Twitter e liberdade de expressão

Freedom is an incredible aberration, and while it is a right, it doesn’t come without a fight. 


Realmente, pouco me importa se meus textos tornam-se ou tornar-se-ão populares ou não. No momento em que a popularidade é buscada, almejada, o original cede espaço ao puxa-saquismo, ao fisiologismo. Não busco ser popular, minha ambição sendo apenas a aceitação como sou por uma ínfima parcela da comunidade pensante planetária. Busco alguns ouvidos qualificados (atingir mais de 90 mil clicks no meu blog é uma glória nesse sentido), gente que ousa refletir e questionar, que aceita pontos de vista diferentes... gente com coragem suficiente para admitir que o arco-íris possui muito mais cores que apenas o preto e o branco.

Muito pouco tempo atrás, esse blog que era apenas conhecido de leitores brasileiros (mundo afora), ficou "popular" no Québec, onde me aventurei politicamente. Os que o publicizaram o fizeram por motivo vil. Gente ruim, criminosa, ladrões de idéias e de sonhos, são difamadores baratos travestidos de acadêmicos e jornalistas, com sua platéia cativa de idiotas-úteis. Esse povo possui lacaios mantidos a soldo do contribuinte. Tal notoriedade negativa, mas furtiva e efêmera, desse blog ocorreu apenas para alimentar maldades na mídia local com objetivos eleitorais rasteiros. O candidato da oposição foi vergonhosamente (e merecidamente!) derrotado, como já indiquei em novembro de 2021, posto que era motivado apenas pelo medo. Denis Coderre demonstrou pânico e negou-se a ser autêntico e a enfrentar o pensamento mainstream, acovardando-se diante de ativistas influentes adeptos de doutrinas imbecis e divisivas. Aquele candidato, a quem inocentemente associei-me, mostrou a razão pela qual não merecia gerir a prefeitura de Montreal, a despeito da mentirosa, cínica e divisiva atual prefeita e seu partido. 

Tal aprendizado (a duras penas) traduz-se nas palavras seguintes, que sempre repetirei: 

Inimigos e opositores desonestos, a gente sempre terá na vida. O problema é manter-se em um time em que seus próprios colegas negam-se a te admitir como você é, não te desejam conhecer melhor, agindo e pensando covardemente, olhando apenas seus próprios umbigos, não assumindo riscos para defenderem companheiros sobretudo quando ataques de inimigos ocorrem. Quando isso acontecer, faça como eu fiz: caia fora! Saiba identificar pessoas traiçoeiras e covardes ao seu redor.

Essa introdução serve para comemorar uma mudança fundamental sobre como a mídia social poderá funcionar (espero), no médio prazo, se e após confirmada a compra do Twitter por Elon Musk.

Qual o motivo da alegria?

Ora, uma praça pública que permite ódio e difamação ocorrerem naturalmente, sem qualquer alinhamento com as leis vigentes, mas que silencia opiniões e a diversidade, em nome de um suposto e fictício progresso, não merece ser uma praça pública.

A esquina dos discursos, ou Speaker's Corner, sempre foi para mim algo enigmático em Londres, que frequento desde 1973 (por ter possuído família lá). O princípio é que qualquer pessoa pode praticar sua liberdade de expressão e manifestar suas idéias, visões de mundo, opinião, livremente. E ser ouvido por quem quiser... se encontrar alguém que tolere ouvir o que o tal cidadão tem vontade de dizer. 


O Twitter é realmente a maior plataforma gratuita e para livre manifestação de idéias inventada até hoje, só que é maldosamente controlada por wokes, por gente que limita idéias, palavras, que programa algoritmos para silenciar vozes dissonantes, que não se alinham com ideologias destrutivas de esquerda. Ao banir um ex-presidente da plataforma, ao retirar-lhe voz (por mais dissonante e discordante que seja), ficou patente que os atuais administradores daquele serviço público não merecem nem mesmo o papel higiênico usado de um banheiro de rodoviária (e mesmo assim parece que em breve embolsarão bilhões de dólares ao deixarem a empresa).

Para ler mais a respeito da importância da mudança de rumo dessa praça pública, hoje intoxicada por esquerdalóides que fazem da exceção sua regra e que negam o bom-senso, o senso comum, angariando poder por meio de ameaças, intimidação e mentiras (como meu episódio em Montreal demonstrou), sugiro lerem esse texto genial, superbem escrito.

O autor diz muita coisa interessante, expondo verdades, cínicos e hipócritas da estirpe populista de Obama e Al Gore, que manipulam corações e mentes para buscarem sua própria glorificação e alienarem gente inteligente de debates críticos, que realmente importam.

Ou seja: é momento de comemorar a liberdade de expressão, ainda que nem tudo o que se espera do Novo Twitter venha a se realizar, já que, no fundo, trata-se de uma aventura capitalista que busca retorno do investimento (nada mais justo para quem arrisca sua fortuna pessoal e dos outros em um projeto que pode ser útil à coletividade e lucrativo ao mesmo tempo, como quase todos os empreendimentos de mercado no mundo).



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