Itamaraty-do-B: o poder, sem responsabilidade

Décadas atrás compartilhei, com ótimos alunos da faculdade de direito, o sonho de tornar-me diplomata.

Consultas feitas - ainda que em época de redemocratização - fui aconselhado a esquecer o sonho, pois não possuía sobrenome importante, nem vinha de família influente na política. Foi um mau conselho por essas razões, mas um bom conselho se eu imaginasse que teria que me subordinar a uma acadêmico de esquerda denominado Marco Aurélio Garcia.

Esse professor tomou de assalto o Itamaraty, sob a alcunha de secretário especial da presidência para a área internacional. Desde janeiro de 2003 esse indivíduo é o chanceler brasileiro de fato. Todo o resto são marionetes.

Marco Aurélio Garcia é um professor de grande capacidade intelectual. Em debate com o genial Roberto Campos, que você pode ver clicando AQUI, fica claro o seu desprezo para com o capitalismo e sua preferência pelo autoritarismo de esquerda.

Na verdade, esse professor de Campinas, membro fundador do PT e do tal Foro de S.Paulo, é a melhor representação da ilusão perversa e pueril do poder sem a respectiva responsabilidade.

Ao invés de agir às claras, como se exige na administração pública em um país democrático, Marco Aurélio Garcia se escondeu sob o manto de uma secretaria para manipular, como seus marionetes, membros da diplomacia brasileira. Costura laços com os piores ditadores (de esquerda) do mundo, como um réptil que armazena veneno e congrega pares peçonhentos.

A clandestinidade integra seu DNA, e nada mais natural que continue a exercer influência - agora dono do poder - de forma clandestina, visando demolir o sistema, como sói a quem é discípulo de Gramsci.

A inteligência de Marco Aurélio limita-se a dados selecionados por critérios não científicos ou fáticos, mas unicamente ideológicos.

Da mesma forma como alguém jamais retirou calça curta, negando-se a crescer, esta pessoa furtou-se - e ainda se furta - a assumir a responsabilidade pelos desastres e crimes lesa-pátria a que levou o Brasil.

Debruço-me sobre a tragédia do Itamaraty desde 2003, e aos atos desse senhor, pois suas ordens não possuem vinculação legal, posto que não ocupante do cargo de chanceler de direito.

Já não bastava ao Brasil o passado oligárquico do qual não se livra, o Sr. Marco Aurélio, como líder oculto (que todos sabem existir e exercer poder na sombra) do Itamaraty-do-B, adora a prática nacional oligárquica do "sabe com quem você está falando?".

Quando Lula o alçou ao poder como articulador político interno e gerentão da política internacional brasileira, qualquer descumprimento às suas ordens seria punido vigorosamente, no melhor estilo autoritário (que o mesmo sujeito pareceu, um dia, querer fazer alguns incautos crerem que o combatia).

Esse exemplo catastrófico do jeito petista de governar, colocando uma eminência parda para controlar a política internacional do país, deixou rastros prejudiciais e conexões perigosas.

Claro que isso bastaria para uma instaurar uma CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito, questionando ilegalidades, desvio de finalidade do Itamaraty e várias outras irregularidades muitas vezes pouco documentadas, igualmente lesivas e talvez criminosas.

Felicito-me apenas por não ter sido obrigado - diferentemente de tantos outros, inclusive amigos e conhecidos que optaram pela carreira - a ter feito carreira para cumprir ordens e seguir uma agenda ideológica que, constata-se, jogou a chancelaria brasileira na maior de suas crises. Os militares nem de longe tiveram influência tão nefasta no Itamaraty como o PT e esse ex-professor.

Hoje o Brasil é o resultado da brincadeira de menino do Sr. Marco Aurélio, que teima em não responder por seus atos, que teima esconder-se na barra de uma saia que todos, de forma hipócrita, saberem existir.

O Brasil não deixou de ser objeto de escárnio dos países desenvolvidos, em vista de sua inépcia internacional, tanto política quanto econômica. De anão a moleque diplomático, a distância é pequena.

O país retrocedeu nas relações internacionais, faz favores a países aos quais apenas o PT se alinha ideologicamente, lesando a pátria por parceria com regimes autoritários de esquerda.

Enfim, inteligência não basta. Melhor mesmo é manter-se burro e ignorante, a aceitar gente como esse ex-professor que visa o próprio ego, já que em nada contribuiu para a melhoria de condição de vida - sustentável - do brasileiro comum, afora proferir diatribes contra quem trabalha.

Atos de gente assim condena MAIS UMA GERAÇÃO DE BRASILEIROS ao atraso institucional.

Por fim, esse blog não visa o mencionado senhor, mas utiliza seu exemplo catastrófico para demonstrar sua irrelevância histórica, sua contribuição ao atraso não apenas da diplomacia brasileira, mas do país.

Eu havia imaginado que seria o Itamaraty o primeiro organismo da administração pública federal a fazer motim contra o absurdo que ronda o Brasil, nas mãos do ainda insistente PT. Enganei-me. Por alguma razão aquele centro intelectual destitui-se de ativismo. Enquanto donos do poder rasgam leis e destróem instituições, os funcionários graduados, bem formados, objetivos, deitaram suas canetas, vestiram seus paletós, e foram para casa pensando apenas na aposentadoria, na próxima promoção ou eventualmente em atividades esportivas, longe da política, longe da contribuição cidadã. Uma pena, se isso for verdade.

NOTA - 24 horas após escrever esse blog o tal senhor mete novamente o pé-de-cabra na roda brasileira, ao fustigar a submissão ao projeto ideológico e minar ainda mais o que já estava péssimo. Leia a matéria AQUI.

Por esse e tantos outros motivos, esse movimento externo continuará, e talvez contamine gente boa, de dentro da máquina (por mais que aumentem seus salários para lhes calarem):




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