Dissociação da realidade e a urgência nacionalista
O título é pomposo, até eu tendo me assustado quando escrevi... mas alegoricamente e com humor é necessário entender as coisas do mundo com olhar atento, sem perder a capacidade de sorrir.
A busca pela alma - ou em inglês, soul searching - na qual passaram a se embrenhar centenas de jornalistas, acadêmicos e analistas políticos, após a derrota acachapante de Harris/Walz para Trump nas eleições norte-americanas, é um exercício meramente aparente, fútil, já que a realidade é - e estava - tão óbvia que nem toda a manipulação midiática do mundo conseguiria alterar.
Passei esses dois últimos dias entre afazeres profissionais, acadêmicos e domésticos, regojizando-me na leitura das teorias quânticas elaboradas por personalidades do andar de cima desejando explicar como é possível que a maioria absoluta dos eleitores votaram na figura "abominável" de Trump. Esses experts demandam-se como o eleitor americano deixou de votar em um partido que, para esse pessoal delirante, traduz a promessa de progresso social... no que seria a própria incarnação do sonho democrático (que apenas existe em seus ambientes endógenos).
Gargalhadas à parte, sobretudo para fascistas camuflados, os de cara bonitinha como Woopy, JLO, DeNiro e outros famosos (ou decadentes) e ricos (mas nem tanto), a aceitação de suas opiniões passou do tudo ao nada diante da constatação da total imprestabilidade de seus valores e opiniões.
Ficou claro que tais celebridades são absolutamente dissociadas da realidade, como o genial Ricky fez constar em seu vídeo da banheira.
Emprestarei argumentos reunidos das mídias, sobretudo em X, desnudando sinalizadores de virtude que, de fato, desconhecem tudo da vida prática, vivendo em castelos ilusórios, ainda que alguns nadem em ouro e jatos privados.
A realidade informa que o povo americano (e o canadense, em breve a eleger um líder conservador para jogar fora o pior governante que já teve em sua história recente, um tal PMJT), soube eleger suas prioridades e rejeitar:
- desemprego
- inflação
- concentração de poder (e riqueza) enquanto há governos ditos progressistas
- ações de estado de cunho totalitário
- humilhação das forças da lei e da ordem, diuturnamente (que a população sabe a protege e corre riscos)
- ideologias desconectadas do dia-a-dia, como do gênero, em que grupos tradicionais LGB denunciam como destruidores da alegria outrora comemorada (daí a palavra GAY, alegre) sobre a diversidade, pelo governo que sai foi substituída pelo culto absolutista da mutilação juvenil, lavagens cerebrais e lucros médicos indizíveis
- ativistas transformados em administradores públicos, oferecendo o que há de pior em matéria de incompetência técnica e obtusidade de visão
- bagunça absoluta do sistema de imigração, privilegiando abusadores e deixando os que observam as regras por último
- fomento à divisão total, social, racial, educacional, econômica e política, incitando a discriminação e vendo defeito e problemas em tudo e todos, ao invés de promover harmonia e paz sociais
- culto de um problema climático mal explicado, mal compreendido, mas apropriado por grupos sectários claramente beneficiários de contratos bilionários e mais impostos, como se pagar imposto revogasse a lei da gravidade
- antisemitismo sistêmico assistido à distância em que palavras e ações não se conectam, orientando ações de governo a favor de ideologias e atores radicais, em total inversão de valores
Quando países se sentem violados em sua soberania, seus empregos se esvaem para outros países, hordas de imigrantes não se assimilam e impõem costumes, ou mesmo violência que confronta valores e cultura local, é natural o nacionalismo crescer.
O nacionalismo não é, em si, algo ruim. O que seria ruim são os exageros.
O sentimento de pertencimento a uma cultura, a uma tribo, a uma família, só não faz sentido para comunistas (em que tudo é do estado, desde que eles controlem o estado) ou quem se auto-detesta (self-hater).
Quando vejo a Europa tendo confrontos de rua ou perseguições a minorias, como o Pogrom absurdo nas ruas de Amsterdã, ocorrido na noite passada, torna-se evidente que se aquela sociedade nada fizer, terá assinado sua carta de suicídio, admitindo a intolerância como regra.
É evidente que o exacerbamento de emoções, reação natural ao abuso dos intolerantes, ensejará respostas exageradas, algo que surpreendentemente não tem acontecido nos países em que nacionalistas retomaram o poder: Itália, El Salvador, Argentina.
Muito pelo contrário.
Líderes que assumem a responsabilidade de defenderem suas próprias leis e seu próprio povo devem ter a coragem de enfrentarem inimigos internos e externos, além de mídias covardes, ancoradas em experts que nada conhecem da realidade nua e crua.
Não se trata de implementar a xenofobia, já que nacionalismo eleva valores nacionais, condições de vida como tolerância e defesa de minorias sempre garantindo segurança, paz e harmonia.
A Europa cedeu a doutrinas desagregadoras, irresponsáveis, e as urnas representam progressivamente uma reação do povo, daquele que entende os exageros dos ativistas. Seu povo deseja apenas ter uma vida normal, sem ligar para conspirações da extrema esquerda ou direita.
No momento em que cabeças pensantes na mídia, na academia, nas escolas, nas ruas, a elite, conceber que o que se busca é mínima segurança e normalidade, toda a confrontação de palavras e idéias atualmente em curso deverá arrefecer.
Chegou a hora de encerrar o discurso de ódio visando desautorizar governos nacionalistas já que eles são a resposta do povo.
Caso a idiotice e obtusidade do radicalismo da esquerda que se diz progressista se mantiver, os governos nacionalistas tenderão a ser tornarem radicais, pois os eleitores já informaram, em letras garrafais, o que querem: paz e respeito à própria cultura.
Ceder a gritos ou grupos violentos não afastará sociedades e seu povo a defenderem seus valores.
Parece tão óbvio, mas o óbvio precisa ser dito e repetido em tempos de cegueira sobretudo de quem tem microfones diante de si e não tem o sabido usar inteligentemente.