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Brasil: a eleição da Geni e sua desejada destituição

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A farra do Judas é o esporte preferido do brasileiro, encontrando sua perfeição na política. Que coisa maravilhosa você conseguir depositar todas as mazelas do mundo, de seu pequeno mundo, em uma só pessoa!   Ao eleger como algoz e eliminar (politicamente, mas às vezes a facadas ou tiros) tal pessoa, você elimina todos os problemas! Tão fácil! A idéia tem origem no ódio religioso. Os antisemitas se profissionalizaram nela. N azistas de 75 anos atrás  promoveram o genocídio efetivo e real. Atualmente, as bravatas dos aiatolás iranianos e seu plano atômico, bem como idiotas-úteis empunhando bandeiras palestinas gritando palavras de ordem como "do rio ao mar" representam o novo genocídio potencial, o fim de todos os males através da obsessiva perseguição do povo judeu. O interessante - que poucos enxergam ou admitem - é que quanto mais instável o país, melhor fica o balcão de negócios em Brasília , onde a crise aumenta o custo da estabilidade, inflacionando a venda de facili...

Insanidade brasileira - emprestada de JRGuzzo

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 Sem tempo para escrever, mas a leitura permanecendo sagrada, sugiro a quem ainda não leu, que dê uma refletida sobre palavras abaixo: - Primeiro Artigo - Segundo Artigo Àqueles que não querem terceirizar o cérebro, tais textos convidam à reflexão, sobretudo diante da capacidade de contágio da bipolaridade brasileira.  Vacine-se! Avalie! Pense!

Brasil: um país com tempo a perder

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Confesso não estar acompanhando de perto, ou intensamente, a CPI da COVID instalada no Senado Federal do Brasil. O pouco que vi foi suficiente para fazer-me concluir tratar-se de um espetáculo grotesco, uma cópia mal-feita do macarthismo . À frente da iniciativa, eis um senador bem conhecido por suas nada nobres práticas e métodos. Essa ópera-bufa visa desacreditar um governo cuja legitimidade é disputada (a despeito das urnas) antes mesmo da posse, por uma parcela nada democrática da população brasileira, movida pelas aparências e por mitos andradinos . Os tropeços (alguns grandes) e figuras de linguagem do Pres. Bolsonaro certamente pioraram o ataque à pandemia no Brasil. Poder-se-ia tratar de inépcia administrativa, a tradicional incompetência que marca o DNA da governança nacional desde que os portugueses aqui aportaram. Expressões como "genocídio" e outros exageros indicam, entretanto, o quão os promotores da tal CPI apelam à agressividade para receberem e dar-lhe public...

Sai Ford, já estão Mahindra, Valtra e Foton. Agora sim, a realidade.

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Nostálgicos estão sofrendo diante do anúncio do encerramento da produção da Ford Motor Company no Brasil, presente há um século no país quando se implantou para vender seus modelos T e posteriormente produzir automóveis numa época de baixa competivididade. A Ford integrou um grande lobby para destruir - com pleno êxito - as ferrovias que uniam o país, aliando-se a políticos venais e sem visão. O resultado é desastroso num país agrícola que depende de caminhão para escoar a produção. A discussão politizada informa que a Ford sai porque o governo federal atual é incompetente e está afundando o país, assim espantando investimentos. Ledo engano, pois montadoras de países emergentes como Foton e Valtra acreditam no país com seus produtos totalmente adequados ao mercado tupiniquim. Além disso, a régua da competitividade é igual para todo mundo... resta entender o diferencial de quem fica e de quem vai embora. Diferentemente dos produtos concebidos pelo e para o primeiro mundo, piorados para ...

Federalismo, enfim

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     A pandemia está demonstrando, de forma inequívoca, o quão importante são as fronteiras. Estivemos acostumados a viajar rapidamente, por longas distâncias, até recentemente, sem nos preocuparmos muito com aspectos políticos ou sanitários. Vivemos em um país cujas leis são válidas homogeneamente em todo o território, apesar de reconhecermos as imensas diferenças regionais que vão muito além do sotaque, do tempero ou do clima. Chamamos o Brasil de uma República Federativa, mas temos pouca noção do que isso realmente significa.                  Nem sempre foi assim. A memória nacional, ainda que amarelada, nos remete ao tempo em que os estados tinham presidentes e grande autonomia política, fiscal e até mesmo militar. Getúlio Vargas deu o primeiro golpe institucional nesse sentido, concentrando poderes e desmontando a independência dos estados. Vargas inaugurou o início irreversível do distanciamento entre mandatário público e...

Tempos estranhos de destruição ocidental

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Foi horrível a forma como o negro americano George Floyd foi morto por um policial em ação para mobilizá-lo, em Minneapolis. O excesso no uso da força foi claro. O policial talvez não tenha tido intenção de matar, mas certamente assumiu esse risco ao não tomar cuidado e sufocar um pobre-coitado. Floyd tinha que ter sido julgado e encarcerado por seus crimes, como aconteceu nos últimos 30 anos de sua infeliz existência (roubo a mão armada, tráfico de drogas, falsificação, violência doméstica, etc.). Ele viveu como delinquente e morreu como um delinquente, como um problema social, desumanizado. Morreu como alguém que não tinha direitos reconhecidos. Não poderia ter sido tratado indignamente, por um agente de uma sociedade que se deseja digna e protetora. Demorei um tempo para digerir o que estava acontecendo. Não quis seguir a boiada. Não me precipitei. J.K. Rowling (a autora escocesa que inventou o Harry Potter) recentemente escreveu que não se deve esperar moderação das redes socia...

Verdades, inabilidade e varas curtas

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Para quem teve a paciência de assistir ao desnecessário espetáculo promovido pelo Supremo Tribunal Federal, que autorizou a publicidade da integralidade da reunião ministerial de 22 de abril, peça fundamental do inquérito provocado pelo ex-Ministro Sérgio Moro, constatará o nível do abuso de intervenção no Poder Executivo brasileiro promovido por um STF que se transformou em palanque político e certamente promotor de grave instabilidade institucional. Ao divulgar um vídeo que não contém mais que 5 minutos de diálogo realmente relevante ao inquérito que causou sua divulgação, fica clara a intenção da Corte: expor ao ridículo a administração federal. Nas quase duas horas, é notável o semblante grave de Sérgio Moro durante toda a reunião, até abandoná-la na hora 01h36 do vídeo . Foi como se estivesse querendo presidir uma audiência de instrução, em sua vara criminal de Curitiba, e os presentes não lhe reconhecessem a autoridade. Ora, naquele local ficou clara a harmonia de trabalho en...

Idosos e jovens: em campos opostos?

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O COVID19 está obrigando o mundo a fazer um teste de humanidade . O vírus é chamado de Boomer Killer  ou Boomer Remover , pois vitima sobretudo quem tem mais de 60 anos (geração conhecida como Baby Boomers ). Há vários e belíssimos exemplos de dedicação ao próximo dados por pessoas generosas, como enfermeiros e médicos aposentados se apresentando para ajudar em centros de saúde e asilos, aliando-se àqueles que não estão dando conta da crise sanitária originária na China. Fazem-no a despeito de se sujeitarem a altas cargas virais nos hospitais, que se sabe constituem fatores críticos de letalidade da doença. Estes possuem consciência de que a vida só tem significado se ajudamos ao próximo, já que é a única forma de também sermos ajudados. Essas pessoas desconhecem o egoísmo quando se trata de uma situação de emergência. Por outro lado, alguns países e líderes têm demonstrado falta de humanidade. Ditaduras e políticos eleitos não se solidarizam com vítimas, sobretudo as vulneráve...

Corrupção 1 X 0 Brasil

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O pedido de demissão do Ministro da Justiça, Sérgio Moro, é um tiro no pé do governo Bolsonaro. Demonstra que os compromissos mais caros assumidos perante aliados são comparáveis a areias movediças. Fiador da moralidade na administração pública, sobretudo no combate ao crime organizado e à corrupção , Sérgio Moro tinha 22 anos de carreira impecável de magistrado quando confiou nas palavras do candidato a presidente que viria a ganhar as eleições em 2018. Ao aceitar renunciar a tantos anos honrados como juiz, combatendo o crime, Moro deu demonstração de integridade e capital de credibilidade. O momento eleitoral de 2018, no país, era totalmente atípico e de absoluta divisão. De um lado, havia os corruptos do PT, que destruíram a ética e a economia do país enquanto ditavam políticas públicas populistas para comprarem votos, como a expansão e eternização do Bolsa Família. Qualquer ação eventualmente positiva daqueles governos não parecia mais compensar a crise ética que se abateu sob...

Um vírus sobretudo urbano não admite respostas rurais

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Segundo estudos do IBGE, em início de 2019, cerca de 84% (160.879.708 pessoas) viviam em zonas  urbanas  e aproximadamente 16% (29.852.986 pessoas) em áreas  rurais. O Brasil possui uma das maiores densidades urbanas do planeta, com grande verticalização das cidades, além das favelas condenáveis em todos os aspectos sanitários. Não será surpreendente, portanto, que a rapidez de propagação do virus - e dificuldade em sua contenção - seja diferenciada daquela experimentada em países desenvolvidos. O clima parece influenciar a propagação de qualquer virus, inclusive o COVID19. Ar seco e o frio seriam ruins para a saúde humana, enquanto umidade e calor conteriam a disseminação do coisa-ruim . O drama causado pela pandemia então acomete mais populações urbanas, já que as rurais possuem distanciamento natural. Dentro da população urbana existem áreas e bairros privilegiados, onde casas e apartamentos são espaçosos, permitindo distanciamento. A grande maioria, entretanto...

Inserção Brasil-Mundo. Uma análise feita por especialistas.

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Confira no vídeo abaixo minha opinião e do Dr. Jorge Mascarenhas Lasmar sobre fatos em relações internacionais em decorrência do COVID19. E entenda por quê o problema não pode ser imputado à China, e sim aos empresários e governantes brasileiros, que continuam perdendo o bonde da história, exportando bens de baixo valor agregado e importando de alto valor agregado, lendo essa reportagem ainda de 2016.

Cavalos de Tróia e a fragilidade democrática

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Milhões de negócios passaram a funcionar à distância nas últimas 3 semanas, em todo o mundo. Tanto colaboradores quando os próprios empresários não estavam preparados para isso, em sua maioria esmagadora. Há empresas que compreendem que tanto hardware, quanto software, trabalhando em um ambiente protegido, são fundamentais para impedir a perda ou furto de dados. Para tais empresas, o investimento para fazer-se trabalho remoto significa ter equipamentos próprios que serão os únicos permitidos aos colaboradores. Trabalhei em um escritório de advogados globalizado e mesmo o meu telefone exigia protocolos estritos para conseguir receber e enviar emails, evitando qualquer possibilidade de hackeamento. Não conseguia abrir arquivos em meu próprio computador, por exemplo. Era necessário estar com o notebook da empresa. Como segurança custa muito caro, acaba por tornar-se uma exceção no mundo real. Mentes maliciosas certamente estão, nesse exato momento, furtando uma multitude de dados ...

Falácias chinesas

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A China de hoje foi criada pelo Ocidente. Foi ele que lhe abriu as porteiras, com um sorriso maroto nos lábios. Essa China que ruge como um leão, fazendo ilhas artificiais em águas internacionais para reclamar-lhes soberania, que acusa os Estados Unidos de terem introduzido o coronavirus por lá, para lhes prejudicar, é invenção do Ocidente . Essa China industrializada, que recebeu quase todas as usinas ocidentais para lá produzirem telefones, peças, motores, aparelhos eletrônicos, sacolas plásticas e várias bugigangas, é invenção do Ocidente . Essa China que lançou a Rota da Seda, um projeto ambicioso comparável à VIA ÁPIA romana, que buscará interligar e facilitar o contato e a conquista de todos os territórios em que estiver, é invenção do Ocidente . Essa China que envia, há 30 anos, alunos às melhores escolas dos EUA e da Europa para lhes absorver a tecnologia, a cultura, para lhes observar atentamente, descobrindo-se-lhes belezas e defeitos, é invenção do Ocidente . Essa ...

Pior que bomba atômica: o dia em que a terra parou

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O coronavirus é muito mais que um bichinho que mata sobretudo idosos e enfermos. Ele está tendo a capacidade de demonstrar como o mundo está hiperconectado, tanto para o bem (medidas de proteção, iniciativas convergentes de colaboração sobretudo em pesquisa para achar uma vacina, sequenciamento dos genes e ações públicas) quanto para o mal (o dito-cujo se disseminou com uma rapidez maluca, em virtude das viagens internacionais e medidas mal-pensadas dos focos iniciais). Pouco a pouco o mundo pára, entrando em modo paralisante onde nem mesmo aviões voam mais para poder-se isolar e identificar focos e pessoas infectadas. Só assim freia-se o que vem a ser um contágio rápido demais para usar apenas as medidas preventivas do passado. Cenários catastróficos de pandemia com milhões morrendo lembram o mesmo espírito da guerra fria, em que a bomba poderia ser lançada e matar muitos. Finalmente os modelos do pior cenário se realizaram  (a despeito dos exageros na taxa de mortalidade do...

Escrever prá quê?

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Jornalistas são pagos para escrever. Jornais existem para preencher suas páginas com alguma coisa. Nem sempre há notícias boas ao alcance da mão. A informação custa. Obtê-la exige recursos, investimento, análise e gestão. Sob esse ângulo, apareço rapidamente aqui no meu blog, que anda parado por afazeres acadêmicos, profissionais e por impedimento físico (problema de joelho desde antes do natal que cisma em não ser resolvido e incomoda e limita de modo quase insuportável). Em tempos de epidemia da gripe, vi hoje um artigo num jornal canadense respeitável de um articulista famoso que me incitou a escrever esse post. O título era: temer à gripe ou ao próprio medo ? Pode parecer até interessante, mas o conteúdo deixou a desejar. A banalização do risco de uma pandemia parece ser a tônica dos jornalistas que precisam achar algum assunto que cole no interesse do leitor. Especular sobre a gripe chinesa é chover no molhado, pois os leitores estão muito mais preocupados em saber...

O país esquizofrênico e o povo que vive em silos.

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O Brasil é um país curioso: laboratório de experimentos constantes que nunca se concluem. Nação em formação, jamais atinge sua maturidade. Entendo que sua instabilidade advém do fato que seu esteio social é compreendido por seres que vivem e trabalham em silos, sem compreensão do todo. Além do determinismo - de origem inclusive religiosa - gerando imobilismo social - a melhor forma de manter currais eleitorais independentemente do espectro ideológico - o país se povoa de ilhas de solidão e de prosperidade. A parábola desenhada por uma flecha lançada de qualquer aglomerado urbano viaja da epidemia ao alto luxo, experimentando o supra-sumo da heterogeneidade. Em 2018 a corda esticou. Experimentou-se a ruptura do status quo , advinda unicamente da falência inequívoca do equilíbrio das forças políticas e econômicas que dominavam o país desde a democratização, desnudadas pela Operação Lava-Jato. Note-se que o Mensalão foi abafado pelas mais altas forças políticas e judiciárias...

Uma jovem democracia sob risco.

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O Brasil tem fossos. Amplos e profundos fossos. São sociais, políticos, éticos. Quando você menos espera, andando pela rua, percorrendo corredores públicos... ops! Cai num fosso e para dele sair o esforço é imenso (e às vezes infrutífero). O país faz bons queijos. Como um bom mineiro, eu poderia dizer que o canastra é campeão universal, só que o Ementhal foi inventado pelos Suíços de Berna, com charmosos buraquinhos. Acho que se inspiraram nas instituições brasileiras... O desafio às instituições e sobretudo à democracia acontece todos os dias. São testes constantes que estressam pobres observadores como esse que escreve seu blog. A prisão em 2a instância é um tema altamente estressante. O Brasil construiu, copiando outros países mais avançados, um sistema judiciário baseado no duplo grau de jurisdição. O que quer dizer isso? Um juiz recebe uma denúncia do Ministério Público e inicia o processo judicial contra um acusado que terá ampla (às vezes infinita) defesa e direi...