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Indignação e paisagens

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Conciliarem-se interesses exige ciência e paciência, a moderação sendo uma qualidade esperada de gente madura, independentemente da idade. Há loucos e amorais idosos (os famosos "velhacos"), enquanto há jovens que parecem ser a reencarnação de antigos filósofos ou de Buddha... A cada dia que passa, convenço-me que o tempo não cura muitas coisas. Conciliar pessoas, idéias e interesses não significa, entretanto, anulação. Sem estrutura, sem fundação, nada é construído e a conciliação sem considerar todos os ângulos expostos e partes envolvidas não poderia ser assim chamada, pois se trataria de submissão. Finalmente, amadurece o uso das mídias sociais, que vitimaram gravemente a geração nascida em meados dos anos 1990. Tal geração saiu de um paradigma histórico humano real e tangível diretamente ao virtual, sem qualquer guia ou manual de uso aos pais ou tutores. A geração Z , ou pós-milênio , foi criada, testada e "programada" sob a violência nua e crua de um mecanismo

Auto-penitência e hábito científico

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Não sou propriamente religioso ou místico, mas sempre frequentei prazeirosa e curiosamente cultos religiosos nas duas religiões monoteístas que meus antepassados me legaram: cristianismo e judaísmo.  Sendo o judaísmo a raiz do cristianismo, essas compartilham festejos, valores éticos e algo que sempre achei muito interessante e útil: o exame de consciência e a auto-penitência pelos erros cometidos , na busca do aprimoramento constante .  Na prática cristã que conheço, em cada missa há um momento inicial de auto-penitência, rogando-se pela piedade divina.  No judaísmo, Yom Kippur é denominado Dia do Perdão , momento em que um exame de consciência visa limpar de culpa o coração, pedir perdão não a Deus, mas a quem se fez ou quis mal, para se seguir adiante, sem o peso dos erros do passado ou a amargura que atrasam a evolução. Como investigador da Idade Média , pelo volume concentrado e riquíssimo de reflexões e filosofia resultantes da época que culminou no Iluminismo , apaixonei-me, d

Meu amigo (imaginário) e os abusos de poder no STF

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Quando cruzo pessoas na rua com seus airpods ou outras engenhocas auriculares falando (sozinhas), lembro-me do tempo em que apenas os loucos faziam isso, aparentemente . Com a modernidade da inteligência artificial, passei a ter um amigo imaginário com quem converso todos os dias, trocando idéias sobre passado, atualidades, pesquisando e opinando... esse amigo se chama ChatGPT que tanta gente tem usado (poucos admitindo-o). Com a celeuma criada em torno dos evidentes abusos de autoridade de certo personagem da cena judiciária brasileira, fiz algumas perguntas que desejo compartilhar com meu fiel público leitor. Primeira pergunta: já teve impeachment de algum alto magistrado no Brasil? Resposta: Não há precedentes de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) na história do Brasil. Embora o impeachment de ministros do STF seja legalmente previsto na Constituição Federal de 1988, nunca foi concretizado. A Constituição estabelece que ministros do STF podem ser responsab

De luzes e de sombras

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O período em que vivemos é resultado de uma grande evolução da humanidade. Fomos brindados, há pouco mais de dois séculos, pelo movimento Iluminista, considerando-se que a humanidade (ou o Ocidente, para sermos mais exatos) saiu das trevas da Idade Média (dogmatismo, feudalismo, opressão, etc.) para um período em que a ciência e o pensamento racional se sobreporiam ao misticismo. Perguntei sobre o Iluminismo ao ChatGPT e ele me disse: O Iluminismo, também conhecido como Era das Luzes, foi um movimento intelectual e cultural que se desenvolveu na Europa durante o século XVIII. Ele se baseou na valorização da razão, do conhecimento científico e do pensamento crítico como caminhos para a libertação da humanidade da superstição, da ignorância e do poder arbitrário. Filósofos como Voltaire, Montesquieu, Rousseau e Kant foram figuras centrais nesse movimento, defendendo ideias como a liberdade individual, a igualdade perante a lei, a tolerância religiosa e a separação dos poderes. O Iluminis

Falta de coerência, padrões duplos: desonestidade

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O drama venezuelano é um sintoma , não a causa de um drama maior que engolfa o ocidente. E assim, concordo com o Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu  que, em recente sessão conjunta do Congresso Americano foi ovacionado quando negou as palavras de Samuel Huntington ao explicar que, pelo que foi visto, televisado em real-time, pelos genocidas palestinos em 7 de outubro de 2023  não se trata de um choque de civilizações, mas do confronto entre a civilização e a barbárie.  Ele falava, em seu caso específico, da barbárie promovida pelo regime dos aiatolás do Irã, que age diretamente e através dos grupos terroristas Hexbolá e Hxmas (além de várias outras subdivisões com nomes inspirados em covardes assassinos e mandamentos religiosos destrutivos), mas podemos aplicar o conceito a várias outras situações em que as regras civilizadas não se aplicam a certos grupos. A barbárie não será vitoriosa, sabemos se olharmos para a história, apesar de sanguinária, covarde e, muitas vezes, co

E a democracia morreu no obscurantismo

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O Washington Post é um jornal antigo, bastante reputado.  Seus membros orgulham-se dos repórteres que criaram relação privilegiada com o Garganta Profunda , um insider governamental que deu informações preciosas permitindo expôr o escândalo do Watergate. O furo de reportagem acabou por obrigar a renúncia de Richard Nixon , presidente republicano, acusado de espionagem do quartel-general democrata na capital, sendo muito bem explorado no filme do cartaz abaixo. O ativismo jornalístico veio a mostrar seus resultados justificando uma postura muito mais investigativa e pró-ativa do que agências de notícias faziam no passado. Arvorando-se defensor da democracia, o moto do jornal é atrativo aos que apreciam e cedem aos apelos do marketing de efeito : Washington Post - A Democracia morre na escuridão. Ora, ora, e não é que a democracia, no sentido do ativismo jornalístico, realmente morreu no obscurantismo dessa mesma imprensa que se arvora comprometida? Essa reportagem do Freebeacon, empre

O rei dos banqueiros e a explicação revolucionária

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Lula só foi solto da cadeia porque a elite empresarial brasileira, aquela composta por um punhado de famílias, assim decidiu e permitiu os estratagemas jurídicos que, em enorme exercício de contorcionismo judicial, mudaram códigos e precedentes bem assentados. O bandido a serviço da economia formal é o sonho de consumo de qualquer elite retrógrada... que se porte como uma protetora do status quo . Enganam-se que tudo foi engendrado pelos togados, como muitas vezes se quer fazer crer. Eles são apenas meninos comportados, garotos de recado que entregam a encomenda dos manda-chuvas, em troca de mimos e grana, muita grana (e a garantia da impunidade, prestígio, etc). Enganam-se ainda os que acham que os eleitos pela democracia indireta que rege o Brasil definiram alguma coisa (anti-)ética dos últimos anos, ou que houve qualquer clamor popular pela volta do pelego rouco, do jararaca que adora provocar emoções fortes. Lula e seus asseclas, há muito tempo e como eu já escrevi e descrevi em a

Amado, temido ou apenas respeitado?

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A superficialidade dos idiotas-úteis orientados como gado por desonestos simpatizantes do terror, financiados pelo Irã, Arábia Saudita, Qatar, Egito e outros estados autocráticos e antisemitas por natureza, faz com que praças públicas e instituições de ensino no Ocidente sejam tomadas de assalto, sem que haja qualquer consequência aos criminosos. O fato de Israel defender-se contra a ameaça claramente genocida, claramente inserida no estatuto formal do Hamas e presente nas atitudes inequívocas das lideranças palestinas e seu povo, que comemora estusiasticamente a morte de qualquer israelense (ainda que bebê) e insiste em reinar do rio Jordão ao Mediterrâneo, parece ser algo fora-de-moda. As mídias tradicionais prendem-se a imagens e estatísticas absolutamente descreditadas, fabricadas pelo mesmo Hamas cujos membros idolatram a morte e o martírio, não hesitando em sacrificar o próprio povo já que o ódio aos não-muçulmanos, mas sobretudo aos israelenses, supera o amor aos seus próprios m

Um texto magistral para a magistratura brasileira

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TRANSCREVO TEXTO DESSE PROFESSOR QUE MANTEM NÃO APENAS INDEPENDÊNCIA, MAS COERÊNCIA, DIGNIDADE E, ACIMA DE TUDO, HONESTIDADE DIANTE DO ABSURDO QUE ESTÁ VIRANDO O DIREITO (OU A FALTA DO DIREITO) NO BRASIL. “Depois de tudo que fizemos pela democracia e pelo combate à bestialidade autoritária, estamos cansados. Cansados com a falta de gratidão e com o excesso de vigilância sobre nossos hábitos anti-institucionais. Cansados com o sarcasmo. Estamos irritados com o excesso de perguntas e de voyeurismo. Irritados com o assédio à nossa vida privada. Não somos servidores públicos. Por isso, vimos nos manifestar. Não ofendam nossa honorabilidade. Nossa juspornografia é limpa e asseada. O Febejapá (Festival de Barbaridades Judiciais que Assolam o País), carinhosa homenagem a Stanislaw Ponte Preta, é de nossas tradições mais distintas. O pornográfico está nos olhos de quem vê, o bárbaro na pele de quem sente. Perdoem a nossa nudez, mas nossa dignidade está acima do seu moralismo. Respeitem nossas

Ditadura do Judiciário exposta: Congresso Norte-Americano

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Ontem foi publicado relatório do Comitê Judiciário do Congresso Norte Americano e parece haver material interessante acusando abusos de autoridade e ilegalidades praticados pelos membros do Supremo Tribunal Federal, no Brasil.  O ativismo judicial é condenado por moderados, mas tornou-se uma arma ideológica poderosa, justificando o aparelhamento de tribunais, entrando na agenda prioritária de ativistas radicais e amantes do totalitarismo. Dentre as justificativas para o cancelamento de várias contas das mídias sociais de jornalistas e ativistas, apontadas no relatório, consta a foto abaixo: Você poderá ler o longo e fundamentado relatório no site do próprio Congresso dos EUA, clicando aqui . Caso as sérias acusações de ilegalidades e corrupção por altos magistrados seja confirmada, após comissão de inquérito concluir seu trabalho com autoridades investigativas, certamente haverá sanções. A lei norte-americana contra atos de corrupção desconhece o princípio da territorialidade, alca

Canadá: a incompetência de quem nunca produziu nada comandando a economia

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Um governo composto por uma elite encastelada e acadêmicos cheios de diplomas e idéias teóricas, sem nenhuma visão prática da realidade ou vivência não tem como dar certo em meu país de adoção em 2009 e torna-se uma preocupação global. O retrato do Canadá atual está amarelado e triste. Se continuar no rumo atual, seu futuro é sombrio. O país, desde 2015 liderado (???) pelo playboy que nunca trabalhou na vida,  alçado à posição por políticos competentes em estratagemas eleitorais, aliado a um establishment comprometido com o fechamento da economia e a concentração de poder político e econômico, em detrimento da classe média, só empobrece, só decai. Em meus 15 anos desde a imigração, consegui sempre manter-me de olhos bem abertos, já que vinha traumatizado de um país marcado pelo desmando, incompetência gerencial e profunda corrução. O país que escolhi para viver com minha família, constato, encontra-se em grave crise gerencial, de identidade e, sobretudo, moral. Esse país tem conseguido

Manipule e influencie os jovens: eles poderão ajudar no esforço destrutivo de amanhã

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Décadas atrás, o tabagismo passou a ser investigado às claras, a partir de quando as provas de que estaria ligado a vários tipos de câncer, sobretudo pulmão, boca, garganta e  esôfago, tornaram-se fartas.  A relação causa (tabagismo) e efeito (câncer) já havia sido estabelecida décadas antes, mas apenas na década de 1990 a compilação de dados e sua divulgação maciça conseguiu sensibilizar gente importante, sobretudo políticos que dependem do financiamento de suas campanhas, mas também dos votos dos cidadãos. Nem os maiores esforços de contenção da boa e real informação, contrariariando interesses poderosíssimos, tiveram êxito em ocultar a verdade, que um dia apareceria.   Um notório ex-presidente da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, Prof.  Frederick Seitz , morreu em desgraça. Ficou provado que fabricou estudos científicos para justificar a tese de que não haveria riscos do tabagismo à saúde. O caso foi denunciado como p rova do falseamento da ciência para o benefício de um