticos, já que em país de ignorantes e miseráveis, prato de comida é voto e nada melhor do que propor uma democracia direta onde o "povo não morderia a mão de quem lhe alimenta".
Esse ciclo malévolo de poder, em um país com tanta diversidade e discrepâncias regionais, não prosperou para além de amaldiçoados 13 anos (ajudados por uma figura absolutamente inepta, o poste chamado Dilma).
O cenário atual não deixa de ser bastante interessante para citar a diversidade. Vejamos os protagonistas presidenciáveis (por si ou por boatos), sob minha exclusiva e parcial visão:
Lula - apesar de aparentemente conhecido, tem dupla face: a real e a mitológica, criada pelos marqueteiros ao longo dos anos. Parte considerável da população brasileira passou a conectar o mito Lula ao real Lula, entendendo que não passa de um pelego malandro manipulador, um criminoso que serve bem ao establishment e acha que engana a todos o tempo todo (na verdade compra a todos com nosso dinheiro). A despeito do imenso carisma e inteligência, além do poder hipnotizante sobre membros do seu partido (que experimentaram, e adoraram, nacos de poder supremo) sua mitomania vem sendo desmascarada e sua capacidade de forjar alianças não lhe permite reeditar 2002. É um candidato (se passar no teste do TSE) considerável que, ao meu ver, precisava ser sepultado nas urnas, para responder pelos crimes de lesa-pátria sem que autoridades lhe temessem tanto.

Bolsonaro - bom de grito, ruim de diálogo, mas que com o tempo e a campanha será exigido a demonstrar habilidade negocial e na formação da equipe (será?). Vai dar colorido ao debate televisivo. Ou não.

Geraldo Alckmin - pelo lado cômico, espera ser um Lula, no quesito malufista de competência: de tanto "competir", um dia chegará lá. Pelo lado político, cria menos inimigos do que amigos, mas seus amigos são duvidosos e os escândalos de corrupção do seu partido não passam em vão. A chance de "vender a alma" para chegar lá é grande e sabemos o que e como o PT-do-andar-inferior funciona.

João Dória - O bom-moço não parece estar fazendo um bom governo municipal, invertendo o papel de marqueteiro com o de bom-gestor, que pretendeu projetar. Será que se voltará contra seu criador? É cedo para saber...
Marina Silva - A ex-líder comunitária petista, casada com um capitalista de mão cheia (empresário de sucesso e financiador das falas dessa militante), possui excelentes consultores, dentre os quais Eduardo Gianetti da Fonseca, preparado economista que bem traduziu o Brasil em seu último livro Trópicos Utópicos. Só que conselheiros não fazem um candidato. Marina tem um defeito de nascença: a mistificação da realidade brasileira. Para muitos, como eu, ela é melancia: verde por fora e vermelha por dentro. Sua figura frágil esconde uma guerreira, mas não foi capaz de ampliar o discurso e galvanizar formadores de opinião e apoio. Tem alguns votos, incapazes de sensibilizar e criar alianças. Talvez seu maior mérito seja sua incapacidade em forjar aliança com o PMDB, o fiel da balança da podridão brasileira, o partido que sempre parasita os brasileiros e apenas discursava pela democracia enquanto isso era uma ditadura.

Ciro Gomes - Ele entra nessa lista? Por quê? O coronelzinho autoritário nordestino ama dar faniquito, sempre que contrariado. Oriundo de dinastia política de um estado onde jamais conseguiu melhorar o IDH, na esteira dos Sarneys. Sua arrogância é raramente vista no cenário político. Sujeito instável, não é confiável e tende à violência do coronelzinho empedernido. Tem tudo para virar um ditador, caso chegue a algum posto de comando, sendo portanto mais veneno que remédio. Aliás, só se auto-lança em eleições para manter-se relevante politicamente, pois é seu próprio pior inimigo. O que salva os brasileiros é sua capacidade de se auto-sabotar...

Luciano Huck - Popular, sem dúvida alguma. Bom gestor da própria carreira e gerador de emprego para quem lhe serve, mas... bom político, gestor público, articulador? Se ele se lançar estará entrando numa canoa em que não tem a mínima idéia como flutua ou se dirige. Será um marionete, manipulado de lado pro outro por gente e forças que lhe manterão refém de uma estrutura que nem mesmo seu melhor cameraman mudará. Sua bela e exitosa esposa angelical, se o ama mesmo, deveria aconselhá-lo a ter um papel opinador apenas, mas jamais envolver-se em algo cuja tecnologia não domina, nem dominará, apesar da legião de puxa-sacos que diz o contrário para atraí-lo (de olho em sua fortuna).

Joaquim Barbosa - Como bem dizem meus amigos, ao se reinstaurar a monarquia, ninguém melhor que o ex-Ministro do Supremo Tribunal Federal para ser Imperador. Seu destempero, sua súbita aposentadoria sem explicações plausíveis (ameaças das forças ocultas? viu e quis denunciar o que viu, sobretudo no judiciário?), o tratamento anti-exemplar concedido a advogados durante seu mandato na Presidência do STF, seus discursos enraivecidos, tudo isso lhe coloca muito ao lado de Ciro Gomes e Bolsonaro como representação de truculência e personalidades incompatíveis com um país que sonha com maior harmonia e estabilidade.
João Amoedo - O fundador do Partido NOVO acaba de se lançar candidato pela agremiação que idealizou, fundou, financiou e que comanda. Minhas críticas ao Partido Novo escritas nesse post se mantêm e fico impressionado como esse se tornou o post mais lido do meu blog, com centenas de visitas mensais. Esse indicador é para mim importante: gente que me lê é certamente esclarecida, não é simpatizante do PT, entende que o capitalismo deve ter seu lado social, mas que o estado precisa servir ao cidadão e não o inverso, o que implica até mesmo uma regulação e fiscalização intensa da atividade econômica privada para evitar o abuso do poder econômico. Insisto: o Novo é uma voz interessante e válida na cena nacional, trará riqueza ao debate, mas é inviável não apenas politicamente. Ele é sectário, tem uma visão distorcida do liberalismo querendo importar conceitos estrangeiros a um país de miseráveis ignorantes onde 62 milhões de pessoas são mortas por ano numa guerra civil não declarada que se estende por 20 anos, sem que haja efetivamente qualquer mobilização política relevante para tratar (das razões sociais e de poder, político e oligarco-econômico) dessa tragédia continuada. Um partido idealizado por gente de sucesso, rica, que sempre viu a realidade pela janela de um Mercedes-Benz blindado não me parece capaz de captar efetivamente não apenas o quê, mas como se deve fazer. Espero que guardem influência no processo político brasileiro, mas não vejo chance alguma de obterem poder. Amoedo é o maior impedimento à prosperidade do seu interessante projeto político (que ele vê como mais um empreendimento a lhe dar lucros).
Fernando Haddad - Plano B mais provável do PT, com passagem traumática pelos quadros governamentais, parece ter poucas chances porque o paulistano abominou sua gestão e Lula não lhe transferiria os votos, como fez no caso da Dilma.
Henrique Meirelles - Impopular, tecnocrata competentíssimo, mas com um porta-malas cheio de estórias mal-contadas e já retratadas nesse blog, parece altamente improvável - se a inteligência se sobrepuser à desmedida ambição - que saia candidato. Qualquer pessoa próxima, minimamente sincera e não integrande da leigão de puxa-sacos diria, na lata: "ô Henrique, você tem noção do que você está falando? Toma tento, rapaz!"
É possível que surja alguma terceira via, a essa altura? Claro que sim, mas aglutinar votos demanda tempo, diálogo e paciência.
O país da Lava-Jato não é o país das eleições e talvez esse seja o maior erro que qualquer eleitor informado possa fazer.
O povão não tá nem aí prá Lava-Jato.
Ele liga para emprego, assistencialismo, assalto/assassinato, escola e comida na mesa.
Ele liga a televisão no horário gratuito e é bombardeado por mensagens confusas e informações complexas, que não consegue digerir, interpretar ou absorver. O candidato de sucesso lhe dirá algo imediato e sensível à sua realidade, sem nenhum compromisso com o futuro.
Já se fala aos quatro ventos: esperem uma renovação muito menor do Congresso Nacional do que necessário. Rezemos...