O que o PT não leu. Agora é tarde. Para o bem do Brasil.



O guru das megacorporações é desprezado por gente de extrema-esquerda, pelos marxistas, leninistas, gramscianos e outras tribos revoltadas com o status quo, que acham que apenas a eliminação das elites é a solução para permitir a inclusão do proletariado, da pessoa comum, no centro da sociedade.

Drucker foi um grande observador, acima de tudo.

Ele conseguiu traduzir em seus livros e palestras ensinamentos sobre organizações complexas como IBM, permitindo aos magos da administração de empresas compreenderem como recursos humanos, técnicos e financeiros podem ser geridos, de forma muito mais eficiente que na época de Taylor.

Taylor e o fordismo têm em comum a criação da linha de montagem e a mecanização do ser humano, transformado em peça de uma engrenagem construtiva quanto à matéria, mas destrutiva quanto ao indivíduo. Essas práticas são fruto de uma época onde foi gestado o Super-Homem de Nietzche, que acabou por gerar a supremacia humana sobre a natureza e impor, mesmo na Europa, a divisão entre aptos e não aptos, resultando nos regimes totalitários de Stálin, Mussolini, Hitler, Franco, Mao, Hirohito e tantos outros malucos.

A turma do PT e aqueles que advogam pelas transformações sociais radicais possuem tatuada em suas cabeças a foto abaixo, não conseguindo refletir sobre o que impede a real e inclusiva evolução social. Vivem de um passado nostálgico que apenas lhes faz perder tempo. Mais do que isso - e mais grave - ao assumirem o poder (como foi o caso do Brasil) conseguem gerar retrocessos institucionais, produtivos, sociais e econômicos avassaladores.



O que Drucker ensinou, a partir da pura observação privilegiada, circulando em todos os níveis hierárquicos de mega-organizações, é que a cultura importa mais do que qualquer estratégia empresarial, social, política ou econômica.

Vários outros autores em ciências sociais chegaram a tais conclusões, mas talvez Drucker tenha conseguido humildemente verbalizar a questão na frase acima: "A cultura come a estratégia no café-da-manhã".

O Brasil tem uma cultura definida, valores assentados e apesar da lenta transformação social, o PT achou ainda existir a turma que Marx classificava como proletários. Ora, isso não existe mais.

Os direitos trabalhistas coletivos tiveram avanços imensos com a influência da teoria Marxista, que o mercado transformou em vantagem. Isso aconteceu mesmo antes de Marx, quando a Inglaterra impôs o fim da escravatura a vários países (como o Brasil) almejando a criação de um mercado consumidor imenso, decorrente da demanda de consumo dos novos "seres livres".

Houve uma imediata destruição de valor da elite escravocrata (perdeu ativos que tinha comprado caro, da mesma forma que os brasileiros que tinham linhas de telefone antes da privatização perderam fortunas quando uma linha passou a não mais ter valor). Do limão veio a limonada e negros e mestiços multiplicaram o mercado consumidor onde a abolição ia acontecendo. A transformação foi penosa e violenta, mas o sentimento capitalista imperou, permitindo aos bonzinhos - aqueles que genuinamente desejavam acabar com a exploração humana degradante - arvorar-se terem vencido. Não foi bem assim, mas serviu TAMBÉM a esse propósito...

O PT fez mal a lição de casa e acabou jogando fora o bebê com a água. Suas propostas de inclusão social, representando uma demanda reprimida importante da população brasileira, e que a maioria dos partidos - conservadores - jamais tinha contemplado, foi testada, mas partindo do princípio que alguns líderes carismáticos, como Lula, entenderiam mais da cultura brasileira que o próprio povo.

O Brasil é um país conservador, religioso, patrimonialista, onde a solidariedade limita-se à esfera social, mas não governamental. A visão distorcida que o brasileiro possui do estado é a maior doença que atinge tal cultura, fazendo com que o patrimônio público "não seja de ninguém", permitindo-se sua usurpação aos que conseguem chegar ao poder.

Sempre foi assim.

Não precisa mais ser assim.

A cultura brasileira, aliada à progressiva destruição da economia promovida pelo PT e sua abissal incompetência gerencial (tendo indicado sindicalistas para ocupar cargos complexos, técnicos e até mesmo um medíocre subordinado para presidência de uma instituição-modelo como o Banco Central), mostrou-se mais forte que o voluntarismo petista.

Voluntarismo esse totalmente idiota e irresponsável, transformando o Brasil em um laboratório, em um brinquedo de gente arrogante fundada em teorias sociais e econômicas de mais de um século atrás.

A cultura transforma-se, há uma evolução, mas os pilares estão aí: consumo e capitalismo.

Acostumado a não ter apoio de ninguém fora do círculo social, diante da inoperância endêmica do estado (exemplos: saúde pública, segurança pública, escola pública... querem mais?...), o brasileiro é obrigado a ter iniciativa ou a se resignar à jornada de 12 horas causada por uma dinâmica que até agora ninguém conseguiu quebrar (uma das causas: leis trabalhistas, como dito aqui).

A burrice petista é tão grande e exemplar, que mesmo tendo a faca e o queijo na mão no auge da Era Lula, com o mundo comprando commodities brasileiras a preços ridículos, com um REAL valorizado, altíssima popularidade interna e externa, esse pessoal focou no plano estratégico redigido 60 anos atrás, sobre pilares Marxistas.

A realidade é mais forte. A cultura se impõe. E o PT sai progressivamente de cena, posto que não consegue mais traduzir em nada útil alguns poucos acertos do passado.



O pior, mas o pior mesmo, é ver que alguns simpatizantes petistas ainda se prendem às idéias originais de um partido que não tinha tido a oportunidade de exercer o poder. Não percebem, não acordam para o que aconteceu nos anos recentes e ainda está acontecendo. Não compreendem que o PT acabou. Aquele PT das idéias sociais e libertárias jamais existiu, posto que eram cortinas de fumaça criadas por um grupelho que almejava apenas o poder político e econômico.

Aquele grupelho, onde se incluem luminares como Dirceu (e família), Lula (e família), Hoffman (e família), Lindbergh Farias (e família), etc... apenas queria o privilégio que membros do Comitê Central Soviético tinham: controle da população, dos meios econômicos, da mídia. Esses caras queriam viver no bem-bom, insensíveis à massa que manipulam diuturnamente. Ao se ver o resultado de investigações variadas, conclui-se que são apenas isso: parasitas.

Dilma, coitadinha, é apenas um instrumento dessa trupe. Como eu já disse aqui, ela é um soldado incapaz de pensar ou revoltar-se. Ela é a atriz perfeita, que jamais foge ao script, escrava de sua mediocridade e subordinação. Os que a defendem ardentemente agora não o fazem por ela, mas pela teta enorme que perderão, ao acontecer o Impeachment. Eles a defendem ainda por outro sentimento também terrível: a inveja. A inveja de Temer, que sempre ficou na cozinha, comendo restos e que finalmente adentrará na sala para impor seu jogo e do seu partido.

É hora de o país livrar-se dessa corja e da mentalidade não-inclusiva que o PT, do alto de sua pretensão, ajuda a perpetuar às avessas.

O PT reafirmou valores retrógrados promovendo, em sua visão distorcida de Brasil, uma forma de exercício de poder que dá ânsia de vômito a brasileiros minimamente informados e socialmente engajados.

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